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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Bahia

Autor(es): 

Luana Figueiredo de Carvalho Oliveira

Referência bibliográfica: 

OLIVEIRA, Luana Figueiredo de Carvalho. Habitação a partir do olhar da Etnicidade Quilombola: Estudo de caso do Programa Nacional de Habitação Rural no Território Quilombola de Mocambo e Cachoeira na Chapada Diamantina. 309 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2019. 

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo (2010), Especialização em Assistência Técnica, Habitação e Direito à Cidade (2015) e Mestrado em Arquitetura e Urbanismo (2019), todos os títulos obtidos na Universidade Federal da Bahia.   É membro do Grupo de Pesquisa Etnicidades do PPG-AU/UFBA e tem experiência na área de Arquitetura, Urbanismo, Obras, Assistência Técnica e Projetos Participativos em comunidades quilombolas e tradicionais. 

 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/4335711087265893 

 

Sumário obra: 

Apresentação. 

1 Introdução 

2 Quilombos e políticas públicas: o caminho dos direitos até o PNHR 

3 O reconhecimento do território quilombola 

4 Implementação do PNHR no território de Mocambo e Cachoeira  

5 Considerações finais  

Referências  

 

Resumo : 

A tese em questão trata de um estudo de caso sobre a implementação do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) na comunidade quilombola de Mocambo e Cachoeira, localizada na Chapada Diamantina – BA. A análise se dá a partir do questionamento quanto à adequação do PNHR às necessidades socioculturais de uma habitação quilombola. Na introdução, a autora discorre sobre a ressignificação e história da palavra quilombo, além de contextualizar o que é habitar no Brasil e como o Estado lidou com a questão da moradia no decorrer do tempo. Reafirma também a importância do território como base fundamental para a manutenção do modo de viver das comunidades tradicionais. A seguir, Oliveira traz a trajetória de políticas públicas e lutas populares que levaram ao reconhecimento pelo Estado do direito ao território e à moradia para povos quilombolas que vivem em comunidades rurais. Direito este que se manifesta pela demarcação de terras e de programas como o PNHR. A autora explica também a estrutura dos órgãos gestores deste programa e as iniciativas da comunidade de Mocambo e Cachoeira para a sua efetivação. No Capítulo Três é feito um breve reconhecimento das comunidades quilombolas da Bahia, especificando a rede de territórios quilombolas da cidade de Seabra e aprofundando-se na localidade de Mocambo e Cachoeira. Os habitantes possuem uma relação muito forte com a terra, que utilizam para suas plantações e para a construção de casas com a técnica de enchimento (denominação regional para a taipa de mão) ou adobe. O Rio Ribeirão, que se situa no meio da comunidade, também é reconhecido como um forte marcador territorial, apesar de atualmente estar secando e perdendo seu uso na irrigação das plantações, pelo que é muito lembrado. Após o reconhecimento territorial, é abordada a forma de ocupação dos terrenos, geralmente compartilhados por mais de um núcleo familiar em uma mesma família. O uso dessas habitações tem um grande foco na cozinha e quintal, lugares de trabalho e socialização. Um dos mobiliários constantes e presente na maioria das casas é o fogão à lenha, geralmente, feito de tijolos de adobe. A autora frisa que a casa é reflexo da cultura de cada comunidade quilombola, e resultado das necessidades de seus habitantes, tornando indispensável a consideração das suas características por ocasião da elaboração de projetos habitacionais. No Capítulo Quatro, é introduzida a implementação do PNHR e seu nível de adequação à realidade da comunidade. Para tal análise, Oliveira traz fotos e características das casas tradicionais, além de diferenciar o uso das habitações urbanas e rurais, frisando que, apesar de diferentes dinâmicas, o meio rural não é estático e se modifica com a modernização de materiais e tecnologias, essas em simbiose com seus materiais e modo de fazer tradicionais. Após essa introdução, temos uma descrição das técnicas de enchimento e adobe, feitas com matéria prima local pelos próprios moradores, que carregam o conhecimento da técnica através das gerações. Em relação ao conforto térmico e à adequação climática, observa-se que as casas possuem fundações em pedra maciça e vedações com grossas paredes de adobe, que ajudam a manter a temperatura estável no inverno e no verão. Ao mesmo tempo, as poucas esquadrias favorecem a manutenção do calor no inverno, mas impedem a ventilação adequado no verão. Já o enchimento é mais usado para construções provisórias e de apoio, como depósitos, currais e galinheiros. Seguindo o texto, temos imagens das casas, tanto do PNHR quanto as tradicionais, e suas conformações no terreno, com planta de situação usada como exemplo, mostrando o terreno de uma das famílias do quilombo. Essa planta apresenta três gerações de casas construídas, e suas diferenças e similaridades, para determinar marcadores culturais que se revelam nas habitações e em seu uso. Ao descrever as casas tradicionais, a autora observa também suas paredes baixas, além da ausência de portas nos cômodos, que são separados por cortinas. A espacialidade é apresentada ainda mediante as plantas baixas das casas usadas como exemplo. Há um foco no ambiente do terreiro (quintal), mostrando seu uso e alguns mobiliários nele utilizados, reafirmando-se o espaço como extensão da unidade habitacional. No decorrer do capítulo, o foco passa a ser o PNHR e o ambiente das casas projetadas por este programa, contendo mapa de localização e uma listagem das modificações espaciais realizadas pelos beneficiários, ilustrando-as com plantas baixas e fotos. Apesar de o engenheiro responsável ter inserido um fogão a lenha no projeto, este foi considerado muito pequeno pela comunidade, tendo sido modificado por grande parte dos beneficiários. Também há reclamações em relação à cozinha, que foi considerada muito pequena para acolher todos os familiares, motivando assim reformas e ampliações. A mudança considerada mais positiva pelos beneficiários foi o sanitário dentro de casa, além do uso de materiais, como o revestimento em cerâmica.  
Por fim, a autora conclui com indagações sobre um maior acolhimento da cultura das comunidades tradicionais no PNHR, questionando o padrão urbano trazido pelo programa. Questiona a inserção de comunidades quilombolas no grande e genérico grupo de moradores rurais, não valorizando, assim, os diferentes marcadores culturais presentes em tais comunidades. Discute a padronização na setorização do espaço em áreas íntima, social e de serviço, pois isso não se aplica aos usos reais da habitação quilombola. Explicita o receio de que as habitações produzidas pelo PNHR se resumam a um teto, sem promover uma relação de acolhimento e pertencimento equivalente ao que entendem como moradia. Parafraseando a autora, este teto remove o ser humano da experiência de habitar. Assim, considera fundamental a inserção da discussão étnica no desenvolvimento projetual da moradia de interesse social, além do diálogo com o beneficiário, para que sejam atendidas suas necessidades socioculturais no ambiente da casa. Frisa também a importância da conquista do PNHR e a limitação de recursos financeiros destinados ao programa, reconhecendo o longo caminho para uma melhor apropriação e uso desse instrumento de política habitacional. 

Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 15 Fevereiro, 2021 - 10:30
Pesquisador Responsável: 

Brendha Emilli

Data da revisão: 
quinta-feira, 4 Março, 2021 - 10:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant'Anna

Autor(es): 

Pedro Levorin

Referência bibliográfica: 

LEVORIN, Pedro. Incorporações: Imagem e materialidade de arquiteturas populares contemporâneas em sertões da Bahia. Trabalho de Curso (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Associação Escola da Cidade. São Paulo, 257p., 2020. 

Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Pedro Levorin é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Escola da Cidade - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (2020), orientado pela Profa. Dra. Marianna Boghosian Al Assal (Diretora Adjunta do Conselho Científico da Escola da Cidade).. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em História da Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: arquiteturas populares, cultura material e visual. Também possui experiência na área do Patrimônio Cultural (material e imaterial), por meio de estágio realizado no Escritório Técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na cidade de Cachoeira, em 2018. Neste período, trabalhou fundamentalmente com a preservação de terreiros de candomblé, especificamente com o Zogbodo Male Bogum Seja Hunde (Roça do Ventura). Desde o primeiro semestre de 2020 integra um grupo de estudos que discute a categoria popular em arte e arquitetura, coordenado pelo Prof. Ms. Yuri Quevedo. O grupo, com estudantes em diferentes períodos da graduação, é recém-vinculado a Plataforma de Pesquisa nas Ruas, articulado pelo corpo docente da Sequência de História da Escola da Cidade. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/0078146680785521 

Sumário obra: 

Introdução 

Trança historigráfica 

• Sertão 

• Nordeste 

• Cultura popular 

Dimensões estéticas e simbólicas das fachadas de platibanda em sertões 

O governo Lula e a construção civil  

• Percepção histórica e consolidação de uma base 

• Construção: a convergência de um plano 

 

Resumo : 

Este Trabalho de Conclusão de Curso é resultado de um longo período de pesquisa de campo em três municípios de sertões baianos. A monografia se debruça sobre uma tipologia residencial específica: as casas com fachadas de platibanda revestidas com materiais industrializados. Essas edificações foram observadas em três municípios localizados em sertões da Bahia (Monte Santo, Uauá e Curaçá) e funcionam como prismas para se compreender as recentes transformações socioeconômicas da região. O trabalho assinala também a permanência da intencionalidade estética presente em antigas fachadas caiadas, mesmo que produzidas por outro tipo de trabalho pelos pedreiros ou mesmo pelo que se entende como "moradores-construtores". A partir de uma leitura imagética, técnica e material das fachadas, a discussão as relaciona com medidas estabelecidas a partir dos dois mandatos do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010), ocasião em que a construção civil tornou-se um dos principais alicerces do crescimento nacional da primeira década do milênio, a partir de programas implementados nos governos petistas. Por isso, nesses sertões são percebidos o alinhamento de uma outra capacidade de consumo por parte da população, com a produção e a interiorização de materiais de construção, a ampliação desse setor industrial, bem como grandes transformações na imagem e na configuração da paisagem. A pesquisa orientou-se por três diretrizes principais. A primeira enfatiza a necessidade de se ampliar o tema dentro do debate acadêmico, de modo que arquiteturas populares não sejam apenas um sinônimo de construções cujas técnicas são tradicionais e vernaculares. O esforço realizado tem, assim, o objetivo de alargar as perspectivas e o interesse sobre suas diversas manifestações, assim como acompanhar o movimento das culturas de classes populares, que, recentemente, passaram por substanciais transformações socioeconômicas. É este o motivo que faz com que seja necessário ampliar o olhar para o que se chama de popular. A segunda orientação, por tocar em questões específicas da região em que essas casas se encontram, procura colocar o caráter imagético dessas arquiteturas populares frente às históricas construções estéticas, culturais, poéticas, artísticas etc., que estigmatizam noções de sertão e Nordeste. Por fim, procura contribuir com a discussão dessas realidades urbanas, cujas bases são particulares, mas que integram uma realidade de transformação expressiva em dimensão nacional, que se estende muito provavelmente a interiores de outros estados brasileiros – principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A arquitetura das fachadas de platibanda se encontra num ponto de gravidade essencial. É mediadora entre o espaço da cidade, heterogêneo e coletivo, e o doméstico, individual. É o que articula a técnica do trabalho de pedreiros, suas expressões estéticas, com as condições históricas, sociais e econômicas de seu tempo. As fachadas, enquanto receptáculos ativos, elaboram as interações sociais, econômicas, políticas, culturais e simbólicas. Possibilitam o reconhecimento de especificidades de determinados grupos, tempo e espaço. Em suma, põe em contato com diversos setores e instâncias simbólicas na sua execução. A fachada, portanto, é a elaboração de um processo histórico; uma permanência que incorpora transformações de um tempo, explicitando-as. 

Data do Preeenchimento: 
domingo, 28 Fevereiro, 2021 - 23:45
Pesquisador Responsável: 

Pedro Levorin

Data da revisão: 
segunda-feira, 22 Março, 2021 - 10:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant'Anna

ISBN ou ISSN: 

85-232-0245-5

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA;
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18671

Referência bibliográfica: 

SERPA, Ângelo. FALA, PERIFERIA! Uma reflexão sobre a produção do espaço periférico metropolitano. In: SANTOS, J. L. J.; SERPA A. A Produção Espacial do Comércio e dos Serviços nas Periferias Urbanas. Salvador: UFBA, 2001. Cap. 2, p.31-68.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Jânio Laurentino Santos possui bacharelado e licenciatura em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (1999), mestrado em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (2004), doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (2008), e pós-doutorado em Planejamento Urbano pela Universidade do Porto (2015). Atualmente é Professor0Titular da Universidade estadual de Feira de Santana, membro permanente do programa de Pós-graduação em Planejamento territorial (Mestrado profissional) – PLANTEER (UEFS) e coordenador do Grupo de Pesquisa “Urbanização e Produção de Cidades da Bahia. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Urbana e Planejamento Urbano, e, principalmente com recorte no estado da Bahia, nas discussões sobre produção e reestruturação do espaço urbano, planejamento e médias cidades.  Na produção da Obra atuava como e bolsista de iniciação científica e de apoio técnico do CNPq, junto ao Projeto Espaço Livre de Pesquisa-Ação, mesma época em que cursava o mestrado.
Informações obtidas na obra e em: http://lattes.cnpq.br/2282494423261197
 
Ângelo Serpa é professor titular de Geografia Humana da Universidade Federal da Bahia desde 2012. Doutorado em Planejamento Paisagístico e Ambiental pela Universitaet Für Bodenkultur Wien (1994), com pós-doutorado em Estudos de Organização do Espaço Exterior e Planejamento Urbano-Regional e Paisagístico realizado na Universidade de São Paulo (1995-1996) e em Geografia Cultural e Urbana realizado na Université Paris IV (Sorbonne/2002-2003) e na Humboldt Universität zu Berlin (2009). Tem experiência nas áreas de Geografia e de Planejamento, com ênfase em Geografia Urbana, Geografia Regional e Geografia Cultural, Planejamento Urbano, Planejamento Regional e Planejamento Paisagístico, trabalhando principalmente os seguintes temas de pesquisa: teoria e método em geografia, espaço público, periferias urbanas e metropolitanas, manifestações da cultura popular, identidade de bairro, cognição e percepção ambiental, apropriação socioespacial dos meios de comunicação, estratégias de regionalização institucional, empreendedorismo popular, bairros empreendedores, comércio e serviços de rua.
Informações obtidas na obra e em:  http://lattes.cnpq.br/3802687148526312

Sumário obra: 

Não se aplica.

Resumo : 

O artigo discorre sobre as análises desenvolvidas pelos autores no Projeto Interdisciplinar Espaço Livre, no qual buscaram observar o Subúrbio Ferroviário de Salvador com foco no processo de distribuição dos setores comerciais e de serviços, e como estes estão associados ao processo dialético de produção do espaço urbano periférico e às relações de produtor/produto que essa distribuição de setores desenvolve. Plataforma e Ribeira foram os bairros analisados no primeiro ano do projeto, seguindo-se a análise da Calçada e da Liberdade no segundo ano – locais denominados pelos autores como Núcleos de aglomeração do setor terciário e/ou Centralidades que além de apresentarem um aglomerado de estabelecimentos, possuem fácil acessibilidade. Diversos fatores são determinantes para a formação/consolidação das Centralidades, podendo-se destacar a influência do mercado consumidor, o papel histórico do ambiente (como a Praça São Brás em Plataforma), o poder de compra da população consumidora e a infraestrutura urbana presente. Destaca-se, ainda, o poder de influência dos eixos de circulação presentes nestes espaços, que determinam uma acessibilidade eficiente ou deficiente aos estabelecimentos, influenciando tanto a sua formação/consolidação quanto a qualidade do próprio espaço em si.  O Aterro de Alagados na Ribeira exemplifica este processo, não caracterizando-se como Centralidade por possuir uma área comercial dispersa que serve mais ao público interno e a grande dificuldade de acesso, gerando pouca mobilidade local. Diferentemente do que ocorre no Bairro da Calçada, que por ser uma área de ligação entre diversos bairros centrais de Salvador com intensa circulação, possui grande diversidade de estabelecimentos que servem tanto aos moradores, quanto ao público externo, gerando alto índice de mobilidade. O poder de atração destes Núcleos sobre o mercado consumidor é motivado, respectivamente, pela proximidade do público à área comercial; e por caracterizarem-se como espaços de passagem em áreas de Terminais, como a Calçada, ou eixos de ligação, como a Avenida Suburbana e a Avenida Beira Mar. Caracterizam-se também por serem áreas de trabalho dos consumidores, como a Liberdade, e, por fim, pelos preços dos produtos ou serviços que oferecem. A partir dos estudos dos fatores citados acima foi possível qualificar e entender o que são os Núcleos Consolidados, os subcentros dos bairros. Desta forma, foi concluído que o processo de consolidação é protagonista na modificação do espaço urbano. Os espaços que possuem mais residências naturalmente constroem relações interpessoais mais solidificadas, mas, por conseguinte, tendem a não se tornar Núcleos Consolidados, mesmo tendo alguma oferta de estabelecimentos comerciais e de serviços – estes são denominados Núcleos Instáveis. Por sua vez, os Núcleos Consolidados acabam por tornar as relações interpessoais mais artificializadas, pois há maior mobilidade populacional e consequentemente uma presença mais diversificada de atores sociais. O aumento da população consumidora e a saturação da oferta de comércio e serviços nas áreas centrais, podem definir a transformação de Núcleo Instável em Núcleo Consolidado também a partir da descentralização destas atividades, processo que ocorreu no bairro da Calçada e na Liberdade, mas muito comum nas periferias atuais. Esta descentralização ocorre a partir da implantação de novos estabelecimentos nas áreas para além da Centralidade, criando novos pontos de oferta de comércio e serviços. Todos estes processos estudados apesar de ocorrerem na periferia, local essencialmente habitado por uma população de baixa renda, demonstra que esta população requer um espaço supra cada vez mais suas demandas. Desta forma, a periferia torna-se um local atrativo à uma gama diversa de estabelecimentos que formando um Núcleo Consolidado ou não, modificam e impactam potencialmente o cotidiano populacional. Todas estas análises são ilustradas com gráficos que expressam as conclusões.
 

Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 13 Abril, 2018 - 15:45
Pesquisador Responsável: 

Zara Rodrigues

Data da revisão: 
quinta-feira, 26 Abril, 2018 - 15:45
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant'Anna

Observação: 
ISBN ou ISSN: 

Não se aplica.

Autor(es): 

Tales Oliveira

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA;
https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11570
 

Referência bibliográfica: 

OLIVEIRA, Tales B. L. G. Como se faz uma favela: práticas e cotidiano na produção do espaço urbano “periférico”. 2011. Tese (Doutrado em Arquitetura e Urbanismo). Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Universidade Federal da Bahia, Salvador.
 

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Tales Oliveira possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1998), Mestrado em Urbanismo pela Université de Tours (Université François Rabelais) (2000) e Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2011). Atualmente é Professor Adjunto da Escola de Arquitetura da UFMG. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase Projeto de Arquitetura e Teoria de Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: projeto de arquitetura, concepção do espaço, habitação de interesse social, favelas e produção do espaço.
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/5287225265825348

Sumário obra: 

INTRODUÇÃO
CAPÍTULO - I - ASPECTOS HISTÓRICOS
Um Lugar Para Morar
Objetivos E Questões
Metodologia
Babilônia, Santa Marta E Novos Alagados
CAPÍTULO - II - CIDADE E FAVELA
Questões Preliminares
Fronteiras, Limites E Territórios
Cidade X Favela, Práticas E Enfrentamento
A Cidade Formal Reage
O Fenômeno Favela
CAPÍTULO - III - A PRODUÇÃO DO ESPAÇO CONSTRUÍDO
Táticas E Resistência
Adaptabilidade e Produção Do Espaço
O Espaço Produzido
CAPÍTULO IV - VIDA NA FAVELA
Violência E Estigma
Comunidade
Direito Alternativo: A Juridicidade Nas Favelas
Habitus E Produção Do Espaço
CAPÍTULO V - INTERVENÇÕES OFICIAIS
Programas De Urbanização Em Favelas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 

Resumo : 

A tese trata do processo silencioso e pulverizado de produção do espaço informal e segregação das favelas, buscando-se compreender, a partir do morador, como agente modificador, as estratégias de adaptação, as táticas de resistência individual e coletivas e sua articulação na cidade. O autor toma como referência as ocupações de Novos Alagados, Santa Marta e Babilônia, três exemplos claros da evolução desse tipo de processo de ocupação urbana. Investiga as práticas cotidianas que são capazes de modificar criativamente e adaptar o meio precário às necessidades de moradia e/ou abrigo; analisa a produção construtiva limitada nestas ocupações; e explica como se dão as relações de produto e produtor na favela. A convivência rotineira, entrevista e aproximação territorial intensa nas três localidades foram os métodos adotados na investigação. O primeiro capítulo discorre sobre toda a metodologia aplicada na pesquisa e argumentos que balizaram a construção da tese, assim são descritos os processos históricos de formação das Ocupações, as práticas de produção do espaço (de maneira introdutória), os objetivos em questão e a metodologia aplicada. O segundo, conta sobre a relação “cidade x favela” no modo como a cidade percebe a favela alocada em seu meio. Já o terceiro capítulo, aborda como a produção do espaço construído está vinculada às táticas de inserção, resistência e adaptação das Ocupações, e como estas influenciam os padrões construtivos, a organização do meio urbano, os modos de agir e a ética construtiva criada nestes assentamentos. O quarto capítulo expõe as práticas de adaptação dos moradores, necessárias para reduzir os efeitos da violência no cotidiano da favela. Por fim, o quinto capítulo apresenta e analisa, tanto as tentativas, quanto as execuções de projetos de intervenções estatais nas Ocupações, abordando quais foram as transformações no espaço e nas práticas cotidianas e a forma como estas intervenções tiveram que adaptar-se para serem executadas. Tendo em vista o objetivo deste Guia de Fontes, o capítulo três é o único que discorre descritivamente sobre as técnicas, materiais e produção construtiva informal nestas Ocupações, deste modo apenas este será resumido. Neste capítulo, informa-se que o produto da ocupação informal é espontâneo e flexível; que as construções não foram pensadas para estar ou permanecer do modo que estão para sempre; e que o conjunto do ambiente construído é resultado de um aglomerado de obras em uma série de estágios evolutivos distintos, descrito pelo autor como “processo artesanal”. Assim, o ponto de partida é a conquista do espaço, pois o acesso à terra se faz através da invasão de áreas abandonadas ou esquecidas, que são pontos de invisibilidade adequados à permanência e resistência – característica estruturante que explica diversas ocupações em Salvador e no Rio de Janeiro. Configurando-se inicialmente como uma mancha pulverizada e extensa sobre uma grande área às margens da cidade formal, sem qualquer tipo de ligação direta com esta, as invasões vão adensando-se em pontos estratégicos de conexão com o meio urbano, facilitando a acessibilidade aos locais de trabalho e de serviços públicos e começando a se fazer “visível” fisicamente. O autor ilustra esta evolução ocupacional através de fotos e mapas das três ocupações que analisa. A lógica de temporalidade da habitação segue uma linguagem particular: a ideia de “casa acabada” é um modelo quase não imaginado. As necessidades momentâneas da família são o partido construtivo e à medida que estas mudam, a habitação se adapta e a melhor solução projetual é aquela onde a possibilidade de ampliação é um fator prioritário. Por isso, é comum, inicialmente, se fazer um abrigo emergencial (barraco) de lona, taipa, madeira ou de qualquer material reaproveitado, seguido por uma estrutura mais sólida de Madeirite (chapa de compesado), ainda sem qualquer estrutura, que somente será colocada se houver necessidade de ampliação vertical. Antes disso, apenas se faz a vedação dos principais vãos com alvenaria de bloco cerâmico, um processo totalmente auto – construtivo, segundo o autor. Este, descreve que a vedação do perímetro da habitação com blocos cerâmicos define o marco construtivo. A inserção de paredes internas compõe o que os moradores definem como “casa completa”. A partir disto, a priorização está no acabamento interno, usando-se soluções criativas para maquiar qualquer aspecto de precariedade. Nas três ocupações em estudo, a implantação da habitação no contexto espacial dos assentamentos se dá de maneira adaptativa ao tipo de espaço e topografia em que está inserida. Diversas soluções resultam em construções altamente adensadas e compactadas no nível superior e com, obrigatoriamente, os térreos voltados à livre circulação nos becos e vielas. Essas soluções são ilustradas pelo autor através de cortes esquemáticos dos perfis das ruas e por fotos das ruas do Morro da Babilônia e de Santa Marta na ocupação de suas encostas. Por sua vez, a inserção sobre as águas em Novos Alagados cria um padrão distinto, que é ilustrado com croquis de Eduardo Carvalho. Neste caso, a adaptação da habitação dependerá das condições de aterramento tanto dos acessos públicos quanto das próprias casas, ocorrendo manualmente e coletivamente. A noção de “moradia digna” nesta ocupação relaciona-se diretamente a este processo. Contudo, em ambos os casos o traçado urbano é resultado espontâneo da produção imobiliária individual e das preexistências. A construção é regulada através de normas éticas internas, que levam em consideração o impacto que a nova construção terá no espaço público comum e nas construções já pré-estabelecidas. Ao final da tese, o autor chama muita atenção para os efeitos da Ação Tática na ocupação e construção das Favelas. Um processo que é originário da segregação, mas é um modo de adaptabilidade de uma população socialmente desprezada no meio urbano formal, que encontra na favela a oportunidade de se readaptar sem se distanciar da cidade, produzindo um meio pautado em suas práticas cotidianas e em sua organização sócio-política. A construção informal gera a possibilidade de produção gradativa da moradia, fator determinante que garante a viabilidade financeira neste processo e a melhor qualidade de vida para o morador.

Data do Preeenchimento: 
domingo, 22 Abril, 2018 - 15:30
Pesquisador Responsável: 

Zara Rodrigues

Data da revisão: 
quinta-feira, 26 Abril, 2018 - 15:30
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant'Anna

Observação: 
ISBN ou ISSN: 

Não consta.

Autor(es): 

Marco Aurélio A. de Filgueiras Gomes

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA

Referência bibliográfica: 

GOMES, Marco Aurélio A. de Filgueiras. Escravismo e Cidade: notas sobre a ocupação da periferia de Salvador no século XIX. RUA. Revista de Arquitetura e Urbanismo, Salvador, v. 3, n.4/5, p. 7-17, 1990.

Eixos de análise abordados: 
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Marco Aurélio A. de Filgueiras Gomes possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília, doutorado em Ciências Sociais pela Université de Tours e pós-doutorado pela New York University. É Professor Titular da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, onde leciona desde 1986 nos cursos de graduação e pós-graduação. Atua nas linhas de pesquisa História da Cidade e do Urbanismo e Processos Urbanos Contemporâneos. Criou a Revista RUA (FAUFBA); foi editor da Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais (publicada pela ANPUR), entre 2001 e 2004. Foi membro da diretoria da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional- ANPUR nos biênios 2005/2007 e 1991/1993. Seus principais temas de pesquisa são história do urbanismo no Brasil e América Latina; circulação de ideias no meio profissional; história e cultura na cidade contemporânea; e relação entre megaeventos e reestruturação urbana.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/3124354013043890

Sumário obra: 

Não se aplica.

Resumo : 

O trabalho trata da relação entre as transformações da escravidão urbana e sua relação com a ocupação da periferia de Salvador, antes cercada por quilombos e roças de libertos, e, a partir do final do século XIX, por terreiros de candomblé. No começo do séculoc XIX, a cidade dependia dos escravos para transporte de pessoas, transporte de mercadorias, abastecimento de água, retirada de dejetos, abastecimento alimentar, limpeza urbana, iluminação pública e operação interna das moradias. A cidade apresentava formas específicas de trabalho do escravo - o ganho e o aluguel - distintas do trabalho escravo no campo. Para o escravo urbano, a senzala desaparece como forma de moradia. Serão barracos na periferia, cortiços, porões e “lojas”, andares térreos ou subsolos de antigos sobrados, os espaços usados como alojamento de escravos e moradias para os mais pobres. A cidade aparecia como lugar propício para sua fuga, para maior liberdade nas relações interpessoais, incluindo as afetivas, e para sua alforria. A partir da metade do século XIX, haverá mudanças profundas no sistema escravagista, com o recuo do escravagismo na cidade. O resultado foi a ocupação intensiva de brechas na área central da cidade, com subdivisão de antigos casarões, ocupação de lojas e de quartos nos fundos dos imóveis nas freguesias centrais – Santana, São Pedro, Pilar e Conceição. Para estes moradores, estar no centro era importante, ligados que estavam ao pequeno comércio e à prestação de serviços, o que foi facilitado pela saída de famílias ricas dessas áreas e pelos seus primeiros sinais da decadência. Outro resultado foi a ocupação da periferia com uma “dinâmica negra”, em torno de roças, quilombos e candomblés. As freguesias com características rurais (Santo Antônio, Brotas e Vitória) formavam um “cinturão rural” em volta da cidade, com população dispersa em pequenas roças, muitas vezes, dotadas de pequenas casas cobertas de palha. Há poucos registros dos quilombos, porém ali estavam as colinas, matas, rios e lagoas que serviam como suporte para uma coletividade clandestina. Os quilombos eram heterogêneos quanto ao porte: de cinco escravos fugidos até o do Buraco do Tatu – com menos de 100 habitantes - na freguesia suburbana de Santo Amaro de Ipitanga, ou o do Urubu, no Cabula. Eram comunidades móveis, nem sempre em relação harmônica com seus vizinhos, alimentadas pelo fluxo de escravos que encontravam na periferia, facilidade para a fuga e refúgio, e, na cidade, postos de trabalho. Várias áreas periféricas atuais teriam surgido daqueles quilombos e, segundo o autor, sua toponímia seria reveladora: Cabula, Beiru, Bogum, Bonocô. Também seriam propícias aos terreiros de candomblé, concedendo a privacidade para uma religião nem sempre bem-vista, que dependia das árvores sagradas, das fontes, de certas pedras. Os terreiros também cercavam a cidade e, por sua vez, serviam como núcleo de ocupação, rodeados de moradias daqueles que lhes estavam relacionados.

Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 24 Fevereiro, 2016 - 17:15
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
segunda-feira, 4 Julho, 2016 - 17:15
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

Não consta esta informação

Autor(es): 

Fábio Macedo Velame

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia.

Referência bibliográfica: 

VELAME, Fábio Macedo; DOURADO, Odete. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Faculdade de Arquitetura. A arquitetura do terreiro de candomblé de culto aos egum: o Omo Ilê Aboulá - um templo de ancestralidade afro-brasileira. 2007. 365 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Arquitetura, 2007

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Fábio Macedo Velame possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura da UFBA (2003), Mestrado em Arquitetura e Urbanismo pelo PPGAU-UFBA na área de Concentração em Urbanismo (2007), e Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pelo PPGAU-UFBA na área de Concentração em Conservação e Restauro (2012). Atualmente é professor Adjunto I, Regime de Dedicação Exclusiva (D.E.) da FAUFBA, professor do Curso de Especialização em Assistência Técnica para Habitação e Direito á Cidade - Residência Técnica em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia da FAUFBA, Superintendente de Meio Ambiente e Infraestrutura da UFBA - SUMAI/UFBA, Membro do Colegiado Setorial de Culturas Afro-Brasileiras da SECULT-Secretaria de Cultura do Estado da Bahia para o biênio 2014-2016, Membro do Grupo Chronos: Arquiteturas em Patrimônio, e Coordenador do Grupo Etnicidades: Grupo de Estudos Étnicos e Raciais em Arquitetura e Urbanismo. Têm experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Arquiteturas de Grupos Étnicos, Povos e Comunidades Tradicionais: Africanas; Afro-brasileiras - Habitação Escrava, Remanescentes de Quilombos, Terreiros de Candomblé, Afoxés, Blocos Afro, Maracatus, Congadas, Marujadas; Aldeias Indígenas; Comunidades de Fundos e Fechos de Pasto; Povos Ciganos; Ribeirinhos; Comunidades Extrativistas; Colônias de Pescadores e Marisqueiros; e, Gerazeiros. 

Sumário obra: 

VOLUME I

Introdução

1. O COMPLEXO CULTURAL DO MUNDO NAGÔ 

2. O OMO ILÊ ABOULÁ COMO UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA NO TEMPO 

3. OS ESPAÇOS DO OMO ILÊ AGBOULÁ

VOLUME II

4. OS TEMPOS DO OMO ILÊ ABOULÁ 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Referências Bibliográficas

Fontes Arquivistas

Glossário

Anexos

Resumo : 

Neste trabalho o autor se aprofunda na relação Cultura-Arquitetura e, por intermédio desse liame, busca compreender como a cultura afro-brasileira, em seus aspectos religiosos relacionados especificamente ao culto aos Babás Eguns (ancestrais masculinos), define a arquitetura e a espacialidade de um dos seus templos, o Omo Ilê Agboulá, localizado no núcleo de Ponta de Areia, na Ilha de Itaparica. A importância desta obra para o tema da Arquitetura Popular é bastante grande, estando presente em todos os seus capítulos, ainda que com intensidades distintas. No primeiro capítulo, “O Complexo Cultural do Mundo Nagô”, o autor aborda como o negro afro-brasileiro concebe o ato de estar presente no mundo, e a coexistência permanente e paralela, bem como a mútua projeção, dos espaços material (Ayê) e imaterial/espiritual (Orun). No segundo capítulo, “O Omo Ilê Agboulá Como Uma Construção Coletiva no Tempo” a história do terreiro, durante os séculos XIX e XX, é descrita, bem como os processos de deslocamento e remanejamento do templo ao longo do tempo como estratégias de resistência. Informa-se também como esses deslocamentos interagiram com os espaços, demonstrando-se a dinâmica da arquitetura afro-brasileira. O autor define então a arquitetura do terreiro como uma “construção no tempo”, já que este agrega e sintetiza, na sua essência, o esforço de gerações, de resistências e de eternas mudanças. No terceiro capítulo, “Os Espaços do Omo Ilê Agboulá”, é estudada e discutida a organização e a disposição dos espaços arquitetônicos do terreiro, inclusive no que toca à gênese desses espaços e às articulações entre o além e a terra que são proporcionadas por essa arquitetura. Neste capitulo é pontuada a importância de cada ambiente, as suas multiplicidades e elementos de coexistência, de modo que estes recintos não podem ser compreendidos de forma fragmentada: cada espaço é elemento vital para o funcionamento efetivo e pleno do sistema. Ainda neste capítulo, é elucidada a especificidade desta arquitetura, como uma arquitetura singular, viva, dinâmica e em constante transformação, sem paralelos e similaridades. No capítulo IV, “Os Tempos do Omo Ilê Agboulá”, são abordados os conceitos de tempo que estruturam a existência do homem religioso em sua vivência na terra. São discutidos também os diferentes conceitos de temporalidade concebidos pela comunidade do Ilê Agboulá. O autor designa, tendo como referência a obra de Mircea Eliade, o tempo religioso como Tempo Sagrado, e o tempo não religioso como Tempo Profano. Nesta dualidade temporal, são desenvolvidos os processos do modo de estar presente no mundo da comunidade do Omo Ilê Agboulá, sendo que esses dois diferentes conceitos de tempo coexistem e se relacionam de forma harmônica, como duas configurações temporais sincrônicas de existência, não existindo nenhum antagonismo entre elas. Estas formas de tempo estão estritamente vinculadas aos membros da sociedade do culto a Egum, de modo que ultrapassam os limites físicos do terreiro, estendendo-se por toda a Ponta de Areia e estando presente, de forma permanente, no cotidiano dos seus habitantes. Entretanto, o contato efetivo com o Tempo Sagrado dá-se nos rituais e nas festas públicas do Omo Ilê Agboulá. Este Tempo Sagrado, caracteriza-se por ser eterno, no sentido que é o mesmo tempo que se manifestou há sete anos, ou há um século, pois é um tempo concebido e sacralizado pelos deuses, através da sua presença. O tempo divino na concepção ioruba não é cumulativo, é cíclico. A cada ritual, a cada festa pública, se constrói um novo mundo, onde se dará o processo circular de nascer, crescer, desenvolver-se, frutificar, envelhecer, deteriorar-se, morrer e renascer para um novo ciclo sem fim e, portanto, eterno. As festas do culto a Egum reproduzem esses ciclos, o cosmo, unidade dinâmica que nasce, cresce, se desenvolve e morre no último dia do ano, para nascer no dia seguinte através dos ritos. O cosmo renasce todos os anos por que, a cada ano, o tempo sagrado começa de novo, regenerando-se por completo como um tempo tenro, puro e sagrado, que ainda não foi usado (como na origem). Ainda neste capítulo, o autor explora a importância da arquitetura do Omo Ilê Agboulá como sustentáculo, continente, indutor e propulsor da concepção de mundo e do sistema dinâmico do culto aos ancestrais. O fluxo de axé também determina esta arquitetura, sendo os dois indissociáveis e inseparáveis a tal ponto que um não existiria sem o outro. O ritual, bem como o cortejo da “botada e tirada da bandeira” do Omo Ilê Agboulá, é descrito como elemento culminante na representação dessa dinâmica de arquitetura, mundos e tempos. Na descrição detalhada deste importante ritual, o autor discorre sobre os processos de “reterritorialização” e “desterritorialização” dos espaços públicos e privados do Omo Ilê Agboulá, e de tudo o que estrutura o espaço urbano e ambiental de Ponta de Areia. Explica-se como o terreiro de Egum Ilê Agboulá se apropria do povoado de Ponta de Areia, de modo que este se torna o próprio terreiro durante os trinta dias em que este ritual é desenvolvido. Este aspecto confirma que os espaços e tempos sagrados e profanos na sociedade de culto aos Eguns, no Omo Ilê Agboulá e no povoado de Ponta de Areia, não constituem duas categorias antagônicas ou opostas, mas coexistentes e inter-relacionadas, estando uma presente na outra. Entende-se, assim, que o espaço do terreiro de culto aos ancestrais não se restringe apenas ao seu espaço físico sagrado e ás suas construções sacras, mas que se projeta pela cidade de maneira diversificada, irradiando o seu axé pelas ruas de Ponta de Areia. O autor conclui esta obra descrevendo o amálgama que constitui o “Ser” da arquitetura do terreiro de Egum Omo Ilê Agboulá. Este amálgama seria produzido por cinco elementos: as contingências ou as circunstâncias; os rituais; as interações, interrelações e fluxos de axé; as dimensões simbólicas de seus diversos componentes; e as relações existentes nas hierarquias litúrgicas e de gênero dos membros do culto aos eguns. Esses elementos existiriam de forma sincrônica, simultânea e concomitante e determinariam a construção e a reprodução dessa arquitetura singular, estabelecendo a sua localização, posição, sentido, lugar, criação, e a eterna transformação de cada elemento edificado ou natural que a compõe. O autor também aborda a questão da materialidade do terreiro, concluindo que a sua dimensão material e física, bem como a sua concretude, configuram-se como condicionantes do templo, mas que são completamente desprovidas de valor intrínseco. No culto a Egum, o interesse não é pela matéria (a coisa que é feita), mas sim as circunstâncias, as dimensões simbólicas, os rituais e a perpetuação do axé que se fazem presentes nas dimensões culturais desta arquitetura. 

Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 18 Maio, 2015 - 00:45
Pesquisador Responsável: 

Denis Alex Barboza de Matos

Data da revisão: 
segunda-feira, 20 Julho, 2015 - 14:15
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

978-85-326-0923-6

Autor(es): 

Juana Elbein dos Santos

Onde encontrar: 

Biblioteca Universitária Reitor Macedo Costa.

Disponível em livrarias.

Referência bibliográfica: 

SANTOS, Juana Elbein dos. Capítulo II – O Complexo Cultural Nagô. In: SANTOS, J. E. dos. Os Nagô e a Morte: Pàde, Àsèsè e o Culto Égun na Bahia; 13. ed. – Petrópolis, Vozes, 2008, p. 26-38.

Eixos de análise abordados: 
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Antropóloga, Etnóloga e coordenadora geral da Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil (SECNEB). O capítulo analisado, integra a Tese de Doutorado em Etnologia na Universidade de Sorbonne, produzida no ano de 1972, e traduzida pela Universidade Federal da Bahia. O trabalho se propõe a examinar e dissolver algumas interpretações sobre a concepção da morte, suas instituições e seus mecanismos rituais, tais quais são expressos e elaborados simbolicamente pelos descendentes de populações da África Ocidental no Brasil, particularmente na Bahia, nas comunidades, grupos e associações que se qualificam a si mesmos de Nagô e que a etnologia moderna chama de Ioruba.  O trabalho foi publicado pela primeira vez no ano de 1975 pela editora Vozes.

Sumário obra: 

Agradecimentos

  1. Introdução
  2. O Complexo Cultural Nagô
  3. Sistema Dinâmico
  4. Sistema Religioso e Concepção do Mundo: Àiyé e Òrun
  5. O Sistema Religioso e as Entidades Sobrenaturais: Olórun e os Irúnmalè
  6. O Sistema Religioso e as Entidades Sobrenaturais: Os Ancestrais
  7. Princípio Dinâmico e Princípio da Existência Individualizada no Sistema Nagô: Èsù Bara
  8. O Terceiro Elemento e os Ritos Prioritários
  9. Existência Genérica e Existência Individualizada
  10. Existência Individualizada e Existência Genérica: A Morte
Resumo : 

No capítulo “O Complexo Cultural Nagô”, a autora elucida que os espaços dos terreiros constituem-se como elementos fundamentais de uma etnohistória afro-brasileira. Aborda o início do processo de transporte, implantação e reformulação dos elementos que integram o complexo cultural africano no Brasil, ocorrido no século XIX, sendo o resultado deste processo o surgimento de associações bem organizadas conhecidas como “Terreiros de Candomblé”. Juana Elbein explica o surgimento dessas associações e dos seus núcleos religiosos e sociais no Brasil, bem como a ocupação, desenvolvimento, forma de habitar e os seus processos de expansão em solo brasileiro. A autora define as primeiras tipologias arquitetônicas que surgiram no entorno dos primeiros Terreiros de Candomblé como semelhantes ao “Compound”. Este termo é comumente aplicado na Nigéria para designar um lugar de residência que compreende um grupo de casas ou de apartamentos ocupados por famílias individuais, relacionadas entre si por parentesco consanguíneo. A autora afirma que em língua ioruba, essas edificações são denominadas de “Agbo-Ilê”, o que quer dizer, literalmente, conjunto de casas. Neste capítulo, há uma diferenciação no que diz respeito aos limites da comunidade que integra o Terreiro de Candomblé e os limites físicos deste ultimo, de modo que, segundo a autora, o terreiro é de fato a comunidade (Egbé). Sendo assim, esta comunidade, ao se expandir para além dos limites físicos do terreiro, o conduz para dentro da sociedade global, surgindo, assim, novos processos de interação. Elbein descreve que algo semelhante se desenvolveu a partir da diáspora. Com o tráfico escravagista dos negros africanos, o espaço geográfico da África e seus conteúdos culturais e filosóficos foram deslocados e transportados para o Novo Mundo através dos egbés, ou seja, das comunidades, sendo restituídos no espaço terreiro. Juana Elbein setoriza o espaço do Terreiro de Candomblé em dois segmentos denominados de “espaço urbano” e “espaço mato”. O espaço urbano configura-se nas construções e tipologias arquitetônicas de uso público e privado, onde se elevam as casas templos, as edificações consagradas às divindades, a cozinha ritual com sua ante sala, e a sala semi pública, que pode ser de uso público ou privado de acordo com a ocasião. Há um destaque para o “barracão”, construção que abriga o salão destinado às festas públicas, com seus espaços delimitados para os diferentes grupos que constituem a comunidade terreiro. Além dessas edificações, o terreiro contém ainda um conjunto de habitações, que podem ser permanentes ou temporárias, para os iniciados que fazem parte do terreiro. O espaço do mato é descrito pela autora como o setor de maior área nos terreiros, sendo cortado por árvores, arbustos e toda sorte de ervas, configurando-se como um reservatório natural onde estão situados todos os elementos vegetais inerentes à prática litúrgica. O mato é a morada das divindades esquivas e dos ancestrais que preferem manter certa distância do espaço dominado pelo homem. A autora conclui que o espaço urbano é um espaço doméstico, planificado e controlado pelo ser humano, diferindo do espaço mato que é selvagem, fértil, incontrolável e habitado por espíritos e divindades sobrenaturais. Entretanto, segundo Elbein, apesar desse antagonismo, esses espaços se relacionam, gerando um intercâmbio, uma troca. Constituído por esses dois espaços que se expandem e se relacionam, o Terreiro de Candomblé torna-se possuidor de elementos do Àiyé (plano material) e do Òrun (plano espiritual), estabelecendo assim uma relação harmoniosa entre eles.

Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 30 Junho, 2015 - 14:00
Pesquisador Responsável: 

Denis Alex Barboza de Matos

Data da revisão: 
segunda-feira, 20 Julho, 2015 - 15:45
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

85-232-0178-5

Autor(es): 

Alberto Freire de Carvalho Olivieri

Onde encontrar: 

Faculdade de Arquitetura da UFBA

Referência bibliográfica: 

OLIVIERI, Alberto F. de Carvalho. O desenho da mudança social na arquitetura de invasão. Salvador: EDUFBA, 1994 (pré-textos).

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Alberto Freire de Carvalho Olivieri possui graduação em Licenciatura e Urbanismo - Université de Paris VIII (1977), graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (1974), mestrado em DEA - Urbanismo e Planejamento - Université de Toulouse Le Mirail (1976), mestrado em Artes no Diplôme D'Etudes Approfondies em Artes das Imagens - Université de Paris VIII (2003) e doutorado em Urbanismo e Planejamento - Université de Toulouse Le Mirail (1979). Pós-Doutorado na Faculdade de Arquitetura de Toulouse - Laboratório de Computação Gráfica. Pós-Doutorado na Universite de Paris VIII - Arte das Imagens. Realizou dezenas de conferências no Brasil e no exterior, França, Portugal, Bulgária, Espanha, Turquia e faz parte do corpo editorial da editora l'Harmattan, Paris. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo e Desenho Técnico, com ênfase em História da Arte, da Imagem e do Desenho, e em Crítica e História da Arquitetura e do Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, corpo, arquitetura, desenho e linguagem.

Informações sobre o autor obtidas em: http://lattes.cnpq.br/9273932201592084

Sumário obra: 

INTRODUÇÃO

METODOLOGIA

VARIÁVEIS DETERMINANTES

VARIÁVEIS CONDICIONANTES

A RENDA E SUA RELAÇÃO NAS CONDIÇÕES DE MUDANÇA

ANOS DE ESTUDO E SUA INFLUÊNCIA NA MUDANÇA

O TEMPO DE RESIDÊNCIA EM SALVADOR

PERSONALIZAÇÃO DA MORADIA

O DESENHO DA CASA E A REPRESENTAÇÃO ESPACIAL

O GRAU DE SASTIFAÇÃO E O ESPAÇO

NECESSIDADES DE REALIZAÇÃO E ASPIRAÇÃO

TRAUMAS EM RELAÇÃO À ARQUITETURA NAS IMAGENS DA CIDADE E DA HABITAÇÃO.

IDENTIFICAÇÃO DE ASPIRAÇÕES ATRAVÉS DA APRESENTAÇÃO ICONOGRÁFICA

BIBLIOGRAFIA

Resumo : 

Neste livro, Olivieri apresenta os resultados de um projeto realizado com uma população em situação de invasão localizada no Jardim da Armação, em Salvador, no ano de 1996. Inicialmente, o trabalho explorou os fatores que levam ao processo de mudança social. Através de enquetes e questionamentos foram definidas as variáveis determinantes para essa mudança, além de indicadores de desenvolvimento social, apresentados como variáveis condicionantes. As variáveis determinantes foram definidas como elementos definidores do desenvolvimento social da família, como por exemplo: renda familiar, o tempo de residência em salvador, o controle da natalidade ou o planejamento familiar, a escolaridade e o grau de especialização. As variáveis condicionantes foram obtidas através do somatório de questões referentes à habitação, aos níveis de higiene e alimentação, aos cuidados infantis, à qualidade da vida conjugal, à relação com familiares e com a vizinhança. Através da superposição dessas variáveis condicionantes e determinantes, foi possível identificar que variáveis determinantes seriam mais responsáveis pelo processo de mudança social. Uma vez obtidos esses dados, foi definido um grupo de famílias potencialmente mais aptas à mudança social para ser comparado com outras que apresentaram maiores índices de desenvolvimento, identificando-se, dessa forma, os fatores que levaram a essa mudança. Dentre as dez famílias com maior potencial em relação às variáveis determinantes, apenas quatro obtiveram os melhores níveis com relação às variáveis condicionantes, demonstrando-se que os fatores de mudança social são muito subjetivos, e que se o grupo social não está inserido na cultura e na produção global, não se pode estudá-lo com os métodos usuais. Partindo dessas observações, o autor adentra em uma análise mais detalhada das variáveis determinantes, e conclui que algumas são mais definidoras que outras em relação à situação de mudança. Alguns entrevistados que obtiveram maior pontuação nas variáveis condicionantes não possuíram as melhores rendas e essa situação aparentemente paradoxal denota que o rendimento não é um fator fundamental e isolado dos outros que influem na qualidade de vida da população de baixa renda. A renda familiar tem peso fundamental se atrelada a um emprego estável, a uma profissão definida e ao nível de escolaridade. Este último fator mostrou um grande poder de mudança, pois as cinco famílias melhor classificadas possuíam os melhores níveis de escolaridade, apesar de uma média salarial abaixo daquela do grupo total de entrevistados. Outro indicador de bons resultados foi o tempo de residência em Salvador, o que reflete a importância do grau de integração com a cultura urbana. Em seguida, o autor explora os processos de marginalização e segmentação do território segundo os interesses do capital e as condições habitacionais da invasão. Ele pontua que a falta de propriedade do solo restringe a melhoria da qualidade habitacional, pois, diante da possibilidade de ser removida a qualquer hora, a população faz uso de materiais com pouca durabilidade. A totalidade das habitações analisadas foi construída com a utilização de barrotes de madeira, de folhas de compensado provenientes, em sua maioria, de restos de outras construções e com cobertura em telha de cimento amianto. Também foi observada durante a aplicação dos questionários, a utilização de objetos decorativos, o que denota uma preocupação com o habitat característica de um grupo nível educacional mais elevado e com maior perspectiva de mudança. As pessoas que tinham os melhores padrões habitacionais com relação ao desenho e à representação espacial da casa também detinham bons níveis de escolaridade. Olivieri aborda também o grau de satisfação em relação ao espaço e às necessidades de realização e aspiração no nível da habitação e em relação ao bairro. Em nenhum caso os entrevistados expressaram vontade de morar em outro lugar, apesar de almejarem melhorias com relação à casa, à insalubridade, à segurança e a serviços como luz elétrica. A boa vizinhança, a facilidade do transporte e a proximidade do trabalho foram identificados como os principais motivos para esse sentimento de permanência. No capítulo, “Traumas em relação à arquitetura nas imagens da cidade e da habitação”, buscou-se a relação dos elementos simbólicos transmitidos pelos diversos tipos de arquitetura com relação ao espaço urbano. Para isso, foram apresentadas aos entrevistados algumas fotografias e, em seguida, questões relativas ao espaço da cidade. Com base nisso, eles deveriam contar uma estória a fim de que fossem detectadas as emoções e reações do indivíduo, tornando possível, assim, se determinar o significado da arquitetura para o habitante da invasão. Ao final do livro o autor compila essas estórias. 

Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 2 Dezembro, 2014 - 11:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Amanda Bomfim Pereira

Data da revisão: 
domingo, 21 Dezembro, 2014 - 09:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

Os volumes de I a V não possuem ISBN. Vol. VI: 85-86485-61-6 Vol. VII: 85-7505-045-1

Autor(es): 

Paulo Ormindo David de Azevedo

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA

Referência bibliográfica: 

BAHIA. Secretaria da Indústria e Comércio. IPAC-BA: Inventário de Proteção do Acervo Cultural da Bahia. Salvador: Secretaria da Indústria e Comércio, 1975-2002. 7v.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Paulo Ormindo David de Azevedo (Coord.) possui graduação em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia (1959), especialização em Geografia Urbana pela University of Wisconsin – Madison (1960), especialização em Internacional de Prospecção Arqueológica pelo Instituto Politécnico de Milão (1969), especialização em Specialisation Pour La Conservation Et La Restaura pela International Center Of Conservation And Restoration Of Monuments And Sites (1969) e doutorado em Perfezionamento Per Lo Studio Dei Monumenti pela Università degli studi di Roma Ter (1970). Atualmente é professor titular da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: restauro, centro histórico, Salvador.  (Plataforma Lattes, em 30/05/2014).
Sumário obra: 

Volume I – Monumentos do Município do Salvador

Introdução - 01

Planta do Município do Salvador - 05

Planta do Centro Histórico - 07

1.0 Arquitetura Religiosa Assistencial ou Funerária - 09

1.1 Arquitetura Militar - 131

1.2 Arquitetura Civil de Função Pública - 149

1.3 Arquitetura Civil de Função Privada - 193

1.4 Arquitetura Industrial ou Agrícola - 299

Normas de Execução do IPAC - 305

Bibliografia sobre arte, arquitetura e evolução urbana da Bahia - 311

Volume II – Monumentos e Sítios do Recôncavo - I parte

Introdução ao Recôncavo - 11

Mapa do Recôncavo - 17

Município de Amélia Rodrigues - 19

Município de Candeias - 27

Município de Catú - 51

Município de Itaparica - 59

Município de Lauro de Freitas - 83

Município de Mata de S. João - 87

Município de Santo Amaro - 93

Município de São Francisco do Conde - 159

Município de São Sebastião do Passé – 211 

Município de Simões Filho - 227

Município de Teodoro Sampaio - 231

Município de Terra Nova - 239

Município de Vera Cruz - 253

Normas de Execução do IPAC - 269

Bibliografia - 281

Volume III – Monumentos e Sítios do Recôncavo - II parte

Mapa do Recôncavo - 13

Município de Aratuípe - 15

Município de Cachoeira - 27

Município de Conceição de Feira - 139

Município de Conceição do Almeida - 147

Município de Jaguaripe - 159

Município de Maragojipe - 185

Município de Muniz Ferreira - 227

Município de Muritiba - 231

Município de Nazaré - 239

Município de Salinas da Margarida - 297

Município de Santo Antônio de Jesus - 305

Município de São Félix - 327

Município de São Felipe - 349

Município de São Gonçalo dos Campos - 365

Bibliografia - 377

Índice geral dos monumentos do Recôncavo - 383

Volume IV – Monumentos e Sítios da Serra Geral e Chapada Diamantina

Introdução - 13

Mapa do estado da Bahia - 25

Serra Geral - 27

Mapa da Microrregião 137 - 28

Brumado - 29

Caetité - 41

Condeúba - 75

Cordeiros - 85

Guanambi - 87

Ibiassucê - 91

Igaporã - 95

Jacaraci - 97

Livramento de N. Senhora - 99

Palmas de Monte Alto - 127

Pindaí - 137

Riacho de Santana - 139

Urandi - 147

Diamantina Meridional - 149

Mapa da Microrregião 136 - 150

Abaíra - 151

Andaraí - 157

Boquira - 187

Ibitiara - 189

Ituaçu - 191

Jussiape - 195

Lençóis - 201 

Macaúbas - 255

Mucugê - 257

Palmeiras - 291

Paramirim - 297

Piatã - 301

Rio de Contas - 307

Seabra - 357

Tanhaçu - 359

Utinga - 361

Diamantina Setentrional - 365

Mapa da Microrregião 135 - 366

Barra do Mendes - 367

Gentio do Ouro - 369

Uibaí - 371

Piemonte da Diamantina - 373

Mapa da Microrregião 139 - 374

Jacobina - 375

Bibliografia - 391

Volume V – Monumentos e Sítios do Litoral Sul

Introdução - 13

Mapa do estado da Bahia - 29

Tabuleiros de Valença - 31

Mapa da Microrregião 152 - 32

Município de Cairu - 33

Município de Camanu - 71

Município de Ibirapitanga - 117

Município de Ituberá - 119

Município de Marau - 125

Município de Nilo Peçanha - 131

Município de Taperoá - 139

Município de Valença - 173

Cacaueira - 199

Mapa da Microrregião 154 - 200

Município de Belmonte - 201

Município de Canavieiras - 219

Município de Ilhéus - 223

Município de Itacaré - 251

Município de Itapé - 255

Município de Lomanto Júnior - 257

Município de Uruçuca - 265

Litorânea do Extremo Sul - 267

Mapa da Microrregião 156 - 268

Município de Alcobaça - 269

Município de Caravelas - 295

Município de Mucuri - 321

Município de Nova Viçosa - 323

Município de Porto Seguro - 333

Município de Prado - 411

Município de Santa Cruz Cabrália - 415

Bibliografia - 423

Volume VI – Monumentos e Sítios das Mesorregiões do Nordeste, Vale Sanfranciscano e Extremo 

Oeste da Bahia

Apresentação - 07

Mapa do estado da Bahia - 14

Introdução - 15

Álbum de Memória - 39

Mesorregião do Nordeste Baiano - 63

Mapa da Mesorregião 04 - 64

Município de Alagoinhas - 65

Município de Aporá - 89

Município de Aramari - 93

Município de Banzaê - 97

Município de Biritinga - 99

Município de Candeal - 101

Município de Cardeal da Silva - 103

Município de Cícero Dantas - 109

Município de Conceição do Coité - 115

Município de Conde - 117

Município de Crisópolis - 127

Município de Entre Rios - 129

Município de Esplanada - 133

Município de Euclides da Cunha - 137

Município de Gavião - 139

Município de Geremoabo - 141

Município de Ichu - 147

Município de Inhambupe - 149

Município de Itapicuru - 155

Município de Jandaíra - 159

Município de Lamarão - 165

Município de Monte Santo - 169

Município de Nova Soure - 181

Município de Paripiranga - 183

Município de Queimadas - 185

Município de Riachão do Jacuípe - 193

Município de Ribeira do Amparo - 195

Município de Ribeira do Pombal - 197

Município de Rio Real - 199

Município de Santaluz - 211

Município de Serrinha - 213

Município de Sítio do Quinto - 227

Município de Tucano - 231

Município de Uauá - 233

Mesorregião Centro Norte Baiano - 235

Mapa da Mesorregião 03 - 236

Município de Itiúba - 237

Município de Jaguarari - 239

Município de Saúde - 241

Município de Senhor do Bonfim - 243

Mesorregião Vale Sanfranciscano da Bahia - 255

Mapa da Mesorregião 02 - 256

Município de Abaré - 257

Município de Barra - 259 

Município de Bom Jesus da Lapa - 279

Município de Carinhada - 295

Município de Chorrochó - 301

Município de Curaça - 307

Município de Ibotirama - 313

Município de Juazeiro - 315

Município de Paratinga - 341

Município de Xique-Xique - 363

Município de Malhada - 369

Mesorregião Extremo Oeste Baiano - 373

Mapa da Mesorregião 01 - 374

Município de Baianópolis - 375

Município de Barreiras - 377

Município de Brejolândia - 385

Município de Cocos - 387

Município de Cotegipe - 389

Município de Formosa do Rio Preto - 391

Município de Santa Maria da Vitória - 393

Município de Santana - 399

Município de São Félix do Coribe - 407

Município de Serra Dourada - 409

Documentação Primária - 411

Depoimentos Verbais - 412

Bibliografia - 415

Volume VII – Monumentos da Região Pastoril do Estado da Bahia

Introdução - 13

Mapa do estado da Bahia - 33

Mesorregião Centro Norte Baiano - 35

Mapa da Mesorregião 03 - 36

Município de Água Fria - 37

Município de Antonio Cardoso - 39

Município de Coração de Maria - 41

Município de Elísio Medrado - 49

Município de Feira de Santana - 55

Município de Iaçu - 113

Município de Ipecaetá - 131

Município de Ipirá - 135

Município de Irará - 147

Município de Itaberaba - 163

Município de Ouriçangas - 177

Município de Pedrão - 181

Município de Rafael Jambeiro - 189

Município de Santa Bárbara - 193

Município de Santa Terezinha - 201

Município de Santo Estevão - 205

Município de Serra Preta - 211

Município de Tanquinho - 213

Mesorregião Centro Sul - 223

Mapa da MR 06 - 224

Município de Amargosa - 225

Município de Brejões - 259 

Município de Caetanos - 275

Município de Cravolândia - 277

Município de Itaquara - 281

Município de Itiruçu - 287

Município de Jaguaquara - 291

Município de Jequié - 299

Município de Jiquiriçá - 305

Município de Laje - 309

Município de Maracás - 315

Município de Milagres - 325

Município de Mirante - 333

Município de Nova Itarana - 337

Município de Planaltino - 345

Município de Poções - 347

Município de Santa Inês - 349

Município de São Miguel das Matas - 353

Município de Ubaíra - 363

Município de Vitória da Conquista - 385

Mesorregião 05 e 07 - 399

Município de Castro Alves - 401

Município de Itapebi - 421

Documentação Primária - 425

Depoimentos Verbais - 426

Bibliografia - 430

Resumo : 
Trata-se de um levantamento (inventário) do patrimônio edificado do estado da Bahia, elaborado entre os anos de 1975 e 2002 e publicado por partes, totalizando sete volumes. Em virtude do crescimento urbano desordenado e da falta de planejamento para desenvolvimento das cidades, grande parte do acervo cultural baiano passou por processos de destruição. Com o intuito de promover um maior entrosamento entre as políticas de desenvolvimento e de preservação, conscientizando a população da importância do patrimônio cultural que lhe pertence, o coordenador desta obra, o arquiteto baiano Paulo Ormindo de Azevedo, considera que uma das medidas preliminares para alcançar esses objetivos é a realização de um inventário sistemático de proteção dos bens de interesse cultural (naturais e manufaturados). Segundo ele, esse levantamento deve reunir os elementos necessários e suficientes para uma identificação precisa dos monumentos e sítios, do seu estado de conservação e uso, e de seus vínculos com o contexto físico e social, tendo em vista sua salvaguarda. Inspirado no Inventário de Proteção do Patrimônio Cultural Europeu (IPCE), que teve suas diretrizes metodológicas publicadas na Itália no começo da década de 1970, o trabalho é composto por fichas que trazem informações diversas dos monumentos e sítios inventariados, incluindo levantamentos arquitetônicos e fotográficos, além de recomendação para a aplicação de graus diferenciados de proteção, por vezes, acompanhados de proposta para proteção do bem em análise. O Inventário de Proteção do Acervo Cultural da Bahia pretende ser um instrumento técnico-administrativo destinado a facilitar a tarefa de preservação do patrimônio arquitetônico e urbanístico do estado. Dessa forma, não se restringiu ao levantamento do patrimônio já reconhecido legalmente, procurando realizar um cadastramento cultural sistemático do território, que pudesse servir de base ao planejamento urbano-territorial e não apenas à preservação de alguns edifícios isolados. Ao mesmo tempo, o inventário não objetiva esgotar o conhecimento sobre os monumentos baianos, devendo ser atualizado permanentemente. O coordenador afirma acreditar que a simples divulgação de valores culturais é uma das mais eficientes formas de proteção dos bens culturais. A obra está organizada em sete volumes, divididos a partir de critérios regionais, da seguinte forma: Volume I – Monumentos do Município do Salvador; Volume II – Monumentos e Sítios do Recôncavo - I parte; Volume III – Monumentos e Sítios do Recôncavo - II parte; Volume IV – Monumentos e Sítios da Serra Geral e Chapada Diamantina; Volume V – Monumentos e Sítios do Litoral Sul; Volume VI – Monumentos e Sítios das Mesorregiões do Nordeste, Vale Sanfranciscano e Extremo Oeste da Bahia; Volume VII – Monumentos da Região Pastoril do Estado da Bahia. Em todos os volumes, percebe-se a presença constante de edifícios de arquitetura de cunho erudito, com destaque para construções religiosas e administrativas, especialmente nos volumes I,II e III. No entanto, por abranger todas as regiões do estado da Bahia, alcançando inclusive cidades pouco expressivas em termos do contexto econômico geral, vários exemplos de edificações tratadas como “arquitetura menor, de valor principalmente ambiental” aparecem nos levantamentos (particularmente nos volumes VI e VII), caracterizando assim a presença da arquitetura popular nesse inventário e demonstrando o reconhecimento desta enquanto patrimônio cultural. 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 30 Maio, 2014 - 10:30
Pesquisador Responsável: 

Pedro Henrique Tajra Brito

Data da revisão: 
sábado, 30 Agosto, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Luiz Antonio Fernandes Cardoso

Autor(es): 

Alejandra Hernández Muñoz

Onde encontrar: 
Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – UFBA
Referência bibliográfica: 
MUÑOZ, Alejandra Hernández. Santo Antônio - Um Passo Além do Boqueirão. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, UFBA - Salvador, 2002. 
Eixos de análise abordados: 
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Alejandra Hernández Muñoz é uruguaia e residente em Salvador/BA desde março de 1992. É arquiteta e urbanista graduada em 1997 na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (FAU/UFBA) e mestre em Desenho Urbano pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo PPGAU/FAU/UFBA. De sua atividade profissional como arquiteta, entre 1997 e 2007, destaca-se a elaboração e consultoria de diversos projetos de paisagismo e recuperação ambiental, bem como a coordenação dos Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano dos municípios baianos de Camamu, Simões Filho, Camaçari e Madre de Deus. No âmbito acadêmico, desde 1998, vem desenvolvendo atividades docentes e de pesquisa sobre arte e arquitetura. Foi professora substituta de História e Teoria da Arquitetura na FAU/UFBA entre 1998 e 2001 e, desde 2002, é professora assistente de História da Arte na EBA/UFBA. Enquanto responsável pela disciplina de História da Arte Contemporânea desenvolve pesquisas na graduação sobre Arte Latino-americana, Artes Audiovisuais, Arte e Inconsciente, Arte e Erotismo. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/0998313478730536
Sumário obra: 
1. Introdução 
1.1.Crescimento das cidades brasileiras nos anos 90 
1.2.Cidade Central como categoria de análise 
1.3.Centro Histórico dentro da Cidade Central 
2. Metodologia 
2.1.Considerações gerais 
2.2.Paisagem Urbana Histórica como tema de análise 
2.3.Limites entre estudo e proposta 
2.4.Referências metodológicas 
2.5.Estruturação do levantamento e da análise 
3. A Cidade Central de Salvador 
3.1. Processo Urbano: da fundação de Salvador até meados do sec. XX 
3.2. Processo Urbano: de meados do sec. XX até hoje
3.3. Delimitação da Cidade Central 
3.4. Decadência e valorização da centralidade desde os anos 50 
4. Santo Antônio além do Carmo 
4.1.Delimitação da área 
4.2.Estudos existentes sobre a área 
4.3.Análise do ordenamento visual 
4.4.Alternativas para a área 
Resumo : 
A dissertação analisa a “Cidade Central” de Salvador a partir do conceito de “paisagem histórica urbana” enquanto resultado formal da relação entre sítio, construções, pessoas e atividades no tempo. Considerando o crescimento da cidade e a migração de funções centrais, a autora analisa também as intervenções de revitalização da zona central da cidade, que pautaram-se na expulsão de moradores e no fortalecimento de atividades turísticas, bem como na introdução de novos elementos. O bairro de Santo Antônio Além do Carmo é tomado como exemplo de “paisagem histórica urbana”, estudando-se sua formação, estrutura urbana, principais construções e desenvolvimento. No capítulo 4, a formação das “estruturas populares” é analisada, identificando-se três elementos: os espaços individuais das moradias; as articulações (ruas, becos, passagens de pedestres) e os espaços de reunião comunitária (praças, largos, igrejas). Esta ocupação do bairro, ao longo de quatro séculos e meio, resultou num tecido edificado muito denso no topo da colina, tendo as encostas verdes como elemento fundamentais da identidade do conjunto. A dissertação contém fotos, mapas e esquemas mostrando as formas de ocupação e uso do solo nesta região. As tipologias das edificações, no decorrer dos anos, são identificadas, mas não se entra em detalhes técnicos. 
Data do Preeenchimento: 
sábado, 30 Março, 2013 - 14:45
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
domingo, 20 Julho, 2014 - 14:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

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