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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Bahia

Autor(es): 

Iris Salles Nascimento

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA

Referência bibliográfica: 

NASCIMENTO, Iris Salles. O espaço do terreiro e o espaço da cidade: cultura negra e estruturação do espaço urbano. 1989. 132 p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Arquitetura, 1989.

Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Sumário obra: 
Apresentação 
Introdução 
Metodologia 
PRIMEIRA PARTE: O CONTEXTO 
1. O Conceito de Candomblé 
2. Os Nagôs e o Século XIX 
3. O Negro e a Sociedade Brasileira no Século XIX 
4. Espacialização dos primeiros templos. 
5. Avaliação crítica da literatura existente. 
Notas da primeira parte 
SEGUNDA PARTE: O OBJETO 
1. Produção e consumo do espaço 
2. Do lúdico ao político 
3. Espaço do terreiro no espaço da cidade 
4. A cidade e o terreiro – Reflexos do crescimento urbano sobre o espaço do terreiro 
5. Estruturação do espaço do terreiro e do templo 
6. Relações entre a configuração, o uso e o significado do espaço 
7. Caracterização do espaço do terreiro ontem e hoje. 
8. Graus de privacidade dos espaços sagrados 
9. Conclusões 
Notas da segunda parte 
Bibliografia. 
Resumo : 
A dissertação enfatiza o estudo do espaço religioso afro-baiano quanto aos aspectos arquitetônicos e de sua integração no espaço urbano da cidade de Salvador durante os séculos XIX e XX. A autora defende a necessidade da documentação arquitetônica dos terreiros, assim como ocorreu com outros espaços da cidade, com vistas a se fomentar o interesse científico pelo tema, além da produção de um acervo que garanta a preservação desses espaços. O trabalho está dividido em duas partes. A primeira aborda os aspectos socioculturais dos negros baianos que seriam determinantes do seu modo de se apropriar do espaço. Mostra ainda a distribuição, principalmente central, dos primeiros terreiros na cidade. A segunda parte, mais pertinente para o tema da arquitetura popular, trata da estruturação do espaço religioso, enfatizando o terreiro de candomblé e suas características arquitetônicas. O estudo se baseia no modelo de terreiro Jêje-nagô devido à importância dos povos de língua ioruba para a cidade. Foram estudados quatro terreiros, dois do século XIX e dois do século XX, analisando-se o início da implantação e a consolidação dos terreiros de candomblé na cidade de Salvador. A autora analisa a visão de espaço do negro e do branco e a escolha das áreas para implantação dos terreiros, bem como sua distribuição no espaço urbano, o que seria determinado pelo comportamento e pela cultura dos negros, assim como pelo ambiente e pela forma. Após analisar a estruturação do espaço do terreiro como um processo determinado pelas necessidades das atividades ali praticadas e pelas simbologias religiosas, a autora discorre sobre a relação entre a configuração, o uso e o significado dos seus espaços internos. A configuração do conjunto arquitetônico é analisada quanto ao sítio físico, à implantação e à morfologia em um capítulo bem detalhado. A autora conclui que os terreiros alcançaram identidade própria, uma vez que transmitem uma linguagem espacial com símbolos religiosos que refletem a cultura do povo de santo e, assim, são facilmente reconhecidos pela sua semelhança arquitetônica. Apresenta ilustrações, fotos e plantas das edificações. 
Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 12 Fevereiro, 2013 - 12:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante voluntária: Sarah Diana Frota de Albuquerque

Data da revisão: 
sexta-feira, 11 Julho, 2014 - 10:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Ana de Lourdes Ribeiro da Costa

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA.

Referência bibliográfica: 
COSTA, Ana de Lourdes Ribeiro da. Ekabó!:trabalho escravo, condições de moradia e reordenamento urbano em Salvador no século XIX. Dissertação de Mestrado. Mestrado em Arquitetura e Urbanismo - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1989. 
Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Ana de Lourdes Ribeiro da Costa (1961-2009) graduou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Paraíba (1983), fez mestrado em Arquitetura e Urbanismo (1989) e especialização em Conservação e Restauração de Monumentos e Conjuntos Históricos - CECRE (1984) pela Universidade Federal da Bahia e doutorado em Teoría e Historia de la Arquitectura pela Universitat Politècnica de Catalunya-Barcelona-Espanha (2003). Foi professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da mesma universidade. Sua experiência na área de Arquitetura e Urbanismo enfatizou a História e Teoria da Arquitetura e Urbanismo principalmente nos seguintes temas: cidade colonial brasileira; escravos urbanos; história urbana. 
Informações obtidas em: Plataforma Lattes e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na UFBA. 
Sumário obra: 
Introdução 
1. O ESCRAVO NA ECONOMIA E SOCIEDADE DA CIDADE DO SALVADOR NO SÉCULO XIX 
2. O MUNDO DO TRABALHO ESCRAVO 
3. PRESENÇA ESCRAVA NAS FREGUESIAS 
4. CONDIÇÕES DE MORADIA DO TRABALHADOR ESCRAVO 
Conclusões
Fontes e bibliografia
Resumo : 
O objetivo da dissertação é estudar as condições de moradia dos trabalhadores escravos em Salvador no século XIX a partir de suas relações de trabalho Pretende ainda compreender como a forma de habitar influi na organização espacial da cidade. O estudo prioriza, principalmente, o intervalo entre 1835 e 1872 devido à intensa atividade escrava urbana existente no período e à realização do censo de 1855 e do primeiro censo oficial abrangendo todo o país em 1872. A obra é dividida em quatro capítulos. O primeiro busca a compreensão do contexto socioeconômico no qual escravo está inserido e como influencia a vida deste. O segundo descreve a organização geral do trabalho escravo no meio urbano. O terceiro analisa dez freguesias urbanas, enfatizando sua ocupação negra e a predominância de escravos e libertos, buscando o entendimento de como as relações de trabalho influíram na configuração do espaço urbano. O quarto capítulo é a parte que mais interessa ao estudo da arquitetura popular, uma vez que apresenta as formas e condições de moradia dos escravos no meio urbano, relacionadas ao senhor ou não, descrevendo, por meio de relatos de viajantes, de plantas simplificadas e de informações dos censos realizados, as tipologias e, principalmente, os sobrados mais centrais nos quais os escravos geralmente residiam com seus senhores. A autora demonstra por que razões a maneira de habitar no meio urbano diferenciava-se da senzala rural, enfatizando o dinamismo gerado por nova realidade socioeconômica. Dentro da cidade, nas áreas mais periféricas, havia roças de subsistência, criação de animais e atividade de pesca, de onde muitos negros libertos tiravam o sustento, permitindo que alternassem suas atividades rurais com comerciais ligadas ao “ganho”. Relaciona-se também a forma de habitar dos escravos com as necessidades que a vida urbana impunha aos senhores, o que teria permitido que muitos escravos habitassem fora das suas propriedades, seja por serem “alugados” por terceiros, sejam por morarem por conta própria. A autora finaliza este capítulo abordando as condições de salubridade das habitações urbanas e dos arredores.
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 20 Agosto, 2012 - 13:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante voluntária: Sarah Diana Frota de Albuquerque

Data da revisão: 
sábado, 12 Julho, 2014 - 13:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz e Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

0101-1766

Autor(es): 

Günter Weimer

Onde encontrar: 

Acervo Prof. Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 

WEIMER, Günter. Da Perenidade do Transitório. In: Projeto - revista brasileira de arquitetura, planejamento, desenho industrial e construção, n.75, maio 1985. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda, p.63-66. 

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Günter Weimer é arquiteto, graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1963), mestre em História da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1981) e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1990). Atualmente é professor convidado do Programa de Pós-graduação em Urbanismo (PROPUR) da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura popular, história da arquitetura, imigração alemã, açorianos no Brasil e Rio Grande do Sul. 
Resumo : 
O artigo corresponde a reflexões do autor a partir de estadia de férias em vila de pescadores da Ilha de Itaparica, na Bahia. No texto, realiza um contraponto constante entre Itaparica e Salvador, que fica do outro lado da Baía de Todos os Santos, associando essas localidades, alternadamente, a diferentes tipos de permanência e transitoriedade. Se as construções modernas são feitas em aço e concreto, materiais que lhes confeririam perenidade, muitas são demolidas. Em contrapartida, muitos barracos de palha e barro revelam longevidade tipológica e construtiva. Weimer afirma que as moradias e o seu arranjo na vila visitada seriam similares às construções do litoral da Costa do Marfim, a partir da comparação de fotos de Itaparica com ilustrações da obra de Bardou e Arzoumanian, Arquiteturas de Adobe(Gustavo Gili, 1979). A vila se compõe de casas alinhadas em uma linha paralela ao mar, com uma rua principal, sem pavimentação, definida pelas casas dispostas irregularmente. A ligação da rua interna com o areal se dá por travessas estreitas ao longo da fileira de casas. Os espaços públicos são como “salas de estar” da vila, à maneira do espaço comunal das aldeias ancestrais. Tipologicamente, as casas são estreitas e longas, perpendiculares à praia, aproveitando, ao máximo, o vento marinho. Um corredor longitudinal se mantém sempre aberto, enquanto os demais cômodos, dispostos ao longo deste, são ventilados por cima já que as paredes não chegam até a cobertura, com exceção da central, e os cômodos não possuem forro. Este espaço superior serve de canal de ventilação. Construtivamente, as casas baianas são marcadas por cunhais roliços, fincados no chão, com esteios intermediários marcando portas e janelas, e paredes constituídas de uma trama ortogonal de galhos mais finos, suportando vedação em taipa de mão. O telhado de duas águas, cuja cumeeira é sustentada por uma parede central, tinha cobertura de folhas de palmeira, a qual foi substituída por telha canal e, mais recentemente, por telhas de fibrocimento. As casas são construídas coletivamente, em regime de adjutório (mutirão). Para Weimer, as construções estão perfeitamente adaptadas às condições climáticas e, por meio de adaptações paulatinas e localizadas às novas técnicas e condições, logram manter o fundamental, que é a vida comunitária aldeã. 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 7 Junho, 2013 - 12:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
segunda-feira, 23 Junho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Jean Poul Monin Aka

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA

Referência bibliográfica: 

AKA, Jean Poul Monin. Inventário das Tipologias, Morfologia, e do Processo de Produção do Espaço Concreto – O Caso de Novo Alagados em Salvador, Bahia - Brasil. Dissertação de Mestrado – Mestrado em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (UFBA - Salvador, 1997).

Eixos de análise abordados: 
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Sumário obra: 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
1.1 Introdução 
1.2 Objetivos 
1.3 Justificativa 
1.4 Delimitação da área de estudo 
1.5 Metodologia 
1.6 Revisão da literatura 
2. PROCESSO DE CHEGADA À CIDADE 
2.1 As causas rurais do movimento migratório 
2.2 Análise de um período de 40 anos (1940 – 1980) 
2.3 A chegada à cidade, as tipologias construtivas, surgimento de Novos Alagados 
3. NOVOS ALAGADOS, O AVESSO DA CIDADE. 
3.1 Causas urbanas da explosão dos Alagados 
3.2 Quando o abrigo precário deve permanecer 
4. AS PRÁTICAS COLETIVAS DO ESPAÇO 
4.1 Evolução das formas urbanas 
4.2 Práticas da vida coletiva. Vida cotidiana em Novos Alagados e mito da 
marginalidade 
4.3 Integração dos favelados 
4.4 A questão fundiária 
5. A LÓGICA DOS ASSENTAMENTOS POPULARES 
5.1 Reconhecimento oficial dos assentamentos populares 
5.2 Política nos assentamentos populares 
5.3 Uma nova política urbana; recuperação dos assentamentos populares 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 ANEXOS 
Resumo : 

O autor fez uma análise das formas de apropriação organizacional no uso do espaço invadido. tendo como objeto a invasão denominada Novos Alagados, em Salvador, Bahia. Enfatiza a análise das tipologias, da morfologia e da produção de moradias, mostrando a evolução da favela, que foi surgindo devido à utilização de mão-de-obra temporária na agricultura, o que ocasionou a expulsão do campo de inúmeros trabalhadores agrícolas que migraram para a cidade em busca de novas opções de trabalho. Esses migrantes se instalaram em Novos Alagados, construindo abrigos com os materiais disponíveis. O autor descreve as etapas de desenvolvimento do assentamento, que começa com a construção pelo invasor de um barraco sobre palafitas, utilizando uma plataforma feita de tábuas apoiadas sobre estacas de madeira fincadas no mar. Na segunda etapa o construtor reproduz a sua antiga moradia utilizando bambu, fibras de palha, barro, piaçava e lona de plástico. Na terceira etapa, surgem as casas de alvenaria com telhado de duas águas, e, na quarta etapa, a casa ganha mais um segundo pavimento. Estas etapas são ilustradas com desenhos dos barracos, indicando-se o método construtivo, os materiais, as técnicas empregadas e a organização espacial dos componentes da moradia. Nos capítulos 2 e 3, o autor dá ênfase aos tipos de construções, à técnica que é utilizada na construção de abrigos provisórios, com observações construtivas e ilustrações sobre a organização do espaço que, com o tempo, será transformado pelo próprio morador, ampliando-o e reorganizando-o. O autor detalha por meio de croquis, com cotas, os tipos de barracos: aterrado, semi-aterrado, barraco de alvenaria, de pau-a-pique, de madeira/palafita. Descreve a evolução do assentamento e sua integração ao que chama de “modelo urbano”, ressaltando o seu caráter espontâneo e o fato de serem passíveis de “reabilitação” ou melhoria por parte dos próprios habitantes. A esse respeito, ressalta a importância da assistência técnica para a melhoria das construções e aprendizado de técnicas tradicionais que poderiam contribuir na produção de um habitat digno para os mais pobres.

Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 15 Janeiro, 2013 - 11:45
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quarta-feira, 3 Abril, 2013 - 11:45
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Eduardo Teixeira Carvalho

Onde encontrar: 
Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - UFBA
Referência bibliográfica: 
CARVALHO, Eduardo Teixeira de. Os Alagados da Bahia: Intervenções Públicas e Apropriação Informal do Espaço Urbano. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal da Bahia – FAUFBA (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo). Salvador, 2002. 
Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Eduardo Teixeira de Carvalho é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (1972). Possui mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2002) e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2010). Atualmente é Professor Adjunto 2 da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia e tem experiência em planejamento e projetos arquitetônicos, atuando principalmente nos seguintes temas: equipamentos urbanos, planejamento e projetos, projetos de arquitetura e urbanismo, desenvolvimento urbano e habitação de interesse social.
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/6034919387884402
Sumário obra: 
INTRODUÇÃO 
CAPÍTULO 1 - SOBRE FAVELAS E INVASÕES 
CAPÍTULO 2 - 1946 / 1986 - ALAGADOS –- O REAL E O IDEAL NO ESPAÇO CONCRETO 
CAPÍTULO 3 - 1984 / 2002 - ALAGADOS, NOVOS ALAGADOS E O PROGRAMA RIBEIRA AZUL 
CAPÍTULO 4 - MODOS DE INTERVENÇÃO E APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO EM ALAGADOS - DIFERENÇAS E PERMANÊNCIAS 
BIBLIOGRAFIA
Resumo : 
O trabalho trata da ocupação, formação, desenvolvimento e consolidação do bairro popular de Alagados em Salvador, Bahia, abrangendo o período entre 1946 e 2002 e focalizando a interação entre as ocupações informais que ocorreram ao longo deste período e os resultados das intervenções realizadas pelo poder público. O autor realiza uma revisão teórica e conceitual das ideias de “favela” e “invasão”, discute o problema da habitação popular e suas causas estruturais, e analisa como e em que circunstâncias as invasões de Salvador se formaram e se desenvolveram ao longo da história da cidade. Embora de caráter mais amplo e diferentemente da maioria dos estudos dessa natureza, este trabalho não se restringe ao tratamento das dimensões socioeconômica, urbana e política dos Alagados, mas focaliza e analisa também a arquitetura popular aí produzida em vários períodos dessa ocupação. O autor identifica os vários estágios de ocupação do espaço dos Alagados, a partir do momento em que as famílias pioneiras erigiram casas de madeira sobre palafitas, acessíveis por meio de pontes construídas com tábuas e restos de construções. O segundo estágio correspondeu ao aterramento das ruas com lixo e material de entulho e o terceiro ao aterramento da área alagada sob as casas com material arenoso e entulho, deixando-se ainda os “quintais” alagados. O quarto estágio correspondeu ao asfaltamento das ruas e à chegada da água encanada e da eletricidade. Por fim, a substituição das moradias iniciais pelas casas de alvenaria. O trabalho também relata a mobilização dos moradores para conseguir lixo e material de entulho para aterrar as ruas do bairro. A técnica construtiva utilizada pelos moradores, a partir da construção de uma estrutura simples mas resistente de madeira agreste e vedações de materiais reciclados, também é estudada. A dissertação contém mapas que mostram os limites da área em estudo, fotos ilustrativas dos vários estágios da ocupação e desenhos esquemáticos com cotas que apresentam as tipologias e os esquemas construtivos dos barracos. Discute, por fim, o que denomina de “queda de braço” entre a ocupação informal dos Alagados e as intervenções realizadas pelo poder público na área, a eficácia das políticas públicas adotadas neste campo e conceitos como “ordem e desordem urbana”, “área degradada” e “qualidade de vida”.
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 20 Janeiro, 2014 - 11:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quinta-feira, 10 Julho, 2014 - 12:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Gessiane Oliveira Caldas

Onde encontrar: 
Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – UFBA
Referência bibliográfica: 

CALDAS, Gessiane Oliveira. Espaços Urbanos – Uma Produção Popular – Qualificação e Requalificação do Bairro George Américo – Feira de Santana – Salvador – BA (1987 – 1998). Dissertação de Mestrado – Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, na área de concentração em Desenho Urbano - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (UFBA - Salvador, 1998).

Eixos de análise abordados: 
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Sumário obra: 
Apresentação 
Introdução 
CAPÍTULO 1 – Conhecendo os pressupostos 
CAPÍTULO 2 – Conhecendo a cidade de Feira de Santana 
CAPÍTULO 3 – Conhecendo o bairro de George Américo 
CAPÍTULO 4 – A ocupação hoje (1998) diagnose e proposição 
Considerações finais e carta do George Américo 1988
Bibliografia 
Anexos
Resumo : 
A dissertação trata dos aspectos políticos, sociais e organizativos da construção do habitat popular e também da participação popular nas questões ligadas à produção do espaço urbano. A autora enfatiza a produção do espaço urbano pela iniciativa popular, focalizando o movimento social organizado em Feira de Santana/BA para construção do bairro George Américo, produzido em 1987 por ação popular planejada pelo movimento dos sem teto. O capítulo 3 focaliza as questões sociais, políticas e organizacionais da produção habitacional do bairro que, apesar das carências de infraestrutura e de não ter sido construído com a perspectiva de valorização do espaço, não é considerado pelos moradores uma favela devido à sua localização e organização espacial. A divisão equitativa do espaço gerou um ordenamento linear entre as quadras, o alinhamento das ruas e a regularidade dos lotes que justificam para os moradores esta visão. Esta regularidade teria ocorrido em decorrência da ação conjunta de um escritório de engenharia com a Associação dos Sem Teto, que ao interagirem, desencadearam uma ação “planejada” de produção do espaço urbano. Para a autora, esta ação teria evitado a precariedade do bairro quanto à configuração espacial, ao contrário de outros locais ocupados por iniciativa popular cuja configuração espacial resultaria “aleatória”. Segundo a autora, este trabalho tem também a intenção de ressaltar o engajamento e a responsabilidade social do profissional técnico em situações e movimentos dessa natureza, e demonstrar o potencial de transformação da realidade que tem a interação entre saber técnico e iniciativa popular. 
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 24 Março, 2014 - 11:15
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quarta-feira, 9 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant’Anna

Autor(es): 

Silvia Bochicchio

Onde encontrar: 

Biblioteca do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia

Referência bibliográfica: 
BOCHICCHIO, Silvia. Movimento dos Sem Teto de Salvador: Estratégias de Apropriação dos Espaços e Territorialização. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal da Bahia – IGEO (Instituto de Geociências). Salvador, 2008.
Eixos de análise abordados: 
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Silvia Bochicchio é Graduada em Urbanismo pela Universidade do Estado da Bahia (agosto/2003), Especialista em Gestão Ambiental pela Faculdade de Educação Montenegro/UNESI (2006) e Mestre em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (2008). Tem experiência nas áreas de Planejamento Urbano e Regional e afins, como a elaboração de planos diretores municipais, coordenação técnica na elaboração de planos municipais de habitação de interesse social, processos de regularização fundiária, projetos urbanísticos, dentre outros. Possui, ainda, experiência como docente em disciplinas de cursos de pós-graduação lato sensu e em cursos de graduação. Atualmente, exerce função de Subcoordenadora na Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente de Mata de São João BA, e é professora na Faculdade Regional da Bahia e na Faculdade Afonso Cláudio. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/2069775279972347
Sumário obra: 
1. Introdução 
1.1 Objetivos da pesquisa 
1.2 Procedimentos metodológicos 
1.3 O Território 
2. A Questão da Moradia 
2.1 A demanda por moradia e as políticas habitacionais 
2.2 A Política Habitacional na Bahia e em Salvador, a partir da década de 90. 
2.2.1 O Programa Viver Melhor 
2.2.2 A Atual Política Habitacional do Estado da Bahia em Salvador 
3. Movimentos Sociais: A Luta por Moradia 
3.1 A Ideia do Movimento Social 
3.2 Movimentos Sociais no Brasil e Luta por Moradia 
3.2.1 Movimentos de Luta por Moradia no Brasil 
4. Movimento dos Sem Teto em Salvador 
4.1 MSTS: Origens, características, objetivos, estratégias. 
4.1.1 Tipo de Propriedade 
4.1.2 Tipologias: Acampamento em terreno e edifício pré-existente 
4.1.3 Objetivos, Organização, Características dos integrantes e ações do MSTS 
4.2 Apropriação, Territorialização e a Possibilidade de Contra – Hegemonia
5. Considerações Finais 
6. Referências 
Resumo : 
A dissertação descreve como foi fundado o Movimento dos Sem Teto de Salvador (MSTS) e trata dos movimentos sociais, da luta pela moradia e das formas de ocupações de terrenos ou edifícios nesta cidade. Com relação ao tema da arquitetura popular informa que os moradores constroem suas próprias casas com pedaços de madeiras, lonas, telhas e plásticos em terrenos pequenos com áreas entre 08 e 30m², com banheiros improvisados. Dentre os exemplos citados na dissertação, destaca-se o da “Cidade de Plástico”, localizada no subúrbio de Periperi. Esta ocupação fica entre a linha férrea e o mar, tendo sido iniciada em agosto de 2006. À época do estudo, viviam neste acampamento 328 famílias em moradias feitas apenas com restos de materiais como plástico, madeira e lona). As vias de circulação são resultado da forma de ocupação e da disposição dos barracos construídos. A autora, contudo, não fornece informações mais detalhadas sobre essas construções, nem em termos de espaço, nem em termos das técnicas para a construção com este tipo de material. 
Data do Preeenchimento: 
domingo, 30 Dezembro, 2012 - 11:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quarta-feira, 3 Abril, 2013 - 11:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Geraldo Bezerra Araújo

Onde encontrar: 
Biblioteca da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia – UFBA
Referência bibliográfica: 
ARAÚJO, Geraldo Bezerra. Recomendações para Melhoria Tecnológica da Vedação Vertical em Técnica Mista em Habitação de Interesse Social: Um Estudo de Caso no Bairro de Alegre em São Sebastião do Passé. Dissertação de Mestrado – Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana, Universidade Federal da Bahia. Escola Politécnica, 2007. 
Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Geraldo Bezerra Araújo possui Graduação em Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal da Bahia (1974), e Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana pela Universidade Federal da Bahia (2007), atuando principalmente nos seguintes temas: técnica mista, bambu, taipa e habitação popular. Possui especialização em Geoprocessamento pela Universidade Federal da Bahia (1997). 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/3058015630008669
Sumário obra: 
1. Introdução 
2. Técnica Mista 
2.1 Algumas Formas de Construir a Técnica Mista 
2.2 A Estrutura e o Entramado na Técnica Mista 
2.3 O Solo para o Uso na Técnica Mista 
2.4 Recomendações para Execução da Técnica Mista 
3. Técnica Mista Estruturada com Bambu 
3.1 O Bambu como Material de Construção 
3.2 Bambu: Classificação, Distribuição Geogrcies 
3.3 Tipos de Bambu Mais Usados na Construção 
3.4 Tratamento do Bambu 
4. Metodologia 
4.1 Delimitação da pesquisa 
4.2 Identificação das Variáveis 
4.3 Estágios da Pesquisa 
4.4 Estudo de Caso áfica, Espé
Resumo : 
A dissertação busca resgatar as construções em terra crua, em especial as que utilizam técnica mista de madeira e argamassa de barro, como o pau a pique – também denominado de taipa de mão ou taipa de sopapo –, desenvolvendo pesquisa sobre o uso dessa técnica em países como Japão, Equador, Paraguai, Portugal e Brasil, mostrando exemplos de construções centenárias e demonstrando o desempenho, a segurança, a durabilidade e o potencial de criação de ambientes saudáveis que a técnica proporciona. São também estudados e analisados os principais elementos que compõem a vedação vertical nesta técnica – como a estrutura, o entramado e o solo –, bem como apresentadas as recomendações de diversos pesquisadores sobre a melhor forma de executar e proteger as construções que a utilizam. O caso estudado é bairro de Alegre, em São Sebastião do Passé, Bahia, onde foram pesquisadas 24 habitações. Os dados levantados na pesquisa propiciaram a análise e o diagnóstico que embasam as recomendações para a melhoria tecnológica desse tipo de vedação vertical com vistas ao seu uso em habitações de interesse social. Foram avaliados ainda, os principais materiais usados, o tempo de construção das habitações e as patologias surgidas nestas construções. O autor descreve ainda como as construções de Alegre foram executadas, sendo em seguida discutidos e avaliados os elementos contidos nessa investigação. O autor não aborda a técnica mista como uma técnica do passado. Aborda-a como técnica construtiva em vigência e utilizada pelos próprios moradores para construir suas casas. Pontua também os erros mais recorrentes cometidos nessas construções e a ausência de procedimentos importantes que prejudicam a vida útil desse tipo de habitação. Por fim, faz recomendações para o aperfeiçoamento desta técnica tradicional como a plicação de pintura a base de cal e o uso da telha cerâmica fabricada artesanalmente. 
Data do Preeenchimento: 
sábado, 20 Julho, 2013 - 12:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quinta-feira, 15 Agosto, 2013 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Mabel Zambuzzi

Onde encontrar: 

 Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA

Referência bibliográfica: 

ZAMBUZZI, Mabel. O espaço material e imaterial do candomblé na Bahia: o que e como proteger?. 2010. 142 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal da Bahia, Faculdade de arquitetura, 2010.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Mabel Zambuzzi é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2002), Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela mesma universidade (2010). Trabalhou como consultora em conservação e restauro no Programa Monumenta (2003/2004), foi Chefe do Escritório Técnico da 7ª SR/IPHAN, em Rio de Contas/BA (2004/2007). Entre 2008 e 20010 foi professora substituta na disciplina Atelier IV na FAUFBA e Coordenadora do NEPAUR/UNIFACS. Atualmente é professora de projeto do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Salvador - UNIFACS, Coach da Coordenação do Curso e Supervisora de Atividades Complementares do mesmo curso.
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/0166802655298840
Sumário obra: 
Apresentação 
Introdução 
1. O CANDOMBLÉ COMO PRÁTICA RELIGIOSA 
2. A PROTEÇÃO PELO TOMBAMENTO 
3. COMENTÁRIOS CRÍTICOS ACERCA DA APLICABILIDADE DA LEGISLAÇÃO DE PROTEÇÃO 
AOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ 
4. OS TERREIROS DE CANDOMBLÉ TOMBADOS 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Referências 
Glossário 
Anexos 
Resumo : 
A partir de questionamentos acerca do real objetivo do tombamento dos terreiros de candomblé, a autora se aprofunda na avaliação da aplicação desse instrumento de proteção a esse universo. No decorrer do estudo enfatiza a importância de se conhecer e de se documentar as práticas religiosas nos terreiros de candomblé para fundamentar a necessidade do tombamento. O primeiro capítulo analisa a visão de mundo do povo de santo e suas relações com o espaço do terreiro e da cidade, enfatizando a importância dessas duas escalas para os rituais. A relevância para o tema arquitetura popular é encontrada no quarto item deste capítulo, onde a autora aborda a capacidade de adaptação e transformação do espaço, uma vez que os terreiros tiveram que ser assentados em diferentes tipos de terreno, além da mudança da sua forma circular original para quadrangular e tipicamente brasileira, como também a substituição do barro e da palha pelo tijolo e pela telha cerâmica na técnica construtiva. A legislação sobre a proteção do patrimônio é abordada no segundo capitulo. No terceiro, autora critica o processo de aplicação da legislação vigente para proteção dos terreiros e, no quarto, analisa o processo de tombamento de vários terreiros em Salvador, Bahia. A autora conclui questionando o atual processo de proteção e sugerindo soluções para os problemas encontrados. 
Data do Preeenchimento: 
sábado, 5 Janeiro, 2013 - 11:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante voluntária: Sarah Diana Frota de Albuquerque

Data da revisão: 
sábado, 12 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

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