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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Pau-a-pique

ISBN ou ISSN: 

85-89478-08-04

Autor(es): 

Clara Luíza Miranda e Michela Sagrillo Pegoretti

Referência bibliográfica: 

PEGORETTI, Michela Sagrillo e MIRANDA, Clara Luíza. Proposta de assentamento para comunidades rurais de trabalhadores sem-terra utilizando técnicas construtivas sustentáveis: O caso da Fazenda Piranema/ES. In: Conferência Latino-Americana de Construção Sustentável, 2004, São Paulo. Anais CS’04 ENTAC’04. São Paulo, 2004.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Clara Luíza Miranda é professora associada da Universidade Federal do Espírito Santo. Graduada em Arquitetura pela Universidade de Brasília (1986), obteve mestrado pela Escola de Engenharia de São Carlos - USP (1997) e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2004). Atua em teoria da arquitetura, do urbanismo e da cidade, especialmente, nos seguintes temas: cultura urbana, habitação social, desenvolvimento urbano e local, local, relações entre estética e política, relacionando democracia, cidadania, participação, ativismos sociais, ciberpolíticas.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/9723975125785156 (acesso: 26/01/2017).

 

Michela Sagrillo Pegoretti é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (2000) e possui mestrado em Engenharia Urbana pela Universidade Federal de São Carlos (2003). Atua, principalmente, nos seguintes temas: transporte rural, acessibilidade, intervenções em favelas e urbanismo.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/1124586863036166 (acesso: 26/01/2017)

Sumário obra: 

Não se aplica.

Resumo : 

O artigo aborda o Projeto Final de Graduação de Michela Pegoretti, orientado por Clara Miranda, cujo objeto de estudo é um assentamento de 65 famílias da zona rural. Essas famílias, que estavam provisoriamente acampadas e que pertenciam ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), aguardavam decisão sobre a posse da Fazenda Piranema, situada no interior do Espírito Santo. O projeto de assentamento foi formulado com ampla participação dos acampados e visava favorecer as relações sociais, valorizar os espaços e propor alternativas construtivas sustentáveis, através do uso de recursos naturais locais e da própria técnica construtiva em terra por eles assimilada, o pau-a-pique. Segundo a autora, três modelos básicos de assentamento são geralmente propostos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA: as agrovilas, as propriedades pára-rurais e as propriedades individuais. Nos três existem partes a serem fracionadas, que são destinadas à habitação e subsistência individual, ao trabalho, referentes às áreas de plantio, e as áreas de uso comum. Para a proposta, decidiu-se pela implantação em agrovila, principalmente, por se entender que os lotes habitacionais menores fortaleciam a coletividade, o que se coadunava com os ideais do movimento. Diferentemente do modelo implantado pelo INCRA, que apresenta apenas um núcleo habitacional, o projeto estabeleceu quatro núcleos, pois considerou o fato de os acampados estarem previamente divididos em quatro grupos desde que a fazenda foi ocupada. Esse arranjo tinha a vantagem de minimizar a distância entre as áreas de plantio e as áreas habitacionais e, assim, cada família do núcleo possuía um lote maior para o plantio individual, que se distribuía próximo ao lote menor, destinado à implantação da casa, além de um lote para o plantio coletivo, pertencente a todas as famílias do núcleo. Além dos objetivos citados acima, outro fator decisivo na elaboração do projeto foi o valor dos recursos liberados pelo INCRA, que, segundo a autora, era muito baixo. Assim, para atender famílias com número variado de pessoas e com diferentes condições financeiras, foram projetados quatro modelos de casas. Essas casas podiam ser construídas de forma gradativa e comportavam o mesmo programa, apresentando variações com relação à quantidade de cômodos e áreas. Segundo a autora, do estudo das casas existentes pode-se observar três itens importantes, que foram incluídos ao projeto: o costume de se separar a cozinha da sala; a área de serviço é também utilizada como espaço para refeições e para localização do tradicional fogão à lenha; e o banheiro que, quando existe, fica localizado na área externa posterior, integrando-se à área de serviço. O texto segue tratando dos equipamentos de uso comum, com ênfase na escola e na igreja, dos materiais empregados no projeto e das etapas construtivas da obra. Quanto aos materiais, são descritos os principais: a madeira, o bambu, o barro, a tabatinga (espécie de barro branco utilizado como reboco) e a telha cerâmica. Todos eles são recursos naturais locais, exceto a telha cerâmica. Ao falar das etapas da construção são feitas recomendações construtivas, e são detalhados os demais tipos de madeira utilizada, o material destinado para cada aplicação e as dimensões utilizadas para as peças. O texto é composto por croquis dos detalhes construtivos, planta arquitetônica e imagens.

Data do Preeenchimento: 
quinta-feira, 26 Janeiro, 2017 - 11:45
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Camila Contreras Novaes

Data da revisão: 
segunda-feira, 12 Junho, 2017 - 11:45
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant'Anna

ISBN ou ISSN: 

Não há esta informação.

Autor(es): 

Dinah Guimaraens e Lauro Cavalcanti

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA.

Referência bibliográfica: 

GUIMARAENS, Dinah; CAVALCANTI, Lauro. Morar: a casa brasileira. Rio de Janeiro: Avenir, 1984.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Dinah Guimaraens nasceu em Belo Horizonte, em 1953. É professora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo - PPGAU e Coordenadora CAPES-Cofecub n. 752/12 A Estética Transcultural na Universidade Latino-Americana; Professora Adjunta III e Chefe do Departamento de Arquitetura - TAR (junho de 2013 a junho de 2015) da Escola de Arquitetura e Urbanismo - EAU da Universidade Federal Fluminense - UFF. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula - USU (1978), com extensão universitária em Semiótica Visual pelo professor Umberto Eco (1979). Publicou, juntamente com Lauro Cavalcanti, livros sobre arquitetura vernacular como Arquitetura Kitsch Suburbana e Rural (1979, 2006) e Arquitetura de Motéis Cariocas: Espaço e Organização Social (1980, 2007). Outro livro de destaque é Museu de Artes e Origens: Mapa das Culturas Vivas Guaranis (2003). Possui mestrado em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS- Museu Nacional - UFRJ (1992), mestrado em História Antiga e Medieval pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais - IFCS - UFRJ (1992), doutorado em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - PPGAS - Museu Nacional - UFRJ (1998), e pós-doutorado em Antropologia pela University of New Mexico (1999). Técnica em museus desde 1983 e membro do ICOM (Conselho Internacional de Museus) da UNESCO. Arquiteta e antropóloga do Instituto Nacional do Folclore - INF - Museu Edison Carneiro; Instituto Nacional de Fotografia - INFOTO e Projeto Convergência Cultural da então FUNARTE. Chefe do Centro de Documentação - CEDOC e da Biblioteca de Artes da FUNARTE e Vice-Diretora do Museu Nacional de Belas Artes - IPHAN- MINC.

Lauro Cavalcanti nasceu no Rio de Janeiro, em 1954. É arquiteto, antropólogo e escritor. Escreveu vários livros sobre arquitetura, estética e sociedade e organizou diversas coletâneas sobre o assunto. É conselheiro da Casa Lucio Costa e da Fundação Oscar Niemeyer. Membro do conselho editorial do Iphan, é também diretor do Paço Imperial e professor da Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi/Uerj). Possui graduação em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993). Atualmente é técnico em preservação cultural iv do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Teoria da Arquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura moderna, arquitetura, brasil, artes plásticas e arte.

A obra é composta por um conjunto de textos dos dois autores e esta é a sua primeira edição. Informações extraídas da própria obra e da Plataforma Lattes:
http://lattes.cnpq.br/2261328991405752
http://lattes.cnpq.br/8455994720243644

Sumário obra: 

Moradia e camadas médias: íntimo, social e serviço  (Lauro Cavalcanti)

O construir na favela de Santa Marta  (Dinah Guimaraens / Lauro Cavalcanti)

Signos do sagrado: arquitetura e religiões  (Dinah Guimaraens / Lauro Cavalcanti)

Quem casa, quer casa: pau-a-pique em Vargem Grande  (Dinah Guimaraens / Lauro Cavalcanti)

Moradia e identidade étnica  (Dinah Guimaraens / Lauro Cavalcanti)

Terra do abandono: espaço e loucura  (Dinah Guimaraens)

Resumo : 

Compõem o livro seis textos produzidos entre 1981 e 1984, em que os autores usam como fio condutor o exame da relação do morador com o espaço residencial. O primeiro texto, intitulado “Moradia e camadas médias: íntimo, social e serviço”, objetiva analisar, sob a perspectiva antropológica, a organização espacial interna desses ambientes, apresentando como referência para o estudo as moradias cariocas de classe média, localizadas na zona sul e norte. Para tanto, o autor reflete sobre o atual modelo de residência que, desde o Modernismo, vem se mostrando marcado por uma valorização da privatização dos espaços. Após essa reflexão, dada no âmbito mundial do circuito formal de produção, se discute o caso brasileiro, que apresenta peculiaridade no setor de serviço, no qual se soma à imagem de ambiente evitado a de espaço denegrido. Aborda-se, individualmente, o setor social, íntimo e o de serviço, e, apesar de não fazer parte da organização espacial interna, também são feitas considerações a respeito da portaria dos edifícios, uma vez que, em nosso contexto, ela se apresenta como um demarcador social. O segundo texto, “O construir na favela de Santa Marta”, se destina a entender o que constitui essa realização. São abordadas informações gerais acerca do bairro, como o abastecimento de água, a capitação de esgoto, o fornecimento de energia, sendo os grandes focos de análise: as relações existentes na favela entre materialidade e tempo; materialidade e posse da terra; materialidade e linguagem arquitetônica; a contínua ocupação e o aproveitamento das potencialidades dos espaços ao longo das fases da obra; quem são os construtores e quais os seus papéis; as etapas construtivas e o grau de solicitação da comunidade sobre esses especialistas, assim como os significados sociais determinados por essa solicitação. Além disso, abordam o sistema de construção em mutirão e como a configuração da casa pode estar vinculada às batidas policiais, que são recorrentes no bairro. O terceiro texto, “Signos do sagrado: arquitetura e religião”, objetiva analisar como a religiosidade se expressa e influi na organização do espaço residencial. Segundo os autores, essas manifestações diferem conforme a crença professada, abordando no texto aquelas vinculadas à religião católica, à umbanda e à religião evangélica. Esse estudo lança mão de exemplos de construção popular, colhidos do livro “Arquitetura Kitsch Suburbana e Rural”, e do trabalho de pesquisa arquitetônica realizado na favela de Santa Marta, na zona sul carioca.  Busca-se entender o modo como essas religiões separam o espaço ritualístico da moradia, assim como identificar essas manifestações religiosas nas habitações, e se a maneira como elas se evidenciam apresenta alguma relação com seu grau de aceitação social. O quarto texto, “Quem casa, quer casa: Pau-a-pique em Vargem Grande”, busca fazer um registro da técnica de construir em pau-a-pique nessa localidade, uma vez que há uma ameaça concreta de extinção por causa da expansão imobiliária em áreas vizinhas. Na região de Vargem Grande, a residência não é encarada como um bem a ser herdado, mas sim o pau-a-pique, o qual é transmitido de geração para geração, estando sua aplicação diretamente ligada aos ciclos da vida. Quanto à sua execução, são abordadas os seguintes elementos: fachada; cômodos; distribuição interna; materiais; localização e seleção do terreno; mutirão; e etapas construtivas. O quinto texto, “Moradia e identidade étnica”, procura analisar as possíveis relações entre grupos étnicos e as representações sobre a aparência de suas moradias. Para isso, toma-se como base um breve estudo de caso realizado numa pequena praia situada próxima à cidade de Angra dos Reis, onde estão localizadas em torno de sete casas, bem próximas umas das outras, como também algumas moradias de imigrantes analisadas no livro “Arquitetura Kitsch Suburbana e Rural”. Os autores concluem que cada etnia elabora sua noção de casa em contraposição à suposta aparência da casa de outros grupos étnicos, apresentando um “consenso no dissenso”.  O sexto e último texto, “Terra do abandono: o espaço da loucura na Colônia Juliano Moreira”, se destina a analisar esse complexo hospitalar, que se localiza na cidade do Rio de Janeiro. O texto introduz dados acerca da ocupação tanto predial quanto humana do espaço, explica o modelo de funcionamento proposto para o hospital-colônia, sua finalidade, em que foi inspirado, e os pré-requisitos que deveriam ser atendidos no projeto. Além de abordar os aspectos relacionados à sua abertura e funcionamento (e, posteriormente, à desativação), a autora trata da apropriação do espaço pelos pacientes, enxergando-a como uma tentativa de resgate da memória individual, uma vez que esse sistema social anula suas identidades, assemelhando-se, segundo ela, aos campos de concentração. Essa apropriação é feita através de intervenções no ambiente da Colônia e nos chamados “corpos-casa”, caracterizados pelo armazenamento de objetos no próprio corpo, no interior das roupas e trouxas dos pacientes. Outro aspecto relevante do texto refere-se ao conceito de sujeira, que vem agregado à ideia de poluição social representada pela loucura, e que se encontra presente no hospital psiquiátrico através da nítida preocupação com a higiene corporal e com a limpeza dos domicílios. Os seis textos são, de modo geral, bem curtos e todos eles acompanhados de imagens. 

Data do Preeenchimento: 
domingo, 22 Novembro, 2015 - 13:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Camila Contreras Novaes

Data da revisão: 
quarta-feira, 9 Dezembro, 2015 - 13:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Graciela Maria Viñuales, Célia M. M. Neves, L. Silvia Rios

Onde encontrar: 
Acervo da pesquisadora Sílvia Pimenta d’Affonsêca 
Referência bibliográfica: 

VIÑUALES, Graciela Maria (coordenadora), NEVES, Célia M. Martins, RIOS, L. Silvia. Arquitecturas de Tierra em Iberoamérica. Buenos Aires: Impresiones Sudamérica, 1994. 

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Os autores fazem parte de um grupo de pesquisa da rede HABITERRA do programa CYTED – Programa de Ciência y Tecnlogia para el Desarollo. Graciela Viñueles é arquiteta, de nacionalidade argentina, e coordena o Centro de Pesquisa “Barro na Argentina”.
Célia Neves é brasileira, engenheira civil e trabalhou no CEPED- BA (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia). 
Luis Silvio Ríos é arquiteto e trabalha Centro de Tecnologia Apropiada, no Paraguai. 
Sumário obra: 
Apresentação (Alberto Calla Garcia, arq) 
Mapa Rede Habiterra 
Técnicas Construtivas 
Centros Operativos 
Bibliografia 
Glossário 
Resumo : 
O livro é resultado de um levantamento sobre técnicas construtivas em terra, elaborado por grupo pesquisadores do Habiterra do CYTED – Programa de Ciência Y Tecnologia para el Desarrollo, tendo com rede temática a Sistematatización del uso de la Tierra en Viviendas de Interes. O grupo é formado por representantes da Argentina, Brasil, El Salvador e Paraguai. A área de abrangência do estudo foi o próprio limite do CYTED, ou seja a América Ibérica, tendo como limite temporal desde a antiguidade até os dias atuais. A obra se divide em quatro partes. A primeira, composta por textos que explicam as diferentes técnicas construtivas, vem acompanhada por fichas esquemáticas que descrevem essas técnicas e suas possíveis variações. O primeiro dos quatro textos que intercalam as fichas, de autoria de Luis Silvio Dias, trata das construções em terra com paredes monolíticas, exemplificando as diversas variações da técnica construtiva conhecida no Brasil como taipa de pilão, assim como as diferentes nomenclaturas e materiais utilizados nas diversas regiões estudadas. Também traz informações sobre as soluções adotadas para minimizar os problemas de umidade e sismos. O segundo texto, de Mario Flores, trata das variações da arquitetura de terra que faz uso de uma trama de madeira como estrutura de fixação do barro, denominada de taipa de mão, taipa de sopapo ou pau a pique, no Brasil; quincha na Argentina e bahareque nos demais países. As variações desta técnica, vão desde o material da trama (madeira rústica, serrada, bambu) até ao enchimento com terra, com ou sem cal, utilizando fibras, palha etc. O terceiro texto, de Célia Neves, apresenta um breve histórico sobre o uso das alvenarias de terra desde a antiguidade até os nossos dias. Em seguida relata as inovações tecnológicas realizadas nessa técnica, cujos objetivos geralmente visam a identificação de solos apropriados, a estabilização, a impermeabilização e a dosagem dos materiais, além do estabelecimento de parâmetros para ensaios e para o desenvolvimento de métodos de controle, de fabricação e/ou execução. Neves analisou e catalogou 19 tipos de sistemas construtivos em alvenaria de terra. O quarto texto, de autoria de Graciela Viñuales, trata de sistemas construtivos menos conhecidos, como “mampuesto cortado”, que consiste em cortar a terra, geralmente em forma de paralelepípedo, e utilizá-la diretamente para a construção. A terra pode ser de pasto ou de certa profundidade que nunca foi removida. É também exposta uma variação da técnica do pau-a-pique, no que toca ao material usado, ao modo de se fazer a trama e a maneira como a terra de enchimento é utilizada. Por fim, as vantagens e desvantagens do uso dessas técnicas são apresentadas. Todos os textos são acompanhados de fichas, compondo um catalogo de técnicas construtivas, onde são apresentados um croqui com o modelo da construção, a técnica construtiva, o sistema estrutural, a proporção dos materiais básicos, as ferramentas necessárias, se é ou não permitido ampliações, aberturas e instalações embutidas, se tem tratamento contra agentes agressivos e controle de qualidade, entre outras informações. Na segunda parte do livro consta a lista dos centros de pesquisa sobre o tema, trazendo informações gerais tais como: endereço, responsável, objetivo do centro e abrangência geográfica. A terceira parte apresenta uma vasta bibliografia sobre o tema, tendo como abrangência os países envolvidos no CYTED, e, finalmente, a quarta parte corresponde a um glossário de termos técnicos utilizados nas diferentes regiões abrangidas pela pesquisa. 
Data do Preeenchimento: 
sábado, 18 Agosto, 2012 - 12:30
Pesquisador Responsável: 

Sílvia Pimenta d’Affonsêca

Data da revisão: 
domingo, 31 Agosto, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Luiz Antonio Fernandes Cardoso

ISBN ou ISSN: 

978-85-8225-022-8

Autor(es): 

Edna M. Pinto, Bianca de Abreu Negreiros, Cintia Vieira e Alain Henrique Souza

Onde encontrar: 

Anais do I Congresso Internacional de História da Construção Luso-Brasileira, disponível na internet.

Referência bibliográfica: 

PINTO, Edna M.; NEGREIROS, Bianca de Abreu ; VIEIRA, Cintia; SOUZA, Alain Henrique. Taipa em João Câmara/RN, solução para abalos sísmicos. In: 1º Congresso de História da Construção Luso-brasileira, Vitória, ES. 04 a 06 de setembro, Campus da Universidade Federal do Espírito Santo. 2013.

Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Edna M. Pinto é Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade de São Paulo –USP (São Carlos) e Professor Adjunto III do Centro de Tecnologia, Departamento de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
Bianca de Abreu Negreiros é Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. 
Cintia Vieira é Estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. 
Alain Henrique Souza é estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. 
O artigo que comunica pesquisa realizada pelos autores foi apresentado no I Congresso de História da Construção Luso-brasileira, realizado em Vitória-ES, em 2013. 
Informações prestadas pelos próprios autores. 
Sumário obra: 
Resumo/Abstract 
Introdução 
O Nascimento do Projeto Taipa 
Descrição Construtiva 
Considerações Finais 
Referências Bibliográficas 
Resumo : 
Este artigo faz um registro histórico e uma descrição da técnica construtiva em taipa-de-mão empregada na década de 1980, no interior do estado do Rio Grande do Norte, visando a reconstrução de habitações parcialmente ou totalmente colapsadas pela ação de abalos sísmicos, de até 5.3 graus Richter, ocorridos na cidade de João Câmara. Na ocasião, o Ministério do Interior (MINTER) abriu uma comissão especial (Portaria nº 28/MINTER de 3/2/1987) que realizou um relatório de necessidades físicas e financeiras para a área, viabilizando um plano de reconstrução/recuperação das edificações baseado no emprego da taipa com painéis pré-fabricados. O “Projeto Taipa” proporcionou aos habitantes locais o acesso a financiamento governamental e o emprego de mão-de-obra do Batalhão de Engenharia do Exército. O estudo apresenta, por meio de levantamento bibliográfico, entrevistas e visitas in loco, uma breve descrição da tipologia empregada no projeto Taipa e as importantes contribuições que podem ser identificadas nessa experiência, dentre elas o emprego de painéis modulados na constituição do entramado de madeira das paredes e o uso de solo adequado à confecção da vedação, o que, ainda assim, não impediu o surgimento de patologias, conforme apontadas neste estudo, as quais foram fruto, principalmente, da ausência de manutenção.
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 16 Setembro, 2013 - 15:30
Pesquisador Responsável: 

Edna Moura Pinto

Data da revisão: 
sábado, 12 Julho, 2014 - 15:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Maria Angélica da Silva

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

SILVA, Maria Angélica da. “Pontal da Barra (Brasil, NE)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1.632-1.633.

Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Maria Angélica da Silva é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Mestrado em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (1998), com bolsa sanduíche cursada na Architectural Association School (Londres). É professora associada da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e, atualmente, é coordenadora do Programa de Pós Graduação desta Faculdade. Tem experiência nos temas da história da paisagem, do urbanismo e da arquitetura, iconografia, arquitetura moderna e contemporânea, patrimônio e design de produtos culturais. Coordena o Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem desde 1998. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/0004923271744434
Resumo : 
Pontal da Barra é um distrito da cidade de Maceió, capital de Alagoas, que fica localizado numa faixa de terra entre o mar e a lagoa de Mundaú. Segundo a autora, a área seria habitada por uma população descendente de índios Caetés e brancos. A planta da vila é resultado dos caminhos estabelecidos pelos habitantes para alcançar a lagoa, já que a base da vida local é a pesca. As casas surgem ao longo desses caminhos assim como os coqueiros. A pesca é feita em canoas tradicionais e com o uso de redes, e a cata de mariscos é feita com as mãos e por meio de armadilhas. Inicialmente, as casas eram totalmente construídas em palha de coqueiro trançada sobre estrutura de madeira, mas há também casas com vedações em taipa de sopapo. Homens, mulheres e crianças tecem as redes na frente das casas e, como onde há rede há renda, no povoado também se tece o filé em cores muito vivas que, segundo a autora, remetem à paisagem. Devido ao desenvolvimento do turismo na região, o artesanato é uma fonte de renda e as mulheres exibem os filés que fabricam nas fachadas das casas. Devido à instalação de uma planta industrial de fabricação química de álcool clorídrico, a pesca teria diminuído bastante. O verbete não traz informações detalhadas sobre o espaço das casas, mas contém fotografia da localidade. 
Data do Preeenchimento: 
domingo, 24 Novembro, 2013 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Autor(es): 

Mônica Cristina Henriques Leite Olender

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA.

Disponível em PDF na internet.

Referência bibliográfica: 

OLENDER, Mônica Cristina Henriques Leite. A técnica do pau-a-pique: subsídios para a sua conservação. Salvador: Dissertação de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação da UFBA. Salavador, 2006.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Mônica Cristina Olender possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1999), especialização (2003) e mestrado (2006) em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente é Professora Assistente da Universidade Federal de Juiz de Fora. Entre 2006 e 2011, coordenou o Curso de Especialização em Gestão do Patrimônio Cultural, no Instituto Metodista Granbery - JF/MG, e, entre 2008 e 2011 atuou como professora titular do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Tem vasta experiência em preservação do patrimônio ferroviário, tendo participado de vários projetos dessa natureza Tem experiência também na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em elaboração de projetos de conservação e restauração de bens imóveis. Integra, desde 2012, o Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - ICOMOS. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/5641561328037421
 
Sumário obra: 
1. Introdução (01) 
2. A terra como matéria prima para a construção (15) 
3. A terra e a madeira: aspectos gerais (28) 
4. O sistema construtivo do pau-a-pique (46) 
5. Intervenção em edifícios com valor cultural construídos com pau-a-pique (68) 
6. Conclusão (92) 
7. Bibliografia (95) 
8. Apêndice (104) 
9. Anexo (108) 
 
Resumo : 
O objeto da dissertação é a técnica construtiva do pau-a-pique, também conhecida como taipa de mão, e a conservação e restauração de edifícios assim construídos. O pau-a-pique é apresentado como uma das técnicas construtivas mais antigas do Brasil, ainda em vigência e fartamente utilizada inclusive em edifícios e sítios reconhecidos pela UNESCO como patrimônio da humanidade. Em virtude do desconhecimento sobre esta técnica e das matérias primas utilizadas, de manutenção inadequada e de desastres naturais, muitas construções desse tipo são perdidas a cada ano. A autora ressalta o grande preconceito que ainda existe com relação ao seu emprego, e afirma que, ao contrário do que muitos pensam, o pau-a-pique pode ser altamente resistente e seguro se executado e mantido de maneira correta. Mônica Olender ressalta também a importância cultural dos edifícios brasileiros construídos em terra crua e, num breve histórico, informa sobre a utilização da técnica no Brasil e sobre sua importância para a história da arquitetura brasileira. Com relação à técnica propriamente dita, a autora apresenta as diversas formas como pode ser encontrada, incluindo os materiais que a constituem. Com isso, contribui para o aperfeiçoamento das intervenções de conservação e restauro realizadas nesses edifícios históricos. O objetivo de Olender é mostrar o quanto essa técnica é eficiente e eficaz e que se trabalhada de maneira correta e se for bem conservada, pode permanecer em perfeito estado por longos anos como demonstram os exemplos expostos na dissertação. Os dados foram obtidos através de entrevistas com profissionais especializados na utilização da terra crua para a construção e em pesquisas de laboratório e de campo. A dissertação contém boa documentação fotográfica dos edifícios construídos, parcial ou totalmente, com essa técnica nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. 
 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 31 Agosto, 2012 - 12:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante Bolsista: Samantha Rocha

Data da revisão: 
segunda-feira, 18 Março, 2013 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna e Daniel Paz

ISBN ou ISSN: 

0101-1766

Autor(es): 

Günter Weimer

Onde encontrar: 

Acervo Prof. Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 

WEIMER, Günter. Da Perenidade do Transitório. In: Projeto - revista brasileira de arquitetura, planejamento, desenho industrial e construção, n.75, maio 1985. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda, p.63-66. 

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Günter Weimer é arquiteto, graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1963), mestre em História da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1981) e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1990). Atualmente é professor convidado do Programa de Pós-graduação em Urbanismo (PROPUR) da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura popular, história da arquitetura, imigração alemã, açorianos no Brasil e Rio Grande do Sul. 
Resumo : 
O artigo corresponde a reflexões do autor a partir de estadia de férias em vila de pescadores da Ilha de Itaparica, na Bahia. No texto, realiza um contraponto constante entre Itaparica e Salvador, que fica do outro lado da Baía de Todos os Santos, associando essas localidades, alternadamente, a diferentes tipos de permanência e transitoriedade. Se as construções modernas são feitas em aço e concreto, materiais que lhes confeririam perenidade, muitas são demolidas. Em contrapartida, muitos barracos de palha e barro revelam longevidade tipológica e construtiva. Weimer afirma que as moradias e o seu arranjo na vila visitada seriam similares às construções do litoral da Costa do Marfim, a partir da comparação de fotos de Itaparica com ilustrações da obra de Bardou e Arzoumanian, Arquiteturas de Adobe(Gustavo Gili, 1979). A vila se compõe de casas alinhadas em uma linha paralela ao mar, com uma rua principal, sem pavimentação, definida pelas casas dispostas irregularmente. A ligação da rua interna com o areal se dá por travessas estreitas ao longo da fileira de casas. Os espaços públicos são como “salas de estar” da vila, à maneira do espaço comunal das aldeias ancestrais. Tipologicamente, as casas são estreitas e longas, perpendiculares à praia, aproveitando, ao máximo, o vento marinho. Um corredor longitudinal se mantém sempre aberto, enquanto os demais cômodos, dispostos ao longo deste, são ventilados por cima já que as paredes não chegam até a cobertura, com exceção da central, e os cômodos não possuem forro. Este espaço superior serve de canal de ventilação. Construtivamente, as casas baianas são marcadas por cunhais roliços, fincados no chão, com esteios intermediários marcando portas e janelas, e paredes constituídas de uma trama ortogonal de galhos mais finos, suportando vedação em taipa de mão. O telhado de duas águas, cuja cumeeira é sustentada por uma parede central, tinha cobertura de folhas de palmeira, a qual foi substituída por telha canal e, mais recentemente, por telhas de fibrocimento. As casas são construídas coletivamente, em regime de adjutório (mutirão). Para Weimer, as construções estão perfeitamente adaptadas às condições climáticas e, por meio de adaptações paulatinas e localizadas às novas técnicas e condições, logram manter o fundamental, que é a vida comunitária aldeã. 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 7 Junho, 2013 - 12:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
segunda-feira, 23 Junho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Geraldo Bezerra Araújo

Onde encontrar: 
Biblioteca da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia – UFBA
Referência bibliográfica: 
ARAÚJO, Geraldo Bezerra. Recomendações para Melhoria Tecnológica da Vedação Vertical em Técnica Mista em Habitação de Interesse Social: Um Estudo de Caso no Bairro de Alegre em São Sebastião do Passé. Dissertação de Mestrado – Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana, Universidade Federal da Bahia. Escola Politécnica, 2007. 
Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Geraldo Bezerra Araújo possui Graduação em Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal da Bahia (1974), e Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana pela Universidade Federal da Bahia (2007), atuando principalmente nos seguintes temas: técnica mista, bambu, taipa e habitação popular. Possui especialização em Geoprocessamento pela Universidade Federal da Bahia (1997). 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/3058015630008669
Sumário obra: 
1. Introdução 
2. Técnica Mista 
2.1 Algumas Formas de Construir a Técnica Mista 
2.2 A Estrutura e o Entramado na Técnica Mista 
2.3 O Solo para o Uso na Técnica Mista 
2.4 Recomendações para Execução da Técnica Mista 
3. Técnica Mista Estruturada com Bambu 
3.1 O Bambu como Material de Construção 
3.2 Bambu: Classificação, Distribuição Geogrcies 
3.3 Tipos de Bambu Mais Usados na Construção 
3.4 Tratamento do Bambu 
4. Metodologia 
4.1 Delimitação da pesquisa 
4.2 Identificação das Variáveis 
4.3 Estágios da Pesquisa 
4.4 Estudo de Caso áfica, Espé
Resumo : 
A dissertação busca resgatar as construções em terra crua, em especial as que utilizam técnica mista de madeira e argamassa de barro, como o pau a pique – também denominado de taipa de mão ou taipa de sopapo –, desenvolvendo pesquisa sobre o uso dessa técnica em países como Japão, Equador, Paraguai, Portugal e Brasil, mostrando exemplos de construções centenárias e demonstrando o desempenho, a segurança, a durabilidade e o potencial de criação de ambientes saudáveis que a técnica proporciona. São também estudados e analisados os principais elementos que compõem a vedação vertical nesta técnica – como a estrutura, o entramado e o solo –, bem como apresentadas as recomendações de diversos pesquisadores sobre a melhor forma de executar e proteger as construções que a utilizam. O caso estudado é bairro de Alegre, em São Sebastião do Passé, Bahia, onde foram pesquisadas 24 habitações. Os dados levantados na pesquisa propiciaram a análise e o diagnóstico que embasam as recomendações para a melhoria tecnológica desse tipo de vedação vertical com vistas ao seu uso em habitações de interesse social. Foram avaliados ainda, os principais materiais usados, o tempo de construção das habitações e as patologias surgidas nestas construções. O autor descreve ainda como as construções de Alegre foram executadas, sendo em seguida discutidos e avaliados os elementos contidos nessa investigação. O autor não aborda a técnica mista como uma técnica do passado. Aborda-a como técnica construtiva em vigência e utilizada pelos próprios moradores para construir suas casas. Pontua também os erros mais recorrentes cometidos nessas construções e a ausência de procedimentos importantes que prejudicam a vida útil desse tipo de habitação. Por fim, faz recomendações para o aperfeiçoamento desta técnica tradicional como a plicação de pintura a base de cal e o uso da telha cerâmica fabricada artesanalmente. 
Data do Preeenchimento: 
sábado, 20 Julho, 2013 - 12:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quinta-feira, 15 Agosto, 2013 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Juliana Prestes Ribeiro de Faria

Onde encontrar: 

Arquivo disponível em formato PDF

Referência bibliográfica: 
FARIA, Juliana Prestes Ribeiro de e REZENDE, Marco Antônio Penido de. “Um olhar retrospectivo: o discurso dos viajantes sobre a arquitetura de terra em Minas Gerais”. In: Terra Brasil: Congresso de Arquitetura e Construção com Terra Crua, n. 3, 2010. Campo Grande, Campo Grande, 2010, 19 p. 
Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Juliana Prestes Ribeiro de Faria possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Londrina (2005) e mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011), realizado sob orientação de Marco Antônio Penido Rezende. É Analista de Gestão, Proteção e Restauro junto ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG). Em 2007, recebeu o prêmio de Jovem Empreendedora do Banco do Brasil. 
Informação obtida na obra em exame. 
 
Marco Antônio Penido de Rezende possui graduação em Arquitetura e Urbanismo (UFMG, 1987), é Mestre em Arquitetura e Urbanismo (UFMG, 1998) e Doutor em Construção Civil (Politécnica/USP, 2003). Realizou Pós-Doutorado no Programa Preservação Histórica da Universidade de Oregon, EUA (2010). Tem realizado pesquisas, atividades de ensino, extensão e publicações nas áreas de: técnicas retrospectivas, história das técnicas construtivas, técnicas construtivas antigas e vernaculares, arquitetura de terra, sustentabilidade, conservação e patologia das construções, restauração e revitalização arquitetônica e urbana, inovação tecnológica na produção de arquitetura, interfaces tecnologia x arquitetura, história das técnicas. É Professor Associado Escola de Arquitetura da UFMG e um dos criadores do Mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável e do Curso de Especialização em Sistemas Tecnológicos e Sustentablidade aplicados ao Ambiente Construído desta universidade. 
 
O artigo em exame foi apresentado em Terra Brasil: III Congresso de Arquitetura e Construção com Terra Crua, realizado em 2010, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, mas não há informação se foi publicado em anais. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/8413549938151614
Resumo : 
A partir de relatos de seis viajantes estrangeiros que percorreram o estado de Minas Gerais durante o século XIX, os autores analisam as diferentes percepções que cada viajante teve diante da arquitetura mineira e das técnicas construtivas que utilizam terra crua como o pau a pique e o adobe. Os autores consideram esses relatos indispensáveis para a reconstrução da história dessa técnica. Naquele período, a Europa tinha um ponto de vista etnocêntrico com relação às demais culturas, tanto nas questões atinentes ao meio físico como nas econômicas, religiosas e sociais. Esse olhar pôde ser compreendido através dos viajantes pesquisados, cujos depoimentos são carregados de comparações com o universo europeu. Os relatos revelam que os estrangeiros possuíam valores distorcidos a respeito da volumetria, da forma e, principalmente, da estética e da técnica construtiva das edificações mineiras. As construções em terra crua aparente, por exemplo, eram desvalorizadas. Da mesma forma, os elementos utilizados para proteção das edificações nos períodos chuvosos, também eram descritos de maneira preconceituosa, avaliando-se negativamente sua resistência diante das condições climáticas. Nessa fase, a Europa já fazia uso do tijolo cozido e do ferro, que eram materiais novos e considerados superiores aos naturais. Por fim, os autores observam que os relatos permitiram ter uma visão dos conceitos negativos que os estrangeiros tinham em relação à arquitetura de terra em Minas Gerais, baseados não na qualidade dos materiais e na execução da técnica, mas na visão que o europeu tinha de progresso naquele momento. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 13 Março, 2013 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Estudante voluntária: Samantha Rocha

Data da revisão: 
segunda-feira, 18 Março, 2013 - 12:15
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Observação: 
Referência bibliográfica recomendada: 
FARIA, Juliana Prestes Ribeiro de. Influência africana na arquitetura de terra de Minas Gerais. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG. Belo Horizonte, 2011. 
ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Leonardo Bittencourt

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

BITTENCOURT, Leonardo. “Santa Rita Island (Brazil)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1.633-1.634.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Leonardo Salazar Bittencourt possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (1977) e doutorado em Environment and Energy Studies - Architectural Association Graduate School (1993). Atualmente é professor da Universidade Federal de Alagoas, atuando nos cursos de mestrado e doutorado em Arquitetura e Urbanismo. Tem experiência em consultoria, projetos e pesquisas na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em sustentabilidade Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: conforto ambiental, sustentabilidade do espaço construído, arquitetura bioclimática, eficiência energética em edificações e projeto de arquitetura. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/8764685045584103
Resumo : 
A Ilha de Santa Rita [Marechal Deodoro, Alagoas] fica na costa nordeste do Brasil e, segundo o autor, é habitada por descendentes de índios, negros e portugueses. As principais atividades do lugar são a pesca, a agricultura e o comércio de produtos agrícolas. Mais recentemente, surgiu também o turismo. O assentamento na ilha é formado de casas ao longo dos caminhos próximos aos cursos d’água, sem qualquer planejamento, formando ruas sinuosas. As casas são construídas entre as árvores, sem qualquer geometria pré-concebida. Há muitos espaços externos comunais para trabalho e lazer que funcionam como extensões das casas. O tamanho das casas varia conforme o tamanho das famílias e a sala de estar está sempre voltada para a rua, não importa a direção do sol. Há também dormitórios sem janelas, o que o autor atribui à tradição portuguesa das alcovas. Segundo ele, os habitantes dizem que é por razão de segurança ou para manter as moças jovens virgens. A cozinha fica no fundo e serve também de sala de jantar. As instalações sanitárias ficam do lado de fora, a cerca de 10 m da casa. A estrutura é de madeira com esteios fincados diretamente no solo e as paredes são de taipa de sopapo, eventualmente revestidas com argamassa e caiadas, especialmente nas fachadas principais. As divisões internas são em meias paredes, o que proporciona o cruzamento de ventilação e iluminação, a qual também é obtida pela abertura deixada na empena no telhado. O piso é de chão batido ou cimentado e as janelas são de folhas cegas de madeira. A construção dessas casas pode envolver também os vizinhos. As coberturas são em duas ou quatro águas (tacaniça) e compõem-se de estrutura de madeira coberta com camadas de palha de coqueiro seca. Este tipo de telhado dura cinco anos, mas a reposição é fácil devido à abundância de coqueiros. O verbete é ilustrado com fotografia de uma casa da ilha.
Data do Preeenchimento: 
domingo, 24 Novembro, 2013 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
segunda-feira, 1 Julho, 2013 - 12:15
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 
Bibliografia citada recomendada: BITTENCOURT, Leonardo, LINS R. D. E RAMALHO, G. Ilha de Santa Rita. Maceió: EDUFAL, 1985.
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