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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Brasil

ISBN ou ISSN: 

0101-1766

Autor(es): 

Celina Kuniyoshi, Hugo Segawa e Walter Pires

Onde encontrar: 

Acervo Prof. Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 
KUNIYOSHI, Celina; SEGAWA, Hugo; PIRES, Walter. Arquitetura da Imigração Japonesa. In: Projeto – revista brasileira de arquitetura, planejamento, desenho industrial e construção, n.72, 1985. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda, p.99-104. 
Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Celina Kuniyoshi possui graduação em História pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas Universidade de São Paulo (1977), mestrado em Museologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1980), doutorado em História pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas Universidade de São Paulo (1996) e pós-doutorado junto à Universidad Nacional Autonoma de Mexico (2005). Presidiu comissão responsável pela elaboração e implantação do Curso de Museologia da Universidade de Brasília (2007-2010). Atualmente é conselheira do Conselho Federal de Museologia e professor adjunto II da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Museologia, História e Arquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: museologia, história e patrimônio cultural. 
 
Hugo Massaki Segawa é Professor Titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto. Livre-docente pela Escola de Engenharia de São Carlos/USP, Doutor e Mestre pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/USP. Membro do Advisory Board do DOCOMOMO International (2004-2008), é coordenador do DOCOMOMO Brasil (2002-2007), Editor Regional do The Journal of Architecture (Londres, RIBA). Autor, entre outros livros, de Architecture in Brazil 1900-1990 (New York, 2013), Arquitectura Contemporánea Latinoamericana (Barcelona, 2005), Prelúdio da Metrópole (São Paulo, 2000; 2. ed., 2004), Arquiteturas no Brasil 1900-1990 (São Paulo, 1998; 3. ed., 2010), Ao Amor do Público (São Paulo, 1996). Co-autor dos livros Complexo do Gasômetro (São Paulo, 2007), Ver Zanine (Rio de Janeiro, 2002), Oswaldo Arthur Bratke (São Paulo, 1997; 2. ed., 2012). Líder do Grupo de Pesquisa Arquitetura e Cidade Moderna e Contemporânea, pesquisador do Grupo Paisagem, Cidade e História. Dedica-se à docência, pesquisa e orientação de pós-graduação em temas de História da Arquitetura moderna e contemporânea brasileira e internacional, com ênfase no Brasil e América Latina, bem como à História da Paisagem, com ênfase ao estudo dos espaços 
públicos e jardins públicos urbanos. Atualmente Diretor do Museu de Arte Contemporânea da 
Universidade de São Paulo.
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/1239363625676317. 
 
Walter Pires é arquiteto e dedica-se à preservação do patrimônio cultural há 30 anos. Foi diretor do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura Municipal de São Paulo, instituição junto à qual continua atuando como parte do corpo técnico. Possui artigos publicados sobre patrimônio cultural e, em particular, sobre a arquitetura produzida pela imigração japonesa. 
Resumo : 
Nos estudos sistemáticos sobre a imigração japonesa – processo imigratório, assimilação e integração cultural, estruturas de parentesco, etc. -, a análise do habitat do imigrante está ausente. São registradas três formas de fixação do imigrante: como mão-de-obra na lavoura cafeeira; como arrendatário ou meeiro e como proprietário, ascendendo das duas condições anteriores como colonizador e dono de terras. No primeiro caso, o imigrante vivia em galpões, moradias para colonos, tulhas e terreiros, entre outras estruturas pertencentes ao empregador. No segundo caso, seu relacionamento com a terra era precário e, somente no terceiro, por haver permanência, ocorria o desafio de trabalhar em áreas inexploradas e o surgimento de uma arquitetura específica. O estudo focaliza o município de Registro, no Vale do Ribeira, cuja colonização se deu pela Companhia Imperial de Imigração – empresa responsável pela introdução dos japoneses nos cafezais. Em 1912, contrato celebrado com o governo de São Paulo organizou a colonização de 50.000 hectares de terras devolutas. Definem-se dois momentos naquela colonização: de 1913 a meados dos anos 30, e daí até a década de 1960. Na primeira etapa, a população era escassa, com carência de infraestrutura básica. Iniciara-se com as culturas programadas de café, arroz, cana-de-açúcar e bicho-da-seda, concentrando na sede do município as instalações de administração (escritórios da companhia, sede da cooperativa de agricultores), beneficiamento e comercialização (armazéns e engenhos, mercado) e serviços (ambulatório médico, farmácia, hospedaria), tornando a base do núcleo atual. Os edifícios, obras da companhia nipônica Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha (KKKK), subsidiária da Companhia Imperial, não apresentam traços japoneses. Houve êxito das culturas implantadas, com exceção da do bicho-da-seda, garantindo a fixação do imigrante. Nas moradias, as madeiras duras foram usadas na estrutura independente. Tramas de ripas de jiçara, tipo de palmeira, amarradas com raízes de imbé, formavam a trama que recebia o bairro misturado com palha de arroz para a taipa de mão. O piso era assoalhado, afastado do chão por apoios de madeira ou de tijolos. A cobertura era de palha ou lascas de madeira, depois substituídas por telhas de barro. As particularidades orientais se apresentavam nas várias sambladuras – koshikake-kama-tsugimechigai- koshikake-kama-tsugikanawa-tsugisammai-gumihira-hozokone-hozokomi-sem e wari-kasubi – e no emprego do kioro-gumi, estrutura japonesa, para sustentar o telhado, em estilo irimoya. O sistema de encaixes permitia a desmontagem e deslocamento eventual. Tais técnicas eram empregadas, além de moradias, em escolas, kaikans (associações japoneses), capelas e instalações produtivas, como galpões (mono-okis). Em, 1919, um particular, Torazo Okamoto, introduziu a cultura do chá que, com a crise do café em 1929, foi adotado como alternativa econômica. Em 1932, Okamoto traz uma variedade indiana de melhor qualidade e rendimento, que propiciou a autonomia do imigrante em relação à KKKK, abrindo o segundo momento da presença japonesa em Registro. Com a prosperidade advinda do chá, uma tipologia específica para as fábricas de chá, galpões com vão livre térreo para o maquinário, e no piso superior para murchamento do chá por ventilação natural. O texto apresenta ainda ligeiramente exemplos em outras cidades.
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 10 Junho, 2013 - 12:30
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
terça-feira, 17 Junho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Nathália Maria Montenegro Diniz

Onde encontrar: 

Arquivo em PDF disponível na internet.

Referência bibliográfica: 

DINIZ, Nathália Maria Montenegro. Velhas fazendas da Ribeira do Seridó. 2008. 205 p.: II. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, São Paulo, 2008.

Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Nathália Maria Montenegro Diniz possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2004), mestrado e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2008/2013). Atua principalmente nos seguintes temas: patrimônio histórico e história da arquitetura. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/8252081053919959
Sumário obra: 
INTRODUÇÃO - 08 
CAPÍTULO 1. TRAJETÓRIA DO DISCURSO SOBRE A PRESERVAÇÃO DA ARQUITETURA RURAL - 13 
CAPÍTULO 2. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - 35 
CAPÍTULO 3. FUNDAMENTOS DA ARQUITETURA DO GADO - 67
CAPÍTULO 4. ARQUITETURA DO GADO DO SERIDÓ - 91 
CAPÍTULO 5. CASO PARTICULAR – APONTAMENTOS GENEALÓGICOS DA FAMILIA GORGONIO PAES DE BULHÕES - 170 
CONSIDERAÇÕES FINAIS - 190 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - 193 
ANEXOS - 199
Resumo : 
A obra em exame trata da preservação e divulgação da arquitetura rural na região do Seridó, localizada no semiárido do Rio Grande do Norte. Os três primeiros capítulos possuem caráter introdutório, nos quais a autora se propõe a contextualizar os exemplares arquitetônicos pesquisados. O primeiro capítulo trata das teorias da restauração, preservação e conservação do patrimônio arquitetônico rural, da atuação do IPHAN e dos órgãos estaduais no que toca à sua preservação e das pesquisas acadêmicas relacionadas a esse tema. No capitulo seguinte, a autora aborda a formação do estado do Rio Grande do Norte, especificamente a região do Seridó, explicando o surgimento das fazendas de gado e de algodão da região. No capitulo 3, discute a inserção da atividade pecuária no Nordeste brasileiro, assim como a localização das centenas de fazendas e currais implantados. Ainda neste capítulo, estuda-se o comportamento dos fazendeiros e suas famílias. O capítulo 4 analisa as particularidades da arquitetura da região do Seridó, visto que, embora haja um conhecimento prévio desse patrimônio, não haveria uma noção do número de seus exemplares, nem do grau de deterioração e de mudanças ocorridas. Dentre as diversas fazendas registradas, apenas as que supostamente seriam do século XIX foram apresentadas, totalizando 62 exemplares. Por fim, no capítulo 5, são apresentados os registros das fazendas pertencentes à família Gorgônio Paes de Bulhões, sobre as quais foi possível obter dados históricos e genealógicos. Com base nesses dados, a autora reconstitui como teria sido a vida numa fazenda no Seridó, no século XIX. Esta pesquisa auxiliou a dirimir dúvidas referentes às demais fazendas pesquisadas e aprofundar questões tratadas nos capítulos anteriores. 
Data do Preeenchimento: 
quinta-feira, 28 Fevereiro, 2013 - 12:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Samantha Rocha

Data da revisão: 
quarta-feira, 13 Março, 2013 - 12:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

0101-1766

Autor(es): 

Renato Delarole

Onde encontrar: 

Acervo Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 

DELAROLE, Renato. "A casa tupi-assurini: significado e construção". In: Projeto - revista brasileira de arquitetura, planejamento, desenho industrial e construção, n.57, novembro 1983. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Renato Delarole é fotógrafo e jornalista. Foi colaborador do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (CEDI), na documentação fotográfica dos povos indígenas. Viveu quase três anos entre os assurinis do Xingu, documentando sua vida social e cultural. Trabalha na Universidade de Campinas. 
As informações foram obtidas no próprio texto fichado. 
Resumo : 

Artigo breve, com bom número de fotos mostrando o processo construtivo da casa tupi-assurini. Tais casas têm forma abobadada, a partir de planta retangular. São, contudo, casas de grandes dimensões – algumas de 60 metros de comprimento, com 12 metros de largura e 10 metros de altura. Antes do contato com os homens brancos, cada casa abrigava famílias extensas ou grupos locais, e constituía uma aldeia, unidade quase autônoma, que se relacionava com as demais em trocas econômicas, rituais e matrimoniais. Agricultores e sedentários, os assurinis dão muita importância à arquitetura, que é mais resistente e elaborada do que a da maioria das demais tribos, e constitui atividade da qual participam todos os membros do grupo. Após o contato com o homem branco, essa situação mudou. Os assurinis concentraram-se todos em uma só aldeia, com várias casas, cada uma abrigando uma família ou grupo local. No entanto, uma delas, a maior, é a tawiwe ou aketé, símbolo da unidade social e da reorganização sócio-política. Ela possui função de espaço cerimonial e de sepultura dos mortos. Dessa construção todos os assurinis participam. Segundo o autor, existe entre os assurini uma forte correspondência entre o edifício e o corpo humano. As varas de madeira curvadas, que vão do chão à cumeeira, são chamadas de dzerokynga, termo também usado para as “costelas” humanas. Outras partes da construção recebem outras correspondências analógicas, como os esteios em pares, base da estrutura da casa, chamados de azorá, nome dado também ao outro cônjuge no casamento poligâmico. Cada uma das partes da estrutura possui regras precisas de colocação, posição e encaixe, e se faz com tipos determinados de madeira. As partes são presas por dois tipos de cipós. A cobertura é feita de folhas do broto de babaçu. As etapas da construção são ritualizadas, reforçando a tese do autor sobre a correspondência com o corpo humano. O primeiro maço de folhas a cobrir a casa é levado e posto por pajés e arrumado de modo a representar pinymbaia, a cobra. Como símbolo do ato sexual, ela gera a edificação que abrigará em suas entranhas a tribo, sendo também o seu túmulo. 

Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 7 Junho, 2013 - 11:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
segunda-feira, 16 Junho, 2014 - 11:45
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna.

Autor(es): 

Jean Poul Monin Aka

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA

Referência bibliográfica: 

AKA, Jean Poul Monin. Inventário das Tipologias, Morfologia, e do Processo de Produção do Espaço Concreto – O Caso de Novo Alagados em Salvador, Bahia - Brasil. Dissertação de Mestrado – Mestrado em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (UFBA - Salvador, 1997).

Eixos de análise abordados: 
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Sumário obra: 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
1.1 Introdução 
1.2 Objetivos 
1.3 Justificativa 
1.4 Delimitação da área de estudo 
1.5 Metodologia 
1.6 Revisão da literatura 
2. PROCESSO DE CHEGADA À CIDADE 
2.1 As causas rurais do movimento migratório 
2.2 Análise de um período de 40 anos (1940 – 1980) 
2.3 A chegada à cidade, as tipologias construtivas, surgimento de Novos Alagados 
3. NOVOS ALAGADOS, O AVESSO DA CIDADE. 
3.1 Causas urbanas da explosão dos Alagados 
3.2 Quando o abrigo precário deve permanecer 
4. AS PRÁTICAS COLETIVAS DO ESPAÇO 
4.1 Evolução das formas urbanas 
4.2 Práticas da vida coletiva. Vida cotidiana em Novos Alagados e mito da 
marginalidade 
4.3 Integração dos favelados 
4.4 A questão fundiária 
5. A LÓGICA DOS ASSENTAMENTOS POPULARES 
5.1 Reconhecimento oficial dos assentamentos populares 
5.2 Política nos assentamentos populares 
5.3 Uma nova política urbana; recuperação dos assentamentos populares 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 ANEXOS 
Resumo : 

O autor fez uma análise das formas de apropriação organizacional no uso do espaço invadido. tendo como objeto a invasão denominada Novos Alagados, em Salvador, Bahia. Enfatiza a análise das tipologias, da morfologia e da produção de moradias, mostrando a evolução da favela, que foi surgindo devido à utilização de mão-de-obra temporária na agricultura, o que ocasionou a expulsão do campo de inúmeros trabalhadores agrícolas que migraram para a cidade em busca de novas opções de trabalho. Esses migrantes se instalaram em Novos Alagados, construindo abrigos com os materiais disponíveis. O autor descreve as etapas de desenvolvimento do assentamento, que começa com a construção pelo invasor de um barraco sobre palafitas, utilizando uma plataforma feita de tábuas apoiadas sobre estacas de madeira fincadas no mar. Na segunda etapa o construtor reproduz a sua antiga moradia utilizando bambu, fibras de palha, barro, piaçava e lona de plástico. Na terceira etapa, surgem as casas de alvenaria com telhado de duas águas, e, na quarta etapa, a casa ganha mais um segundo pavimento. Estas etapas são ilustradas com desenhos dos barracos, indicando-se o método construtivo, os materiais, as técnicas empregadas e a organização espacial dos componentes da moradia. Nos capítulos 2 e 3, o autor dá ênfase aos tipos de construções, à técnica que é utilizada na construção de abrigos provisórios, com observações construtivas e ilustrações sobre a organização do espaço que, com o tempo, será transformado pelo próprio morador, ampliando-o e reorganizando-o. O autor detalha por meio de croquis, com cotas, os tipos de barracos: aterrado, semi-aterrado, barraco de alvenaria, de pau-a-pique, de madeira/palafita. Descreve a evolução do assentamento e sua integração ao que chama de “modelo urbano”, ressaltando o seu caráter espontâneo e o fato de serem passíveis de “reabilitação” ou melhoria por parte dos próprios habitantes. A esse respeito, ressalta a importância da assistência técnica para a melhoria das construções e aprendizado de técnicas tradicionais que poderiam contribuir na produção de um habitat digno para os mais pobres.

Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 15 Janeiro, 2013 - 11:45
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quarta-feira, 3 Abril, 2013 - 11:45
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Eduardo Teixeira Carvalho

Onde encontrar: 
Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - UFBA
Referência bibliográfica: 
CARVALHO, Eduardo Teixeira de. Os Alagados da Bahia: Intervenções Públicas e Apropriação Informal do Espaço Urbano. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal da Bahia – FAUFBA (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo). Salvador, 2002. 
Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Eduardo Teixeira de Carvalho é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (1972). Possui mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2002) e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2010). Atualmente é Professor Adjunto 2 da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia e tem experiência em planejamento e projetos arquitetônicos, atuando principalmente nos seguintes temas: equipamentos urbanos, planejamento e projetos, projetos de arquitetura e urbanismo, desenvolvimento urbano e habitação de interesse social.
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/6034919387884402
Sumário obra: 
INTRODUÇÃO 
CAPÍTULO 1 - SOBRE FAVELAS E INVASÕES 
CAPÍTULO 2 - 1946 / 1986 - ALAGADOS –- O REAL E O IDEAL NO ESPAÇO CONCRETO 
CAPÍTULO 3 - 1984 / 2002 - ALAGADOS, NOVOS ALAGADOS E O PROGRAMA RIBEIRA AZUL 
CAPÍTULO 4 - MODOS DE INTERVENÇÃO E APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO EM ALAGADOS - DIFERENÇAS E PERMANÊNCIAS 
BIBLIOGRAFIA
Resumo : 
O trabalho trata da ocupação, formação, desenvolvimento e consolidação do bairro popular de Alagados em Salvador, Bahia, abrangendo o período entre 1946 e 2002 e focalizando a interação entre as ocupações informais que ocorreram ao longo deste período e os resultados das intervenções realizadas pelo poder público. O autor realiza uma revisão teórica e conceitual das ideias de “favela” e “invasão”, discute o problema da habitação popular e suas causas estruturais, e analisa como e em que circunstâncias as invasões de Salvador se formaram e se desenvolveram ao longo da história da cidade. Embora de caráter mais amplo e diferentemente da maioria dos estudos dessa natureza, este trabalho não se restringe ao tratamento das dimensões socioeconômica, urbana e política dos Alagados, mas focaliza e analisa também a arquitetura popular aí produzida em vários períodos dessa ocupação. O autor identifica os vários estágios de ocupação do espaço dos Alagados, a partir do momento em que as famílias pioneiras erigiram casas de madeira sobre palafitas, acessíveis por meio de pontes construídas com tábuas e restos de construções. O segundo estágio correspondeu ao aterramento das ruas com lixo e material de entulho e o terceiro ao aterramento da área alagada sob as casas com material arenoso e entulho, deixando-se ainda os “quintais” alagados. O quarto estágio correspondeu ao asfaltamento das ruas e à chegada da água encanada e da eletricidade. Por fim, a substituição das moradias iniciais pelas casas de alvenaria. O trabalho também relata a mobilização dos moradores para conseguir lixo e material de entulho para aterrar as ruas do bairro. A técnica construtiva utilizada pelos moradores, a partir da construção de uma estrutura simples mas resistente de madeira agreste e vedações de materiais reciclados, também é estudada. A dissertação contém mapas que mostram os limites da área em estudo, fotos ilustrativas dos vários estágios da ocupação e desenhos esquemáticos com cotas que apresentam as tipologias e os esquemas construtivos dos barracos. Discute, por fim, o que denomina de “queda de braço” entre a ocupação informal dos Alagados e as intervenções realizadas pelo poder público na área, a eficácia das políticas públicas adotadas neste campo e conceitos como “ordem e desordem urbana”, “área degradada” e “qualidade de vida”.
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 20 Janeiro, 2014 - 11:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quinta-feira, 10 Julho, 2014 - 12:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Maria Betânia Uchôa Cavalcanti Brendle

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

CAVALCANTI, Maria Betânia Uchoa. “Pernambuco: Zona da Mata”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1.631-1.632.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Maria Betânia Uchôa Cavalcanti Brendle é PhD em Desenho Urbano pelo Joint Centre for Urban Design, Oxford Brookes University (1994), com especialização em Restauração de Monumentos Históricos e Revitalização de Centros Históricos pelo PNUD-Unesco/Peru (1980) e em Architectural Conservation pelo ICCROM-Roma (1987), além de graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (1976). Atualmente é Professora Adjunta do Núcleo de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe, Coordenadora do INRC-Laranjeiras (Inventário Nacional de Referências Culturais) e Representante da Universidade Federal de Sergipe no Conselho Municipal de Cultura de Laranjeiras. É membro do ICOMOS/BRASIL, Conselho Internacional de Monumentos e Sítios. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/0061877382085014
Resumo : 
O verbete trata da arquitetura, existente em cidades da zona da mata de Pernambuco, construída pelos próprios habitantes. Autora define esta produção arquitetônica como “distinta e específica”. Materiais locais como madeira, barro e tijolos são utilizados e os conhecimentos necessários para a construção, passados de geração para geração. Afirma-se que os pobres de Pernambuco teriam desenvolvido a partir dos anos 1930 um “estilo arquitetônico próprio”, inspirado nos prédios públicos que começaram então a ser construídos em estilo art déco ou moderno. As cores e decorações das fachadas das casas mostrariam que são vistas como mais do que simples abrigos, traduzindo o espírito e as aspirações de seus construtores e, conforme observado por Ariano Suassuna, os “protestos contra a feiura, a secura e a monotonia de suas vidas”. Modestas em escala, essas casas se harmoniza com a paisagem e expressam a criatividade e a capacidade interpretativa de estilos recentes por parte dos arquitetos populares que criam, assim, um vocabulário arquitetônico. As casas são construídas pelo próprio dono ou por pedreiros capacitados. As fachadas costumam ter platibandas, sendo esta uma das principais características dessa arquitetura, que a autora reconhece ser também encontrada em outras partes do Nordeste. Apesar disso, mas sem apresentar argumentos ou provas concretas, a autora afirma que sua criação ou surgimento ocorreu em Pernambuco. O verbete é ilustrado com fotografias de casas da região pesquisada. 
Data do Preeenchimento: 
domingo, 24 Novembro, 2013 - 11:30
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
terça-feira, 1 Julho, 2014 - 12:30
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 
Referência bibliográfica citada: MARIANI, Anna. Pinturas e Platibandas. São Paulo: Cultural Editora, 1987. 
Autor(es): 

Gessiane Oliveira Caldas

Onde encontrar: 
Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – UFBA
Referência bibliográfica: 

CALDAS, Gessiane Oliveira. Espaços Urbanos – Uma Produção Popular – Qualificação e Requalificação do Bairro George Américo – Feira de Santana – Salvador – BA (1987 – 1998). Dissertação de Mestrado – Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, na área de concentração em Desenho Urbano - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (UFBA - Salvador, 1998).

Eixos de análise abordados: 
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Sumário obra: 
Apresentação 
Introdução 
CAPÍTULO 1 – Conhecendo os pressupostos 
CAPÍTULO 2 – Conhecendo a cidade de Feira de Santana 
CAPÍTULO 3 – Conhecendo o bairro de George Américo 
CAPÍTULO 4 – A ocupação hoje (1998) diagnose e proposição 
Considerações finais e carta do George Américo 1988
Bibliografia 
Anexos
Resumo : 
A dissertação trata dos aspectos políticos, sociais e organizativos da construção do habitat popular e também da participação popular nas questões ligadas à produção do espaço urbano. A autora enfatiza a produção do espaço urbano pela iniciativa popular, focalizando o movimento social organizado em Feira de Santana/BA para construção do bairro George Américo, produzido em 1987 por ação popular planejada pelo movimento dos sem teto. O capítulo 3 focaliza as questões sociais, políticas e organizacionais da produção habitacional do bairro que, apesar das carências de infraestrutura e de não ter sido construído com a perspectiva de valorização do espaço, não é considerado pelos moradores uma favela devido à sua localização e organização espacial. A divisão equitativa do espaço gerou um ordenamento linear entre as quadras, o alinhamento das ruas e a regularidade dos lotes que justificam para os moradores esta visão. Esta regularidade teria ocorrido em decorrência da ação conjunta de um escritório de engenharia com a Associação dos Sem Teto, que ao interagirem, desencadearam uma ação “planejada” de produção do espaço urbano. Para a autora, esta ação teria evitado a precariedade do bairro quanto à configuração espacial, ao contrário de outros locais ocupados por iniciativa popular cuja configuração espacial resultaria “aleatória”. Segundo a autora, este trabalho tem também a intenção de ressaltar o engajamento e a responsabilidade social do profissional técnico em situações e movimentos dessa natureza, e demonstrar o potencial de transformação da realidade que tem a interação entre saber técnico e iniciativa popular. 
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 24 Março, 2014 - 11:15
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quarta-feira, 9 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Cristiane Rose de Siqueira Duarte

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

DUARTE, Cristiane R. S. Favelados (Rio de Janeiro). In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1689.

Eixos de análise abordados: 
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Cristiane Rose de Siqueira Duarte possui graduação em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981), graduação em Architecture - École d’Architecture de Paris-La Villette (1983), mestrado pela Université de Paris XII (Paris-Val-de-Marne) (1985) e doutorado pela Université de Paris I (Pantheon-Sorbonne) (1993). Atualmente é professora Titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Projeto do Espaço Urbano, atuando principalmente nos seguintes temas: aspectos culturais da construção do espaço, acessibilidade e etnografia da cidade. Recebeu prêmios internacionais e possui diversos trabalhos publicados em Arquitetura e Urbanismo. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/9648531284712237
 
Resumo : 
Neste verbete, as favelas cariocas são sumariamente descritas em termos de sua formação e arquitetura, ressaltando-se, no primeiro caso, a relação fundamental desses assentamentos com a proximidade das áreas de trabalho. Quanto à casa da favela, explica-se a progressiva transformação do barraco de madeira, ou de materiais disponíveis e reciclados, em casa, de caráter mais permanente, feita de alvenaria de tijolos e estrutura de concreto. Em termos de espaço, a transformação do barraco de um só cômodo (com área total entre 10 e 18 m2) em casa com várias divisões internas e até mais de um andar é rapidamente descrita. A apropriação do espaço ao redor é também ressaltada e descrita como resultado de estratégias de uso imediato do entorno com atividades de lazer ou domésticas como lavar roupa, dentre outras. Ainda em termos de arquitetura, se dá destaque à estrutura eficiente dessas construções, especialmente no que diz respeito à sua ancoragem nas rochas existentes por meio de apoios inicialmente de madeira e depois feitos em concreto. Com isso, as construções são elevadas do solo e permitiriam, sem problemas, a passagem das águas e enxurradas das fortes chuvas da cidade do Rio de Janeiro. O favelado é genericamente definido como alguém de origem rural, em geral do sertão, que encontra esta forma de sobreviver na cidade grande, trazendo, assim, para as favelas, as suas tradições. A autora assinala ainda a existência nesses assentamentos de um forte senso de comunidade. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 23 Abril, 2014 - 11:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
terça-feira, 1 Julho, 2014 - 11:15
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Bibliografia citada e recomendada:

DUARTE, Cristiane R. S. “Adaptation and Change: Low Cost Housing in Rio de Janeiro”. In: BOURDIEU, J.P. and ALSAYYAD, First World: Third World: Duality and Coincidence in Traditional Dwellings and Settlements. Berkeley: University of California Press, 1990.

DUARTE, Cristiane R. S. Intervention publique et Dynamique Sociale dans la Production d’un Nouvel Espace de Pauvreté Urbaine – Vila Pinheiros à Rio de Janeiro. Paris: Université de Paris I – Sorbonne, 1993 (doctoral thesis)

DA MATTA, Roberto. A casa e a rua. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

VALLADARES, Licia. Propostas Alternativas de Intervenção em Favela: o caso do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: IUPERJ, 1985

Autor(es): 

Silvia Bochicchio

Onde encontrar: 

Biblioteca do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia

Referência bibliográfica: 
BOCHICCHIO, Silvia. Movimento dos Sem Teto de Salvador: Estratégias de Apropriação dos Espaços e Territorialização. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal da Bahia – IGEO (Instituto de Geociências). Salvador, 2008.
Eixos de análise abordados: 
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Silvia Bochicchio é Graduada em Urbanismo pela Universidade do Estado da Bahia (agosto/2003), Especialista em Gestão Ambiental pela Faculdade de Educação Montenegro/UNESI (2006) e Mestre em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (2008). Tem experiência nas áreas de Planejamento Urbano e Regional e afins, como a elaboração de planos diretores municipais, coordenação técnica na elaboração de planos municipais de habitação de interesse social, processos de regularização fundiária, projetos urbanísticos, dentre outros. Possui, ainda, experiência como docente em disciplinas de cursos de pós-graduação lato sensu e em cursos de graduação. Atualmente, exerce função de Subcoordenadora na Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente de Mata de São João BA, e é professora na Faculdade Regional da Bahia e na Faculdade Afonso Cláudio. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/2069775279972347
Sumário obra: 
1. Introdução 
1.1 Objetivos da pesquisa 
1.2 Procedimentos metodológicos 
1.3 O Território 
2. A Questão da Moradia 
2.1 A demanda por moradia e as políticas habitacionais 
2.2 A Política Habitacional na Bahia e em Salvador, a partir da década de 90. 
2.2.1 O Programa Viver Melhor 
2.2.2 A Atual Política Habitacional do Estado da Bahia em Salvador 
3. Movimentos Sociais: A Luta por Moradia 
3.1 A Ideia do Movimento Social 
3.2 Movimentos Sociais no Brasil e Luta por Moradia 
3.2.1 Movimentos de Luta por Moradia no Brasil 
4. Movimento dos Sem Teto em Salvador 
4.1 MSTS: Origens, características, objetivos, estratégias. 
4.1.1 Tipo de Propriedade 
4.1.2 Tipologias: Acampamento em terreno e edifício pré-existente 
4.1.3 Objetivos, Organização, Características dos integrantes e ações do MSTS 
4.2 Apropriação, Territorialização e a Possibilidade de Contra – Hegemonia
5. Considerações Finais 
6. Referências 
Resumo : 
A dissertação descreve como foi fundado o Movimento dos Sem Teto de Salvador (MSTS) e trata dos movimentos sociais, da luta pela moradia e das formas de ocupações de terrenos ou edifícios nesta cidade. Com relação ao tema da arquitetura popular informa que os moradores constroem suas próprias casas com pedaços de madeiras, lonas, telhas e plásticos em terrenos pequenos com áreas entre 08 e 30m², com banheiros improvisados. Dentre os exemplos citados na dissertação, destaca-se o da “Cidade de Plástico”, localizada no subúrbio de Periperi. Esta ocupação fica entre a linha férrea e o mar, tendo sido iniciada em agosto de 2006. À época do estudo, viviam neste acampamento 328 famílias em moradias feitas apenas com restos de materiais como plástico, madeira e lona). As vias de circulação são resultado da forma de ocupação e da disposição dos barracos construídos. A autora, contudo, não fornece informações mais detalhadas sobre essas construções, nem em termos de espaço, nem em termos das técnicas para a construção com este tipo de material. 
Data do Preeenchimento: 
domingo, 30 Dezembro, 2012 - 11:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quarta-feira, 3 Abril, 2013 - 11:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Carlos Zibel Costa

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

COSTA, Carlos Zibel & LADEIRA, Maria Inês. “Guarani (Argentina, Bolivia, Brazil s; Paraguay, Uruguay)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1692-1693.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Carlos Roberto Zibel Costa é arquiteto, designer, artista e professor. Graduou-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1973), e obteve mestrado em Arquitetura e Construção na EESCUSP (1983) e doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas na FAUUSP (1989). É professor no Curso de Design e no Curso de Arquitetura e Urbanismo da USP (Graduação e Pós Graduação e Professor Doutor Livre Docente - MS5, em dedicação integral na Universidade de São Paulo. É pesquisador sênior e vice-coordenador científico do Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da USP (NUTAU). É autor de inúmeras publicações nacionais e estrangeiras, entre as quais Além da Formas: uma introdução ao pensamento contemporâneo no design, nas artes e na arquitetura (Editora Annablume/ FAUUSP). Participou do livro Kairos - A Bird Orbiting Planet Earth de Emanuel Pimenta ( Charleston, SC: EDMP, 2011) e da Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World, editada por Paul Olivier (Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1997).
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/7526222096082728
 
Maria Inês Ladeira é Doutora em Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - FFLCH / USP -, mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PPGCS / PUC -, graduada em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP. Coordenadora do Programa Guarani do Centro de Trabalho Indigenista - CTI -, organização não governamental, onde atua na área de Antropologia desde a sua fundação em 1979, com projetos e ações voltados ao reconhecimento de direitos territoriais indígenas e à conservação ambiental de Terras Guarani nas regiões sul e sudeste do Brasil, bem como em pesquisas e incentivos a ações de referências culturais. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/8251567924320068
 
Resumo : 
Os Guaranis que vivem no Brasil são divididos em três subgrupos: Nhandeva, Kayova e Mbya. Esta divisão decorre de diferenças dialetais e de práticas ritualísticas. Os Nhandeva e Mbya vivem no sul e sudeste do Brasil e suas aldeias se espalham do Rio Grande do Sul ao Espírito Santo. Os assentamentos se localizam ao longo da costa, devido ao mito da Terra sem Males, localizada no leste. O território Guarani se estende até Mato Grosso e à Argentina, Paraguai e Bolívia. Apesar das dificuldades de encontrar materiais tradicionais, os Guaranis buscam preservar suas tradições construtivas. Contudo, usam materiais plásticos para divisórias e telhas cerâmicas, dentre outros materiais, adaptados à solução arquitetônica tradicional. A relação com o sagrado tem sido fundamental para a preservação do modo de ocupação do território, do agenciamento das aldeias e da construção da casa da reza (opy). A casa Nhandeva se caracteriza pelo espaço interno generoso. Já os Mbya são econômicos, pois suas constantes mudanças fazem com que suas casas sejam temporárias e durem apenas o tempo de plantar e colher o milho. As aldeias Guarani são organizadas em famílias extensas, tendo o centro marcado pela casa da reza. Esta pode estar perto ou coincidir com a casa do chefe. Nas aldeias costeiras, a encosta é ocupada e as casas se voltam longitudinalmente para o leste. A casa da reza fica, em geral, no ponto mais alto. Dessa forma, toda a aldeia pode avistar o mar. A atual casa Guarani abriga apenas uma família e se relaciona com outras do grupo familiar por proximidade. A cozinha fica no fundo da casa e a união das áreas externas forma uma espécie de praça vinculada a este grupo. A praça principal da aldeia está localizada a leste ou ao norte da opy. Esta tem planta retangular, eventualmente, com um semicírculo em uma das extremidades, cobertura de palha com duas águas e duas portas alinhadas segundo os eixos leste/oeste ou leste/norte. A estrutura é de madeira com apoios articulados às vigas da cobertura por cipós. O barro para vedação pode ser aplicado diretamente sobre a estrutura vertical de madeira ou sobre uma trama de paus delgados [taipa]. Nas cerimônias importantes, toda a aldeia se reúne nesta casa. Devido a seus vínculos mitológicos e ritualísticos, as madeiras mais utilizadas são o cedro e a palmeira, cuja folha fornece a palha dos telhados e também os troncos para a estrutura vertical. A planta retangular das casas permite o seu crescimento ao longo do eixo principal e muitas adições podem ser realizadas. As aberturas para o leste, oeste e norte nem sempre são portas, podendo ser aberturas parciais ou totais. Não há divisões internas e quando estas ocorrem são feitas com tecido ou esteiras. Nas casas de reza nunca há divisões internas e as paredes externas existem para abrigar os rituais das intempéries. O espaço Guarani depende de sua relação com a floresta e corresponde a uma reconstrução cultural dela. 
Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 10 Dezembro, 2013 - 10:30
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
terça-feira, 1 Julho, 2014 - 12:30
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Bibliografia citada e recomendada:

COSTA, Carlos Zibel. Habitação Guarani – Tradição Construtiva e Mitologia. São Paulo: FAU/USP, 1989.

LADEIRA, Maria Inês. O Caminhar sobre Luz – o Território Mbya à Beira do Oceano. São Paulo: Faculdade de Ciências Sociais/PUC-SP, 1992.

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