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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Registro-SP

ISBN ou ISSN: 

0101-1766

Autor(es): 

Celina Kuniyoshi, Hugo Segawa e Walter Pires

Onde encontrar: 

Acervo Prof. Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 
KUNIYOSHI, Celina; SEGAWA, Hugo; PIRES, Walter. Arquitetura da Imigração Japonesa. In: Projeto – revista brasileira de arquitetura, planejamento, desenho industrial e construção, n.72, 1985. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda, p.99-104. 
Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Celina Kuniyoshi possui graduação em História pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas Universidade de São Paulo (1977), mestrado em Museologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1980), doutorado em História pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas Universidade de São Paulo (1996) e pós-doutorado junto à Universidad Nacional Autonoma de Mexico (2005). Presidiu comissão responsável pela elaboração e implantação do Curso de Museologia da Universidade de Brasília (2007-2010). Atualmente é conselheira do Conselho Federal de Museologia e professor adjunto II da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Museologia, História e Arquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: museologia, história e patrimônio cultural. 
 
Hugo Massaki Segawa é Professor Titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto. Livre-docente pela Escola de Engenharia de São Carlos/USP, Doutor e Mestre pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/USP. Membro do Advisory Board do DOCOMOMO International (2004-2008), é coordenador do DOCOMOMO Brasil (2002-2007), Editor Regional do The Journal of Architecture (Londres, RIBA). Autor, entre outros livros, de Architecture in Brazil 1900-1990 (New York, 2013), Arquitectura Contemporánea Latinoamericana (Barcelona, 2005), Prelúdio da Metrópole (São Paulo, 2000; 2. ed., 2004), Arquiteturas no Brasil 1900-1990 (São Paulo, 1998; 3. ed., 2010), Ao Amor do Público (São Paulo, 1996). Co-autor dos livros Complexo do Gasômetro (São Paulo, 2007), Ver Zanine (Rio de Janeiro, 2002), Oswaldo Arthur Bratke (São Paulo, 1997; 2. ed., 2012). Líder do Grupo de Pesquisa Arquitetura e Cidade Moderna e Contemporânea, pesquisador do Grupo Paisagem, Cidade e História. Dedica-se à docência, pesquisa e orientação de pós-graduação em temas de História da Arquitetura moderna e contemporânea brasileira e internacional, com ênfase no Brasil e América Latina, bem como à História da Paisagem, com ênfase ao estudo dos espaços 
públicos e jardins públicos urbanos. Atualmente Diretor do Museu de Arte Contemporânea da 
Universidade de São Paulo.
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/1239363625676317. 
 
Walter Pires é arquiteto e dedica-se à preservação do patrimônio cultural há 30 anos. Foi diretor do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura Municipal de São Paulo, instituição junto à qual continua atuando como parte do corpo técnico. Possui artigos publicados sobre patrimônio cultural e, em particular, sobre a arquitetura produzida pela imigração japonesa. 
Resumo : 
Nos estudos sistemáticos sobre a imigração japonesa – processo imigratório, assimilação e integração cultural, estruturas de parentesco, etc. -, a análise do habitat do imigrante está ausente. São registradas três formas de fixação do imigrante: como mão-de-obra na lavoura cafeeira; como arrendatário ou meeiro e como proprietário, ascendendo das duas condições anteriores como colonizador e dono de terras. No primeiro caso, o imigrante vivia em galpões, moradias para colonos, tulhas e terreiros, entre outras estruturas pertencentes ao empregador. No segundo caso, seu relacionamento com a terra era precário e, somente no terceiro, por haver permanência, ocorria o desafio de trabalhar em áreas inexploradas e o surgimento de uma arquitetura específica. O estudo focaliza o município de Registro, no Vale do Ribeira, cuja colonização se deu pela Companhia Imperial de Imigração – empresa responsável pela introdução dos japoneses nos cafezais. Em 1912, contrato celebrado com o governo de São Paulo organizou a colonização de 50.000 hectares de terras devolutas. Definem-se dois momentos naquela colonização: de 1913 a meados dos anos 30, e daí até a década de 1960. Na primeira etapa, a população era escassa, com carência de infraestrutura básica. Iniciara-se com as culturas programadas de café, arroz, cana-de-açúcar e bicho-da-seda, concentrando na sede do município as instalações de administração (escritórios da companhia, sede da cooperativa de agricultores), beneficiamento e comercialização (armazéns e engenhos, mercado) e serviços (ambulatório médico, farmácia, hospedaria), tornando a base do núcleo atual. Os edifícios, obras da companhia nipônica Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha (KKKK), subsidiária da Companhia Imperial, não apresentam traços japoneses. Houve êxito das culturas implantadas, com exceção da do bicho-da-seda, garantindo a fixação do imigrante. Nas moradias, as madeiras duras foram usadas na estrutura independente. Tramas de ripas de jiçara, tipo de palmeira, amarradas com raízes de imbé, formavam a trama que recebia o bairro misturado com palha de arroz para a taipa de mão. O piso era assoalhado, afastado do chão por apoios de madeira ou de tijolos. A cobertura era de palha ou lascas de madeira, depois substituídas por telhas de barro. As particularidades orientais se apresentavam nas várias sambladuras – koshikake-kama-tsugimechigai- koshikake-kama-tsugikanawa-tsugisammai-gumihira-hozokone-hozokomi-sem e wari-kasubi – e no emprego do kioro-gumi, estrutura japonesa, para sustentar o telhado, em estilo irimoya. O sistema de encaixes permitia a desmontagem e deslocamento eventual. Tais técnicas eram empregadas, além de moradias, em escolas, kaikans (associações japoneses), capelas e instalações produtivas, como galpões (mono-okis). Em, 1919, um particular, Torazo Okamoto, introduziu a cultura do chá que, com a crise do café em 1929, foi adotado como alternativa econômica. Em 1932, Okamoto traz uma variedade indiana de melhor qualidade e rendimento, que propiciou a autonomia do imigrante em relação à KKKK, abrindo o segundo momento da presença japonesa em Registro. Com a prosperidade advinda do chá, uma tipologia específica para as fábricas de chá, galpões com vão livre térreo para o maquinário, e no piso superior para murchamento do chá por ventilação natural. O texto apresenta ainda ligeiramente exemplos em outras cidades.
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 10 Junho, 2013 - 12:30
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
terça-feira, 17 Junho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

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