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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Arquitetura vernacular

ISBN ou ISSN: 

Não há esta informação

Autor(es): 

Thalita Lins do Nascimento e Maria Angélica da Silva

Onde encontrar: 

Acervo de Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 

NASCIMENTO, Thalita Lins do e SILVA, Maria Angélica da. A Memória Moderna e a Casa Popular na Contemporaneidade: possibilidades, permanências e devires. In: Anais do 5º Seminário DOCOMOMO N/NE. Fortaleza: Departamento de Arquitetura e Urbanismo/ UFC, 2014. 1 CD-ROM.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Thalita Lins do Nascimento tem graduação em Letras Português e suas Respectivas Literaturas pela UFAL (2011) e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Alagoas (2013). É atualmente Mestranda do Programa de Pós-Graduação Dinâmicas do Espaço Habitado (DEHA/FAU/UFAL), com dissertação iniciada em 2013 com o título atual de Arquitetura moderna e popular em Palmeira dos Índios, Alagoas, sob orientação da prof. Maria Angélica da Silva.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/9648548754862651

 

Maria Angélica da Silva é arquitetura e urbanista formada pela UFMG, possui mestrado em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (1998) e estágio de pós-doutoramento na Universidade de Évora em 2006 e 2009. É professora associada da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFAL e coordena o Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem desde 1998. Em 1991 publicou Arquitetura Moderna – a atitude alagoana 1950-1964, onde trata, entre outras coisas da arquitetura popular de feição modernista.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/0004923271744434

Sumário obra: 

Não se aplica

Resumo : 

O artigo, com fotos e croquis de perspectivas e plantas, parte do estudo da modernização das fachadas das casas de meia morada em duas pequenas cidades no agreste alagoano, Palmeira dos Índios e Quebrangulo. As casas de meia morada são uma tipologia da arquitetura popular do Nordeste, marcante ainda hoje nas cidades do interior desta região. Na tipologia colonial de urbanização com lotes uniformes, estreitos e compridos, chama-se meia morada aquelas edificações que, mais estreitas, possuem um número mínimo de portas e janelas com porta e corredor de acesso lateral. Muitas cidades do interior nordestino são simples arruamentos, compostos inteiramente com tais unidades geminadas. Nos anos 1950 e 60, Palmeira dos Índios e Quebrangulo receberam conjuntos habitacionais da DE/COHAB – AL, prédios públicos e residências em estilo modernista e cinemas, vistos como símbolos do progresso. As casas de meia morada, a partir de então, passaram por um processo de “modernização”, com mudanças apenas no sentido bidimensional das fachadas, geometrização dos elementos em argamassa e, no interior, preservando-se a planta original e seus usos. A fachada, ocultando por platibandas os telhados de duas águas (com cumeeira paralela à fachada frontal, em sua maioria, mas também com cumeeira perpendicular), opera como comunicação da modernidade. Os recursos se concentram na platibanda e na moldura das aberturas, por meio de mudanças de cor, revestimentos, material das esquadrias, entre outros. A autora encontra certas regras de composição. Inicialmente, a divisão da fachada em três partes: parte inferior, corpo e platibanda. Na platibanda concentram-se a maioria dos recursos plásticos, como azulejos, frisos horizontais e verticais, figuras geométricas, escalonamentos e recortes. Ali também se encontra o que popularmente se chama de “gigante”, elemento vertical central, de alvenaria ou argamassa, que ressalta a individualidade da moradia. No corpo da fachada, as aberturas e, em alguns casos, também os frisos, normalmente recebem apenas pintura. A parte inferior distingue-se, geralmente, pelo revestimento diferente – pedra, azulejo, cerâmica, chapisco - ou pela cor, como no gigante. A maior variação nos acabamentos ocorre na base ou na platibanda e, com isso, a “modernização” concorre para a personalização da residência. A planta é tradicional, com uma sala na entrada, dois ou três quartos em seqüência, a partir de um corredor estreito e, ao fundo a cozinha, o quintal e o banheiro, que fica do lado de fora, sendo depois incorporado ao bloco da casa. O quintal é um espaço fundamental, com o plantio de verduras, hortaliças, flores, espécies medicinais, milho e feijão; a criação de alguns animais para abate – galinhas e perus, e, para muitos, lugar de lembranças. Igualmente importante é a cozinha, onde destacam-se, ainda, utensílios tradicionais, como as panelas sempre postas à vista. A autora pesquisou casas cujos moradores são oriundos da zona rural, muitos idosos, e encontrou a vivência rural em algo preservada nas casas urbanas. Fundamental, ainda, são os hábitos comuns nordestinos do acúmulo de objetos afetivos nos outros cômodos, como retratos ao longo das paredes, e da presença símbolos religiosos, entre eles, altares domésticos com santos da casa, além dos presentes no quarto de dormir.

Data do Preeenchimento: 
quinta-feira, 20 Novembro, 2014 - 12:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
quinta-feira, 20 Novembro, 2014 - 12:45
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

972-97668-7-8

Autor(es): 

Ordem dos Arquitectos

Onde encontrar: 

Acervo Profa. Marcia Sant’Anna

Referência bibliográfica: 

ARQUITECTURA Popular em Portugal, Vol. 2. Lisboa: Ordem dos Arquitectos, 2004.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 

A presente edição teve coordenação editorial de João Afonso, Fernando Martins e Cristina Meneses. Não foram encontradas informações na Internet sobre os autores responsáveis pelos levantamentos nas zonas pesquisadas. A publicação “Arquitectura Popular em Portugal” é resultado do “Inquérito à Arquitetctura Regional Portuguesa”, realizada pelo Sindicato Nacional dos Arquitetos, no período entre 1955 e 1960. Ainda nos anos de 1960 foi publicada a primeira edição, onde estavam registrados os levantamentos, analises e documentação fotográficas das regiões e edificações identificadas e cadastradas pelo grupo de arquitetos contratado para concretização do inventário. No ano de 2004 foi publicada esta quarta edição ampliada, com a publicação do inventário realizado na Ilha dos Açores e com complementações realizadas em algumas regiões no continente.

Sumário obra: 
Zona 4
Zona 5
Zona 6
Traduções
Índices
 Índice Geral
 Índice Onomástico
 Índice Geográfico
 Índice Ideológico
 Índice de Desenhos e Mapas
 Índice de Fotografias
Resumo : 
O livro, segundo volume de um estudo amplo sobre a arquitetura popular portuguesa, é farto em fotos, mapas, plantas e cortes. Está dividido em três partes, correspondentes a três áreas geográficas, cujo levantamento foi feito sob a tutela de equipes diferentes. A Zona 4, estudada por equipe formada pelos arquitetos Nuno Teotónio Pereira, António Pinto de Freitas e Francisco da Silva Dias, cobre a Estremadura, Ribatejo e parte da Beira Litoral. Adotase a divisão consolidada na literatura portuguesa entre as áreas de influência atlântica e mediterrânea, sendo a Zona 4 a área de transição entre ambas, apresentando discrepâncias bruscas e em retalhos. A arquitetura da zona seria produto de uma conjugação de fatores climáticos, históricos e econômicos, sem causa nítida, mas cujas conseqüências estão relacionadas. Soma-se ainda a ação humana, transformando o meio, sem, no entanto, obter plenamente o intencionado. Reconhecem-se duas áreas na Zona 4: a norte, com densidade de 50 a 250 hab/km², e a Sul, com menos de 25 hab/km², além de aglomerados maiores no litoral e margens do rio Tejo. Ao Norte, o solo é altamente parcelado e “policultivado”, com trabalho e cuidados o ano inteiro, favorecendo a ocupação mais intensa e distribuída. Ao Sul, há solo mais pobre, com latifúndios, monoculturas e ocupação sazonal de população flutuante. Essa diferença se baseia na abundância da água: no litoral e nos rios, com boa oferta de pescados e, sobretudo, com chuvas e a fertilidade daí decorrente. A seguir, o trabalho perde-se em descrições pontuais da vida laboral, cotidiana, do lazer e do calendário religioso. Perpassa o estudo um forte componente estético, relembrando-se sempre a penúria material, as dificuldades e a coesão entre homem, comunidade e meio. A Zona 5 cobre o Alentejo, estudado por equipe formada pelos arquitetos Frederico George, António Azevedo Gomes e Alfredo da Mata Antunes. O estudo descreve a geologia, a topografia e o clima da região, e assume o impacto desses fatores em todas as esferas da vida humana, inclusive o vestuário. A agricultura extensiva está calcada no latifúndio, com trabalho assalariado e culturas de sequeiro (trigo, cevada, aveia, etc.), havendo também florestas de sobro e azinho – os chamados montados –, de castanheiros e carvalhos e, agora, de eucaliptos. Ainda se apresenta a cultura da oliveira e algo de vinha. A pecuária é a do gado suíno, ovino, muar, cavalar, asinino e caprino (em extinção). Registra-se a mecanização da agricultura e a mudança do cenário com as barragens. O estudo observa que a região apresenta os testemunhos visíveis de uma longa sucessão de culturas: a romana, a visigótica, a muçulmana e a cristã. A densidade humana é baixa, com povoamento concentrado em aldeias. Descreve-se as técnicas construtiva em tijolo, taipa, pedra (granito, xisto, mármore, calcário), madeira (de uso escasso), canas e matos (como o piorno). Registra a cobertura em abobadilha, em decréscimo e substituição pelo concreto. Segue-se então uma descrição por divisões sub-regionais e análises de casos em Ribatejo do Norte, Areias, Barros, Borba, Plataforma de Évora, Ribatejo do Norte, Campo do Beja e Além-Guadiana. A Zona 6 foi estudada pelos arquitetos Artur Pires Martins, Celestino de Castro e Fernando Torres, enfocando, principalmente, o Algarve e incluindo o Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. Inicia-se, como nos demais estudos, pela descrição do clima, e apresenta-se três sub-regiões: Alto Algarve, Algarve Calcáreo e Baixo Algarve. O Baixo Algarve é a zona litorânea, com maior densidade e vida centrada na pesca e derivados, mas também com cereais de sequeiro, arvoredos – amendoeira, figueira, alfarrobeira, oliveira –, pomares e hortas. Registra-se o abandono das velhas noras na irrigação. No Algarve Calcáreo ainda aparecem o sequeiro e arvoredos, mas já com decréscimo dos pomares e hortas. Nessa região seria marcante a presença das açoteias (ou terraços) nas edificações. O Alto Algarve é mais pobre e rudimentar, com predomínio de xistos, maior incidência de chuvas e manto vegetal decorrente e, portanto, com árvores frutíferas, além do pinheiro bravo, sobreiro, carvalho e castanheiro (ambos com uso intenso), além de canas usadas na construção e confecção de artefatos. A zona 6 ainda abrange o Alentejo Litoral e Bacia do Sado. No primeiro, a presença de chuvas favorece a policultura e a dispersão da ocupação. Na Bacia do Sado, predominam arrozais, com hortas, montados e trigo com montado. Segue-se a análise das povoações, com descrição de casos pontuais. 
Data do Preeenchimento: 
sábado, 4 Outubro, 2014 - 08:30
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
segunda-feira, 6 Outubro, 2014 - 13:30
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

972-97668-7-8

Autor(es): 

Ordem dos Arquitectos

Onde encontrar: 
Acervo Profa. Marcia Sant’Anna
Referência bibliográfica: 
ARQUITECTURA Popular em Portugal, Vol. 1. Lisboa: Ordem dos Arquitectos, 2004. 
Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
A presente edição teve coordenação editorial de João Afonso, Fernando Martins e Cristina Meneses. Não foram encontradas informações na Internet sobre os autores responsáveis pelos levantamentos nas zonas pesquisadas. A publicação “Arquitectura Popular em Portugal” é resultado do “Inquérito à Arquitetctura Regional Portuguesa”, realizada pelo Sindicato Nacional dos Arquitetos, no período entre 1955 e 1960. Ainda nos anos de 1960 foi publicada a primeira edição, onde estavam registrados os levantamentos, analises e documentação fotográficas das regiões e edificações identificadas e cadastradas pelo grupo de arquitetos contratado para concretização do inventário. No ano de 2004 foi publicada esta quarta edição ampliada, com a publicação do inventário realizado na Ilha dos Açores e com complementações realizadas em algumas regiões no continente.
Sumário obra: 
ÍNDICE GERAL
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
ZONA 1 – Minho, Douro Litoral e Beira Litoral
ZONA 2 – Trás-os-Montes e Alto Douro
ZONA 3 – Beiras
Panorâmicas
Zonas Diferenciais e Construções Típicas
Os Porquês
Formas e Expressões 
Resumo : 
Nesta edição são retratadas as edificações cadastradas nos anos de 1960 que já desapareceram em função das concentrações urbanas das últimas décadas em Portugal, e também exemplares de uma nova arquitetura espontânea, por vezes de grande criatividade formal, construída em anos mais recentes que, implantada sem qualquer articulação com o ambiente natural, acarreta grandes prejuízos para o ordenamento do território e para a qualidade de vida dos habitantes. A analise realizada no volume 01 corresponde ao patrimônio de três zonas do norte de Portugal que, segundo a metodologia de investigação, foi dividida em três partes: Zona 1, correspondendo à região entre o Minho e o Mondego - zona rica em história e onde as construções vão dos espigueiros do Lindoso às grandes edificações das áreas do Porto; Zona 2, região de Trás-do-Monte e Alto Douro; e Zona 3, que corresponde às regiões da Beira-Alta - Serra da Estrela – e Beira Baixa. O levantamento levou em conta as pesquisas sobre a ocupação do território, a estruturação urbana, os materiais e processos correntes na construção, a influência do clima, da economia e da organização social sobre os edifícios e seus agrupamentos. No levantamento de campo, as análises privilegiaram a síntese plástica dos edifícios, as técnicas construtivas e as dinâmicas culturais. Todas estas análises são apresentadas a partir do cruzamento dos dados geográficos, geológicos, vias de comunicação, economia, historia, etnografia, cultivos, povoamentos, pecuária, como também dos movimentos migratórios das populações. O acervo fotográfico, levantamentos gráficos e análises criticas estão apresentados em índice detalhado com nome dos edifícios, logradouros e sítio, além dos índices onomásticos, geográfico e “ideológico”, desenhos, mapas e fotografias que facilitam a localização de todo o acervo inventariado que caracteriza as diferentes dinâmicas culturais, econômicas e políticas das regiões. Ao longo da leitura é possível identificar que em Portugal não se observa uma unidade plástica nos edifícios estudados, assim como não é possível identificar uma arquitetura portuguesa ou mesmo um modelo de casa portuguesa. O que se observa é uma adequação dos edifícios às afinidades climáticas, do solo, da vegetação, da economia, da cultura e dos hábitos que imprimiram características peculiares a cada região. Por outro lado, as renovações técnicas e de materiais foram lentas devido a rotinas e hábitos das comunidades e ao estreito vínculo com as atividades econômicas. No entanto, os últimos anos têm provocado uma rápida mudança de valores e, consequentemente, o abandono ou substituição das técnicas, materiais e dinâmicas culturais. No prefácio desta 4ª edição, os autores enfatizam que “ [...] A arquitectura popular regional não é urbana de origens nem de tendências”. Pode “urbanizar-se, melhorar de cuidados construtivos e apuros formais, mas, se lhe cortam as raízes que a prendem fortemente à terra e aos seus problemas, desvirtua-se, perde a força e a autenticidade”. (p. XIX). 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 2 Maio, 2014 - 06:30
Pesquisador Responsável: 

Mariely C. Santana

Data da revisão: 
domingo, 31 Agosto, 2014 - 10:00
Responsável pela Revisão: 

Luiz Antonio Fernandes Cardoso

Autor(es): 

SOCIEDAD CIENTÍFICA DE LA FACULTAD DE ARQUITECTURA

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA 

Referência bibliográfica: 

SOCIEDAD CIENTÍFICA DE LA FACULTAD DE ARQUITECTURA. Registro Documental de Arquitectura Vernácula - Investigación en Poblaciones del Departamento de La Paz. Bolívia, 2012-2013. Facultad de Arquitectura, Artes, Diseño y Urbanismo. La Paz: Universidad Mayor de San Andrés, 2013.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
O trabalho se deu sob a coordenação geral do arquiteto Javier Escalante Moscoso. A coordenação da investigação se deu por Rodrigo Arias Perez e Mariela Balderrama Arias. A investigação foi realizada por, além destes, Yhomara Muñoz Diaz. O trabalho de campo por Christian Hilaya Fernandez, Tania Jemio Enriquez e Diego Tarifa Orellana. De fato, o livro foi produto de um Projeto de Investigação e Interação Social IDH-UMSA, aprovado em 2012 e realizado de 2012 a 2013, dentro do âmbito da Sociedad Científica Estudiantil de Arquitectura da Facultad de Arquitectura, Artes, Diseño y Urbanismo da Universidad Mayor de San Andrés.
Javier Escalante Moscoso é arquiteto formado em 1986 pela Universidad Mayor de San Andrés e, na mesma instituição, formado em Arqueologia (1991) e licenciado, ainda, em Filosofía Teológica em Lima, Peru, em 1981. Participou de escavações arqueológicas em diversos sítios, como Tiwanaku, Bolívia, é autor dos livros Arquitectura Prehispánica en los Andes Bolivianos, De la caverna a la Metrópoli, La Guía Arqueológica de Bolívia, Sítios Arqueológicos de Bolívia e Arqueología Monumental, sendo atualmente Professor Catedrático na Universidad Mayor de San Andrés e também na Universidad Católica Boliviana. 
Sumário obra: 
Presentación 
1 – Introducción 
. Arquitectura vernácula: Expresión espacial de la cultura 
. La vivienda nativa 
. El fenómeno de la desaparición de la Arquitectura Vernácula 
. Efectos y Consecuencias 
2 – Estado de la Cuestión 
3 – Fronteras Ecológicas 
. Fronteras ecológicas: Una introducción general al tema 
Zona Altiplânica 
. Características generales 
. El contexto geográfico 
. Funcionalidad y tradición 
. Tecnologías tradicionales
. Introducción 
. Paja+Adobe 
. Paja+Piedra 
. Totora+Adobe 
. Ch´ampa 
. Teja+Adobe 
Zona Sub-Andina 
. Características generales 
. El contexto geográfico 
. Funcionalidad y tradición 
. Tecnologías tradicionales 
. Introducción 
. Paja+Tapial 
. Variaciones del tapial 
. Paja+Bahareque 
. Sinergias de tecnologias tradicionales 
Zona Llanos Amazónicos 
. Características generales 
. El contexto geográfico 
. Funcionalidad y tradición 
. Tecnologías tradicionales 
. Introducción 
. Palma+Madera 
. Palma+Taquara 
. La vivienda elevada y sobre elevada 
4 – Conclusiones 
Bibliografía 
Resumo : 

Obra com fartura de fotos e ilustrações. É um estudo na arquitetura vernacular do Departamento de La Paz, no intento de realizar um registro documental do patrimônio e identidades bolivianos, sob severa ameaça. A razão seria a mudança da organização territorial e expansão urbana, com vários efeitos. Um deles seria a brusca mudança no modo de vida, e a subseqüente aculturação, com materiais, técnicas, modelos construtivos e arquitetônicos exógenos. As novas rodovias incrementam a circulação de matérias-primas e mão-de-obra alheias ao sítio. A anterior harmonia com o meio se vê assim corrompida, com a destruição das comunidades, e a perda da identidade, história e patrimônio cultural. Perdem-se as técnicas, que os pais não querem ensinar a filhos que não querem aprender. Outro efeito seria a migração para fora do país e outras regiões da nação, interna, das cidades orientais às ocidentais, dos altiplanos para a cidade de El Alto, e do campo para a cidade, até pela disparidade nos serviços básicos. Soma-se o fim das terras comunais e a concentração do solo rural em latifúndios, além da rarefação da matéria-prima vegetal. Os imigrantes, retornando, agravam a situação, com a tentativa de reproduzir a cultura da cidade, fundindo tipos, estilos, materiais e técnicas, usando extensivamente as placas corrugadas de zinco, sinal de status apesar das desvantagens. Além das mudanças climáticas, os autores observam a mudança das práticas, em especial a Ayni, Minka ou Minga, a colaboração e solidariedade mútua, no cultivo e mesmo na construção da casa, em dissolução, com o aumento do individualismo. O foco do trabalho são as comunidades indígenas rurais e, nelas, a moradia, tida como representativa de identidade da família e comunidade, com entorno natural, social, econômico e cultural. No contexto rural, observam-se escassas subdivisões, e espaços multifuncionais, com a superposição da habitação com o trabalho. O Departamento se divide em três zonas ecológicas, dadas pela altitude, com diferentes temperaturas, geografia, hidrografia e ecossistemas: a altiplânica, a subandina e a planície amazônica. A zona altiplânica abrange os altiplanos, as margens do Titicaca e as cordilheiras, com temperatura média anual inferior a 9º C, e precipitação entre 450 e 600 mm anuais. As moradias tratam de adaptar-se ao clima, capturando a energia solar e evitando os ventos gélidos, com a entrada a leste. A casa, de tamanho proporcional à família, organiza-se em torno de um pátio. Nela, a cozinha é fundamental, sofrendo agora com a mudança dos hábitos e produtos alimentares. Os autores descrevem as tecnologias construtivas. Os blocos de adobe e cobertura de palha, técnica de origem Aymara e Quechua – como as chullpares, torres funerárias Aymara -, empregando ainda madeira local na armação do telhado. Os blocos de pedra e cobertura de palha, com origem na cultura Chiripa, empregando em geral granito. Os blocos de adobe e totora, junco do lago Titicaca, e a ch´ampa, técnica antiga, em solos úmidos e argilosos, com uso do pasto enraizado, cortado em blocos, seco, e cobertura em abóbada ou palha. E os blocos de adobe e telha cerâmica, produzida em fornos nas margens dos rios. A zona subandina ocorre na parte oriental da cordilheira de Apolobamba, e se compõe de vales, com clima úmido entre 20ºC e 22ºC, dando lugar à agricultura de cereais, tubérculos, legumes e hortaliças. As moradias, também proporcionais ao tamanho da família, construídas sob medidas antropométricas, articulam-se ao redor de pátio central, local das reuniões familiares e comunitárias. As técnicas empregadas são a taipa de pilão e cobertura de palha, com uso de palha da região (k´ullpahichu, k´alamuhichu, k´urkuhamichu) ou folhas de motacú; a taipa de pilão e madeira, com troncos de madeira roliça após cada fiada, e nas esquinas; a taipa de pilão e pedra, aplicada após cada fiada; e o bahareque (taipa de sopapo) e cobertura de palha. As portas e janelas são feitas de tábuas retas de madeira – os wiluchos. Não raro mesclam-se as técnicas, com o primeiro piso de taipa, segundo de adobe ou pedra. Na planície amazônica, parte da bacia amazônica, há menos acidentes de relevo, com clima tropical úmido, acima dos 28ºC, e acima de 2.200mm de precipitação. A vegetação é exuberante, com boas madeiras, como a fauna tem maior diversidade e porte. O local abriga etnias diversas, algumas nômades, que vivem da coleta de frutos, caça, pesca, cultivo (milho, arroz, cítricos, etc.) e silvicultura extrativista. Em suas moradias, em geral construções elevadas do solo para combater a umidade, com aberturas superiores para ventilação, destacam-se dois cômodos: o dormitório e a cozinha. Aquele, um espaço único albergando toda a família, ao mesmo tempo área de recepção social, curral de pequenos animais e depósito de ferramentas. A cozinha, lugar dos utensílios domésticos, fogão, despensa e tendal. Há etnias com vivendas coletivas, multifamiliares - as malocas – que, ainda assim, apresentam divisões e distribuição por idade, sexo e parentesco, e constituem-se em imagem do cosmo. Emprega-se a madeira e a taquara, tipo de bambu para fechamentos; a jatata e o motacú na cobertura; em arranjos de madeira ou taquara e palma – das espécies chamadas chaquillo, sipico e bitaca. Os autores concluem salientando os valores ambientais dessa arquitetura vernacular e salientando que, ameaçando e parecendo primitiva, é a arquitetura do futuro, requerendo políticas para sua preservação e de seus saberes, a exemplo do eco-turismo.

Data do Preeenchimento: 
domingo, 23 Setembro, 2012 - 15:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
sexta-feira, 3 Outubro, 2014 - 15:45
ISBN ou ISSN: 

ISBN-13: 978-0-7506- 6657-2 ISBN-10: 0-7506-6657-9

Autor(es): 

Paul Hereford Oliver

Onde encontrar: 

Disponível em pdf na Internet, em inglês.

Referência bibliográfica: 

OLIVER, Paul. “Kaluderica: High-grade housing in an illegal settlement”. In: OLIVER, P. Built to meet needs: cultural issues in vernacular architecture. Oxford: Architectural Press, 2006, pp. 365-379.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Paul Hereford Oliver nasceu em Nottingham, Inglaterra, em 1927. É historiador da arquitetura e escreve também sobre blues e outras formas de música afro-americana. Foi pesquisador do Oxford Institute for Sustainable Development da Oxford Brooks University, de 1978 a 1988, e Associated Head of the School of Architecture. É conhecido internacionalmente pelos seus estudos sobre arquitetura vernacular, em especial, como editor da Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World (1997) e pelo World Atlas of Vernacular Architecture (2005). A enciclopédia reúne pesquisas e estudos sobre arquitetura vernacular em todas as regiões do mundo, sendo a principal referência sobre o tema com esta abrangência até o momento. O texto em exame data de 2002 e está publicado na coletânea em referência na parte final que trata do papel da arquitetura vernacular em face dos desafios do século XXI. 
Resumo : 

O texto trata da autoconstrução e da construção autogerida em assentamentos ilegais e do processo de urbanização no antigo bloco dos países socialistas da Europa Central. Especificamente, o autor descreve o processo de formação de assentamentos ilegais na antiga Iugoslávia, a partir da venda de glebas rurais no entorno das cidades maiores. Comenta o crescimento dos assentamentos ilegais, especialmente no terceiro mundo, e a abundância da literatura sobre eles, a qual defende a ideia de que são produto do sistema capitalista. Mas observa que também nos países socialistas essa questão não está resolvida, apesar das suas economias planificadas e centralizadas. Na antiga Iugoslávia, apesar de uma rara administração descentralizada, da autonomia das províncias e de um sistema de planejamento urbano bastante sofisticado, não se conseguia equilibrar a demanda por habitação. Por causa desse déficit habitacional, pessoas menos qualificadas moram em habitações abaixo do padrão em assentamentos ilegais, situação que foi agravada pelo declínio da atividade rural e a conseqüente migração de famílias para a capital, Belgrado, o que provocou a ocupação de periferias rurais ou semi-rurais. Um desses assentamentos “selvagens”, Kaluderica, é o objeto deste artigo. O assentamento se desenvolveu a partir de uma vila já existente e foi tomando a forma das faixas de terra vendidas pelos camponeses. Apesar de a vila ser servida por transporte e haver comércio local, faltavam serviços como limpeza pública, deposição de dejetos, abastecimento d’água, pavimentação e esgotamento sanitário adequado. As casas, contudo, são sofisticadas em grande parte e com todas as instalações prontas, aguardando apenas a legalização do assentamento. Em algumas ruas, se relacionam bem umas com as outras, sendo a maioria em tijolo aparente. O acabamento final foi, em geral, entregue a um profissional e ocorreu depois de a casa já estar totalmente habitada. Muitas indicam a influência de modelos alemães, suíços ou austríacos e a influência vernacular aparece nas técnicas de alvenaria de tijolos, nos beirais, nas calhas e goteiras, no uso de entradas laterais e nos largos balcões. O agenciamento do espaço é, frequentemente, tradicional e camponês, com cama na cozinha, quarto de hóspedes, cômodo separado para guardar comida e espaço para a grande mesa usada em festividades. Embora o tijolo aparente dê certa uniformidade ao assentamento, a variedade de tipos de edificações é muito grande, bem como o nível e a qualidade da construção. A maioria, contudo, é de boa qualidade, com algumas que revelam a habilidade de um mestre pedreiro. Essa qualidade, inclusive no uso do concreto, é explicada pelo expressivo contingente de pessoas que se vinculou à construção civil com o boom de industrialização de Belgrado nos anos 1960. A construção e a conclusão da casa pode ser um processo longo, com o imóvel crescendo e sendo completado a partir das condições da família e das suas necessidades. Traços de consumismo e de desejo de ostentação aparecem em aspectos construtivos, especialmente nos gradis e portões de ferro que surgem como uma florescente manifestação de arte popular. Kaluderica é, para Oliver, um exemplo de autoconstrução de alto nível que mostra a possibilidade de se construir contemporaneamente com qualidade e com base na tradição vernacular.

Data do Preeenchimento: 
sábado, 11 Agosto, 2012 - 11:30
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
domingo, 31 Agosto, 2014 - 14:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Autor(es): 

Anete Araujo

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA

Referência bibliográfica: 
ARAUJO, Anete. “Arquitetura Vernacular”. In: 6B: Cadernos da Graduação – Faculdade de Arquitetura da UFBA. N. 01 (out. 2004). Salvador: EDUFBA, 2004. 
Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Anete Regis Castro de Araujo possui graduação em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia(1963), especialização em Building Conservation pela Architectural Association School Of Architecture(1979), mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia(1989) e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2003). Foi Professor adjunto 3 da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo. Atuando principalmente nos seguintes temas: Arquitetura moderna, Espaço doméstico, Salvador, Estudos culturais, 1930-1949 e Gênero. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/6619569106171679
Sumário obra: 
Apresentação 
Introdução 
Arquitetura Vernacular e Historiografia Algumas Questões Teóricas 
Uma Arquitetura sem Arquitetos 
Arquitetura Vernacular 
Aspectos Formais e Espaciais 
Construindo com Madeira, Argila e Palha 
A Arquitetura de Terra 
Pedra como Parede ou como Cobertura 
Habitações Escavadas 
Decoração 
Conclusão 
Resumo : 
A autora informa que o texto se baseia em apontamentos tomados em cursos de extensão sobre o tema focalizado, ministrados por Paul Oliver e Richard Harris na Architectural Association School of Architecture de Londres no começo dos anos 1980. Sobre o conceito de arquitetura vernacular, aponta a origem do termo “vernacular” em vernacheio – palavra latina que designa o escravo doméstico – e como, a partir daí, a expressão “arquitetura vernacular” foi definida como aquela “produzida em determinada região utilizando materiais aí disponíveis a partir de práticas construtivas adquiridas, no tempo, por uma comunidade” (p 10). Reconhece, contudo, a dificuldade de se encontrar um conceito que dê conta desse fenômeno devido ao descaso da historiografia da arquitetura para com o tema e à resistência dos profissionais desse campo quanto a considerar como arquitetura essa produção, em que pese a articulação, já feita pelos iluministas [vide Laugier], entre a construção primitiva e a própria essência da arquitetura. A autora discorda das denominações que definem essa arquitetura como “anônima” (porque muitas vezes seus produtores são conhecidos); “espontânea” (porque desconsidera seu enraizamento em tradições ancestrais); “indígena” (porque seus contatos são variados); “rural” (porque há exemplos próximos das condições sociais e econômicas urbanas); “primitiva” (porque a associa somente ao rudimentar, ao provisório e à falta de valor estético). Conclui que “arquitetura vernacular” seria a melhor expressão para uma produção que tem como traço comum ser feita sem arquitetos. Registra que nela inclui o que Amos Rapoport define como arquitetura primitiva, reconhecendo, entretanto, a necessidade de estabelecimento de distintas categorias em seu âmbito (p. 11- 18). Por fim, questiona a relação determinante que haveria entre forma e clima, materiais e sistemas construtivos, ressaltando, a partir de Rapoport e Lewis Mumford, a forma como decorrência de aspectos culturais, de visões cósmicas e de mundo específicas (p. 19). Sobre os aspectos formais e espaciais da arquitetura vernacular, a autora põe em relevo a grande variedade e diversidade existente neste campo, decorrentes de normas e práticas sociais também muito diferenciadas. Avalia que essa diversidade pode ser estuda a partir de várias abordagens que podem ser ligadas tanto à forma, como aos tipos de planta, material ou sistema construtivo. No restante do texto, analisa, do ponto de vista do agenciamento espacial interno e externo e do significado simbólico, várias produções vernaculares pertencentes a culturas e regiões distintas, considerando ainda os materiais empregados (madeira, argila e palha; terra e pedra), tipologias específicas, como as que utilizam a pedra como material de cobertura e as habitações escavadas no solo, e a decoração (p. 25-43).
Data do Preeenchimento: 
domingo, 29 Abril, 2012 - 15:45
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
domingo, 31 Agosto, 2014 - 15:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Paulo Iroquez Bertussi

Onde encontrar: 
Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Referência bibliográfica: 
BERTUSSI, Paulo Iroquez. “Italian (Brazil s)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World.Cambridge - UK: Cambridge University Press,1997, p. 1693-1694.
Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Paulo Iroquez Bertussi é, atualmente, profissional liberal e diretor da empresa Bertussi Design Industrial Ltda.
Informação obtida em: https://www.facebook.com/paulo.bertussi.
Resumo : 
O verbete informa que, durante o último quartel do século XIX, grande número de italianos imigrou do norte da Itália para o Brasil, Argentina e EUA. No Brasil, a maioria teria se localizado no nordeste do Rio Grande do Sul, buscando reproduzir suas tradições construtivas e modo de vida. As primeiras construções eram feitas de alvenaria, com a pedra basáltica abundante na região ou com tijolos artesanais. De início, as casas isoladas no campo eram construções imponentes e grandes para abrigar numerosos filhos. Com o tempo, contudo, o uso da madeira foi o que permitiu a criar a arquitetura que de fato expressa esse momento histórico da imigração. Seu surgimento e desenvolvimento estão ligados à cultura de vinhedos e à preparação doméstica do vinho. A abundância de araucárias foi decisiva nessa mudança. As primeiras casas eram compostas de apenas dois cômodos: cozinha com lareira e sala de jantar onde também se poderia dormir. Os dormitórios eram construídos noutra casa afastada cerca de 20 m, devido ao medo de incêndios. Com o surgimento dos fogões modernos, as cozinhas foram construídas mais próximas dos dormitórios e ligadas a esta edificação por passagem coberta. Em seguida, a cozinha tornou-se um anexo e, por fim, foi incorporada à edificação que contém os quartos de dormir. A casa rural típica tem três andares. O primeiro é parcialmente enterrado e abriga a adega, sendo feito de alvenaria de pedras ou de tijolos e com poucas janelas para manutenção da temperatura. Aí são estocados queijos, salsichas e grãos, além de ferramentas. O segundo pavimento é feito de madeira e tem um cômodo central utilizado como sala de jantar nos domingos e feriados, e outros alinhados em duas alas à esquerda e à direita da entrada principal. No sótão há mais quartos, destinados aos filhos e à estocagem de grãos e outros alimentos que necessitam de ambiente seco. A latrina é sempre construída bem afastada da casa. Os primeiros telhados eram bem inclinados e cobertos com tabuinhas de madeira, denominadas scandole no dialeto local. Depois foram usadas telhas cerâmicas e, por fim, telhas corrugadas de zinco. Portas e janelas eram totalmente em madeira e somente a partir dos anos de 1930 foram dotadas de caixilhos e vidro. A expansão da indústria madeireira foi responsável pela difusão das casas de madeira no meio rural e também urbano. Como as tintas não eram acessíveis, as casas eram sempre na cor natural da madeira. Depois a cal foi usada como tinta. Como não havia conhecimento sobre técnicas e produtos para conservação da madeira, as casas se deterioravam e acabaram sendo substituídas por casas de alvenaria. Ao lado disso, devido à falta de políticas de reflorestamento, as araucárias logo se esgotaram, tornando essas casas testemunhos do passado. O verbete finaliza mencionando o tombamento das casas de madeira de Antônio Prado, um dos últimos conjuntos remanescentes desse período. O verbete é ilustrado com foto de uma casa antiga de alvenaria de pedra.
Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 10 Dezembro, 2013 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
segunda-feira, 1 Setembro, 2014 - 12:15
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Bibliografia citada e recomendada:

BERTUSSI, Paulo Iroquez. “Elementos de Arquitetura da Imigração Italiana”. In: Arquitetura no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora Mercado Aberto, 1983.

BERTUSSI, Paulo Iroquez. “Arquitetura Aqui (1875-1950)”. In: Nós os Ítalos Gaúchos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1996.

POSENATO, Júlio. Arquitetura do Imigrante Italiano no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EDUCS, 1988

ISBN ou ISSN: 

Não consta. Número da ficha de catálogo da Biblioteca do Congresso: 69-14550

Autor(es): 

Amos Rapoport

Onde encontrar: 
Acervo dos Profs. Rodrigo Baeta Espinha e Marcia Sant’Anna. 
Referência bibliográfica: 

RAPOPORT, Amos. House, form and culture. New Jersey: Prentice-Hall Inc., 1969.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Amos Rapoport nasceu em 1929, em Varsóvia, Polônia. Ensinou na Universidade de Wisconsin, Milwaukee, até sua aposentadoria como Distinguished Professor da Escola de Arquitetura e Palnejamento Urbano. Ensinou também na Universidade de Melbourne; na Universidade de Sydney; Universidade da Califórnia, em Berkeley, e na UCL – University College London. Rapoport tornou-se mundialmente conhecido a partir do seu livro House, Form and Culture, de 1969 (ver ficha sobre esta obra), obra em que defende as raízes culturais da forma arquitetônica. Seu trabalho focalizou principalmente o papel das variáveis culturais e os estudos interculturais. Foi autor, editor e coeditor de vários livros e de mais de 200 artigos. A obra em exame foi publicada pela primeira vez em 1982. 
Sumário obra: 

Capítulo 1 – A natureza e definição do campo

Capítulo 2 – Teorias alternativas da forma da casa

Capítulo 3 – Fatores socioculturais e forma da casa

Capítulo 4 – Clima como fator de mudança

Capítulo 5 – Construção, materiais e tecnologia como fatores de mudança

Capítulo 6 – Um olhar sobre o presente.

Referências selecionadas

Índice

Resumo : 
A obra trata das relações entre a forma da habitação e a cultura das sociedades humanas. A tese de Rapoport é que os fatores socioculturais mais do que os climáticos, tecnológicos e construtivos são responsáveis pela forma que a casa adquire no âmbito de sociedades primitivas e vernaculares. Ancorado em sólida pesquisa bibliográfica e fartamente ilustrado é um dos estudos mais importantes e influentes sobre o tema, que ainda orienta conceitual e metodologicamente pesquisas contemporâneas neste campo. O livro propõe um esquema conceitual para a análise dos vários tipos e formas de casas e das forças que os afetam. O autor ressalta a importância desse tipo de estudo já que nos campos da arquitetura, da geografia cultural, da história, do planejamento urbano, da antropologia e da etnografia o tópico da moradia e do assentamento humano é tratado de modo secundário. As principais questões conceituais são tratadas no primeiro capítulo. O autor distingue dois tipos de arquitetura produzidos pelas sociedades em causa: a primitiva e a vernacular, esta última englobando uma vertente “pré-industrial” e uma “moderna”. A primitiva se refere à arquitetura das sociedades “tecnológica e economicamente pouco desenvolvidas”, mas correspondendo ao “uso da inteligência, da habilidade e dos recursos desses povos em toda sua extensão”. São sociedades sem grande grau de especialização e orientadas pela tradição, onde impera a relação próxima entre forma e cultura e a longa persistência dessas formas. O conhecimento necessário à construção de moradias nesse contexto é comum a todos os membros do grupo. As edificações vernaculares pré-industriais se distinguiriam das primitivas pela existência da figura do “construtor”. Neste contexto, a “forma aceita”, ou modelo, permanece e o processo de construção é baseado em ajustes ou variações, havendo, portanto, mais variabilidade individual. As sociedades que produzem esta arquitetura seriam “voltadas para a tradição” e as mudanças ocorreriam no marco de uma herança comum e de uma hierarquia de valores que se reflete nos tipos construídos. Rapoport questiona a existência do vernacular “moderno” já que surgiria em contextos de “perda” da tradição como instrumento regulador. Reconhece, contudo, a existência de um “idioma moderno folk”, baseado no “tipo”, encontrado nos motéis, lanchonetes, drive-ins e conjuntos habitacionais. Estas seriam formas projetadas “para” o gosto popular e não “pelo” povo, mas também demonstrariam valores compartilhados. Nesta tentativa de classificação e de delimitação do campo, Rapoport não leva em conta a transformação paulatina mesmo da mais humilde habitação em mercadoria no contexto capitalista e o impacto disso na perda das tradições construtivas, exceto, de passagem, quando trata do “vernacular moderno”. O estudo se concentra na habitação, pois o autor entende que a casa mostra mais claramente os vínculos entre forma e padrões de vida. Considera, entretanto, que outras tipologias também indicam essa relação como edifícios religiosos, moinhos, oficinas e outros ligados à “arqueologia industrial”. Construções provisórias, temporárias ou portáteis, como cabanas e tendas, podem também ser incluídas neste rol. Rapoport não pretende construir uma teoria geral e de validade universal, mas identificar e selecionar as características da casa que seriam mais universais, examinando-as em diferentes contextos para entender o que afeta sua forma individualmente e em conjunto. A partir de um exame minucioso dos mais distintos 
contextos, conclui que nem o clima, nem os materiais disponíveis, a tecnologia utilizada, o sítio físico, as necessidades de defesa ou a economia determinariam a forma da habitação. Esses aspectos seriam apenas “fatores de mudança”. A hipótese central de Rapoport é que a forma da casa, seu agenciamento interior, sua orientação e implantação, isolada ou em conjunto, não resultam desses fatores ou de nenhum outro fator isolado. Seriam, na realidade, consequência de toda uma gama de fatores sociais e culturais tomados no seu sentido mais amplo, já que a habitação é um fenômeno complexo que não permitiria uma única explicação. Entre esses fatores, destaca o modo como algumas “necessidades básicas” relativas ao conforto, ao preparo e consumo de alimentos, ao estar, ao sentar e ao mobiliário são definidas pelo grupo. Além desses, a estrutura da família, a posição da mulher, a noção de privacidade e o contato social. Nos capítulos 4 e 5, Rapoport avalia o clima, os materiais de construção, as técnicas construtivas e a tecnologia como fatores de mudança da forma da habitação. No primeiro caso, temperatura, umidade, vento, chuva, radiação e luz seriam variáveis passíveis de implicar respostas construtivas específicas, ressaltando-se que esta especificidade seria diretamente proporcional à “radicalidade” das condições climáticas. Observa, contudo, que condições climáticas iguais podem, a depender de condicionantes socioculturais, suscitar formas arquitetônicas distintas. A questão técnica e construtiva é abordada no capítulo 5 a partir de problemas universais como fechamento de espaços, proteção contra intempéries e ventos e à portabilidade, de como os povos os solucionam e as conseqüências dessas soluções na forma da casa. Observa-se que o processo de construção, a especialização e a cooperação tornam a forma mais complexa, e que materiais idênticos podem produzir formas distintas. Ressalta-se também que a escolha do material decorre da importância atribuída ao edifício, da moda, da tradição, de injunções religiosas, do prestígio e de valores atribuídos. Após o exame dos fatores de mudança, Rapoport conclui que a decisão sobre a forma da casa seria de fato tomada em bases socioculturais relacionadas ao modo de vida, aos valores compartilhados pelo grupo e à busca do “ambiente ideal” de cada cultura. Os temas da “arquitetura popular”, como arquitetura “feita para o povo” e do “vernacular moderno” são retomados no capítulo final, quando o autor registra o seu olhar sobre o presente. Aqui sua principal preocupação é avaliar se a abordagem conceitual que desenvolve para a arquitetura primitiva e vernacular se aplicaria ao contexto contemporâneo, o que responde positivamente já que nele permaneceriam as relações entre forma e cultura, inclusive nos assentamentos populares dos países em desenvolvimento. Para Rapoport, o principal problema contemporâneo seria um excesso de escolha e a articulação da habitação ao status, à moda e ao prestígio. O peso da mercantilização da construção, da moradia e do solo não faz parte de suas considerações. 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 4 Janeiro, 2013 - 16:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 16:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Há tradução em espanhol: RAPOPORT, Amos. Vivienda y Cultura. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, S.A., 1972. 

ISBN ou ISSN: 

1809-6298

Autor(es): 

Alfonso Ramírez Ponce

Referência bibliográfica: 

RAMÍREZ PONCE, Alfonso. Arquitetura regional e sustentável. Arquitextos, São Paulo, 08.095, Vitruvius, abr 2008.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Alfonso Ramírez Ponce é arquiteto e professor mexicano, especializado em construções de baixo custo com materiais tradicionais como o adobe, o bambu, mas, em especial, o tijolo cerâmico comum. Possui diversas obras construídas em toda a América Latina, assim como premiações. É professor de Teoria da Arquitetura e do Ateliê de Projeto e Construção na Facultad de Arquitectura da UNAM – Universidad Nacional Autónoma de Mexico e do Seminário Ateliê de Arquitetura e Tecnologia na Unidad de Posgrado. É professor visitante em Universidades em todo o mundo, como a Politécnica de Cataluña, Espanha; a Universidad Nacional de Tucumán, na Argentina, e a Universidade de Cambridge, entre outras. Autor dos livros Habitar... Uma Quimera e Un pensamiento que se habita, e co-autor de vários outros. 
Informações obtidas em: http://ramirezponcearquitecto.blogspot.com.br/ (acesso em 29.08.2014).
Sumário obra: 

Não se aplica. 

Resumo : 
Neste texto o autor discute o termo “sustentável” e se seria coerente utilizá-lo para a arquitetura ao lado ou no lugar dos termos “regional”, “indígena” e “vernacular”. Começa equiparando “arquitetura regional” e “arquitetura indígena”, definindo-as como arquiteturas que pertencem ao seu lugar, ou seja, que são originárias, próprias ou pertencentes a um lugar - inde (dali) e genus eris (origem, nascimento, raça). Segundo Ramirez Ponce, para que uma arquitetura possa ser assim considerada três aspectos devem ser observados: (1) o respeito à regionalidade cultural e social; (2) a adaptação das obras ao meio e (3) a forma e os materiais utilizados. Esta arquitetura estaria ainda dividida em dois tipos: uma autônoma ou vernacular e outra que o autor definie como “apropriada”. Esta última estaria sendo hoje também denominada de “arquitetura sustentável”, pois ao utilizar matérias primas locais e se aptar ao meio, cumpriria o requisito de utilizar materiais com baixo consumo de energia. O autor não considera, contudo, que o termo “arquitetura sustentável” seja o melhor, pois se articularia mais à idéia de firmeza e solidez do que à conservação do ambiente natural e ao uso racional e responsável dos seus recursos. Avalia, por fim, que o conceito de “arquitetura regional” ou “indígena” é mais amplo e contém tanto a idéia de arquitetura sustentável quanto a de arquitetura vernacular (ou a da arquitetura sem arquitetos). O termo regional ou indígena seria mais amplo e adequado porque implicaria a inclusão do fator econômico, da adaptação ao clima, à topografia e aos elementos existentes, naturais e artificiais, e à relação entre os espaços exteriores e interiores, com a conseqüente redução dos custos de construção, operação e manutenção.
 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 9 Novembro, 2011 - 16:00
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
sexta-feira, 29 Agosto, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Trata-se de pequeno texto com cerca de 2000 palavras disponível na internet.

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Lucia Mascaró

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

MASCARO, Lucia. “Guarani: house”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1693.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Lucia Elvira Alicia Raffo de Mascaró possui especialização em Low Cost Industrialized Housing pela Technical University of Denmark (1971), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1982), doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1990) e pós-doutorado pela Universidad Politécnica de Sevilla (1993). Atualmente é professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, consultora ad hoc da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Membro de corpo editorial da Cadernos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Membro de corpo editorial da Cuadernos de Laboratorio de Investigaciones del Territorio y el Ambiente, membro de corpo editorial da Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana e membro de corpo editorial da Cadernos de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (MACKENZIE. Impresso). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo. Atuando principalmente nos seguintes temas: construção civil, arquitetura, tecnologia. 
Informações extraídas de: http://lattes.cnpq.br/8009591331393512 
Resumo : 
O verbete trata da área de ocupação Guarani no oeste do Rio Grande do Sul e nordeste da Argentina, área pouco habitada e com aldeias e assentamentos esparsos. É acompanhado de ilustrações detalhadas sobre a casa Guarani e seu sistema construtivo, embora as ilustrações não correspondam plenamente à descrição. Informa-se que a aldeia Guarani localiza-se na floresta numa clareira. Seu ponto central é a casa da reza do pajé ou um espaço aberto para encontros do grupo. As demais casas são isoladas e dispersas na floresta em torno deste centro político e religioso. São construídas com bambu, folhas de palmeira e tábuas, materiais que são completamente diferentes daquelas de quem constrói em áreas sem árvores, onde há somente acesso ao barro. As paredes são construídas com pilares de madeira inseridos na terra, com armações de madeira entre eles e o vão das portas, estrutura que apoia a cumeeira. Entre quatro e seis bambus são fincados verticalmente no chão e três peças são colocadas horizontalmente entre esses apoios. Os espaços restantes são fechados com a costela da folha de palmeira, cascas e galhos. Esteiras de capim ou de folhas de palmeira são aplicadas sobre esta estrutura e o mesmo sistema é usado para revestir a cobertura. Costelas de folha de palmeira e esteiras também compõem a porta voltada para o norte, bem como uma grande esteira posta no interior serve de cama comunal. Uma lareira circular fica no lado oposto e caixas são usadas como assentos. Segundo a autora, o simbolismo arquitetônico se expressa na organização espacial e no uso do espaço, mas esse simbolismo não é explicitado assim como o ritual que precede a construção das casas. Por fim, a autora ressalta a preocupação ecológica e ritual embutida na construção Guarani, o que seria responsável pelo seu número e tamanho.
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 8 Dezembro, 2014 - 11:30
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
sábado, 2 Agosto, 2014 - 14:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

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