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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Palmeira dos Índios

ISBN ou ISSN: 

Não há esta informação

Autor(es): 

Thalita Lins do Nascimento e Maria Angélica da Silva

Onde encontrar: 

Acervo de Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 

NASCIMENTO, Thalita Lins do e SILVA, Maria Angélica da. A Memória Moderna e a Casa Popular na Contemporaneidade: possibilidades, permanências e devires. In: Anais do 5º Seminário DOCOMOMO N/NE. Fortaleza: Departamento de Arquitetura e Urbanismo/ UFC, 2014. 1 CD-ROM.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Thalita Lins do Nascimento tem graduação em Letras Português e suas Respectivas Literaturas pela UFAL (2011) e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Alagoas (2013). É atualmente Mestranda do Programa de Pós-Graduação Dinâmicas do Espaço Habitado (DEHA/FAU/UFAL), com dissertação iniciada em 2013 com o título atual de Arquitetura moderna e popular em Palmeira dos Índios, Alagoas, sob orientação da prof. Maria Angélica da Silva.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/9648548754862651

 

Maria Angélica da Silva é arquitetura e urbanista formada pela UFMG, possui mestrado em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (1998) e estágio de pós-doutoramento na Universidade de Évora em 2006 e 2009. É professora associada da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFAL e coordena o Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem desde 1998. Em 1991 publicou Arquitetura Moderna – a atitude alagoana 1950-1964, onde trata, entre outras coisas da arquitetura popular de feição modernista.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/0004923271744434

Sumário obra: 

Não se aplica

Resumo : 

O artigo, com fotos e croquis de perspectivas e plantas, parte do estudo da modernização das fachadas das casas de meia morada em duas pequenas cidades no agreste alagoano, Palmeira dos Índios e Quebrangulo. As casas de meia morada são uma tipologia da arquitetura popular do Nordeste, marcante ainda hoje nas cidades do interior desta região. Na tipologia colonial de urbanização com lotes uniformes, estreitos e compridos, chama-se meia morada aquelas edificações que, mais estreitas, possuem um número mínimo de portas e janelas com porta e corredor de acesso lateral. Muitas cidades do interior nordestino são simples arruamentos, compostos inteiramente com tais unidades geminadas. Nos anos 1950 e 60, Palmeira dos Índios e Quebrangulo receberam conjuntos habitacionais da DE/COHAB – AL, prédios públicos e residências em estilo modernista e cinemas, vistos como símbolos do progresso. As casas de meia morada, a partir de então, passaram por um processo de “modernização”, com mudanças apenas no sentido bidimensional das fachadas, geometrização dos elementos em argamassa e, no interior, preservando-se a planta original e seus usos. A fachada, ocultando por platibandas os telhados de duas águas (com cumeeira paralela à fachada frontal, em sua maioria, mas também com cumeeira perpendicular), opera como comunicação da modernidade. Os recursos se concentram na platibanda e na moldura das aberturas, por meio de mudanças de cor, revestimentos, material das esquadrias, entre outros. A autora encontra certas regras de composição. Inicialmente, a divisão da fachada em três partes: parte inferior, corpo e platibanda. Na platibanda concentram-se a maioria dos recursos plásticos, como azulejos, frisos horizontais e verticais, figuras geométricas, escalonamentos e recortes. Ali também se encontra o que popularmente se chama de “gigante”, elemento vertical central, de alvenaria ou argamassa, que ressalta a individualidade da moradia. No corpo da fachada, as aberturas e, em alguns casos, também os frisos, normalmente recebem apenas pintura. A parte inferior distingue-se, geralmente, pelo revestimento diferente – pedra, azulejo, cerâmica, chapisco - ou pela cor, como no gigante. A maior variação nos acabamentos ocorre na base ou na platibanda e, com isso, a “modernização” concorre para a personalização da residência. A planta é tradicional, com uma sala na entrada, dois ou três quartos em seqüência, a partir de um corredor estreito e, ao fundo a cozinha, o quintal e o banheiro, que fica do lado de fora, sendo depois incorporado ao bloco da casa. O quintal é um espaço fundamental, com o plantio de verduras, hortaliças, flores, espécies medicinais, milho e feijão; a criação de alguns animais para abate – galinhas e perus, e, para muitos, lugar de lembranças. Igualmente importante é a cozinha, onde destacam-se, ainda, utensílios tradicionais, como as panelas sempre postas à vista. A autora pesquisou casas cujos moradores são oriundos da zona rural, muitos idosos, e encontrou a vivência rural em algo preservada nas casas urbanas. Fundamental, ainda, são os hábitos comuns nordestinos do acúmulo de objetos afetivos nos outros cômodos, como retratos ao longo das paredes, e da presença símbolos religiosos, entre eles, altares domésticos com santos da casa, além dos presentes no quarto de dormir.

Data do Preeenchimento: 
quinta-feira, 20 Novembro, 2014 - 12:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
quinta-feira, 20 Novembro, 2014 - 12:45
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant’Anna

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