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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Paraná

ISBN ou ISSN: 

978-85-7216-677-5

Autor(es): 

Antônio Carlos Zani

Referência bibliográfica: 

ZANI, Antônio Carlos. Arquitetura em madeira. Londrina: Eduel, 2013. 397p.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Antonio Carlos Zani possui Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1998), Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído pela Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo (São Carlos) (1989) e Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Farias Brito (1979). Professor Adjunto A (concursado em 2007), no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina e Professor do curso de Especialização em Projeto Arquitetônico, Composição e Tecnologia do Ambiente Construído, tem experiência profissional em Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Projeto de Edificações. Pesquisador da arquitetura regional em madeira com quatro livros publicados e sete capítulos de livros. Recebeu 9 prêmios e/ou homenagens.
Informações extraídas de: http://lattes.cnpq.br/6202079701421498

Sumário obra: 

Introdução:

  1. Arquitetura em Madeira no Paraná

As Construções de araucária no Sul e Centro Sul do Paraná no final do século XIX e início do século XX
A Predominância da Arquitetura em Madeira do Norte do Paraná nas décadas de 1930 a 1950

  1. Cultura Arquitetônica Norte-Paranaense

Repertório Arquitetônico
Técnica e Sistema Construtivo

  1. A Arquitetura dos Edifícios em Madeira

Casas Urbanas de Londrina
Capelas
A marca dos imigrantes Japoneses
A marca dos imigrantes Alemães em Rolândia
Tulhas de Café
Serraria Curotto

Resumo : 

A obra trata da arquitetura em madeira produzida por migrantes e imigrantes no norte do Estado do Paraná, mais especificamente, do período que vai dos anos 1930 aos anos 1970. A colonização dessa região começou em 1920, com um projeto de cidades planejadas, composto de pequenas e médias propriedades rurais distantes até 20 km dos núcleos urbanos. Os imigrantes - em sua maioria italianos, alemães e japoneses - e os migrantes paulistas, mineiros e nordestinos, aproveitando a disponibilidade de madeira na região, a quantidade de carpinteiros no local e buscando satisfazer as suas necessidades, principalmente de moradia, mas também ligadas ao lazer e à religião, acabam por construir edifícios em madeira com soluções simples e com base nos princípios construtivos que cada indivíduo trazia de sua terra natal. As primeiras edificações erigidas foram provisórias, já que um desconto no valor do lote foi oferecido para aqueles que construíssem imediatamente as suas casas. Destacam-se três importantes momentos da ocupação dos imigrantes. O primeiro se inicia em 1930 e dura até meados de 1940. Ligado à representação da região como “Terra da Promissão”, tinha seus edifícios da zona rural e urbana em madeira, geralmente a peroba rosa, apresentando um caráter provisório e volumetria simplificada com pouco rigor estético. As exceções arquitetônicas estavam nos edifícios de imigrantes alemães e japoneses que possuíam tratamento plástico. O segundo momento, que vai dos anos 1940 ao final dos anos 60, se dá quando a região é caracterizada como “Eldorado”. A fusão dos saberes de migrantes e imigrantes unifica as técnicas e sistemas construtivos, gerando construções de caráter permanente e de alta qualidade plástica e construtiva. O terceiro momento, denominado “Fim do Eldorado”, corresponde aos anos 1970 e sinaliza a decadência da produção em madeira com qualidade e rigor, devido à escassez da matéria-prima na região. Analisando outras regiões do estado, como a sul e centro sul, nota-se que a ocupação data do século XIX, e que o material predominante era a madeira de pinho. No norte novo e na região noroeste (expansões da colonização do Norte) a ocupação se dá em 1960 e 1970 com predominância dos mesmos materiais e tipologia arquitetônica usada nas construções do norte. Já no oeste e no sudoeste, a arquitetura em madeira apresenta dois momentos: o primeiro, de 1930 a 1950, caracterizado pela expansão das serrarias do centro sul para exploração das matas de pinho, e, o segundo, nas décadas de 1960 e 1970, caracterizado pela exploração das terras para a agricultura. O autor considera importante analisar os aspectos compositivos das construções em madeira, ou seja, o volume e a superfície. O volume é determinado pelo conjunto arquitetônico: planta, telhado, varanda, porão (que usualmente servia de base) e a estrutura. No que concerne à superfície, há um destaque para o sistema vertical de tábua e mata-junta fixados com pregos, usado para vedação externa e interna e também destaque para os ornamentos rendilhados nos frontões, nas empenas e esquadrias. No último capítulo do livro, o autor destaca as casas urbanas de Londrina, construídas em madeira. Essas habitações possuíam quatro zonas básicas: estar, repouso, serviços e higiene. Na zona de estar, tem-se a varanda, o local de descanso, o hall de entrada, (espaços destacados pela rica presença de ornamentos), a sala, local de recepção e o local de acesso aos demais aposentos. A zona de repouso engloba dois ou três quartos, conectados entre si ou não, que se ligam à sala ou cozinha. A zona de serviço é o conjunto cozinha/área de serviço, podendo apresentar despensa. Essas áreas originalmente tinham mobília básica de materiais rústicos e, com a evolução dos equipamentos, sofreram alterações que reorganizaram os espaços e substituíram a madeira por alvenaria. A zona de higiene aparece como uma construção simples, de uma água, localizada no fundo do quintal com chuveiro, vaso e fossa. As casas possuem um programa simples de quatro plantas básicas, que podem sofrer variações e, assim, gerar variados tipos volumétricos. A ocupação do norte do Paraná foi pensada para que as cidades maiores funcionassem como suporte para as cidades rurais. Logo, pela grande distância e infraestrutura precária, foram construídos bairros rurais que atendessem às lavouras cafeeiras. Nesses bairros, as capelas, construídas em madeira, tinham um programa simples, com nave coberta por telhado de duas águas, altar e sacristia com telhados mais baixos. Mas, além disso, podiam apresentar mezanino, usado como coro e salão de festas e estruturas esportivas. A qualidade plástica dessas construções é dada a partir do programa, do partido e da composição das fachadas, com vedação de tábuas e mata-juntas, e pelo uso das cores. O sistema construtivo das capelas possui pórticos atirantados por cabos de aço e, ainda, uma viga horizontal chamada “estronca”, que fixa as tábuas de vedação. Os imigrantes japoneses construíram casas, kaikan (sede da associação), escolas e templos budistas. Nessas construções aplicaram elementos como o telhado irimoya, o guenkan (varanda ou hall de entrada elevado), e ornamentos como onigarawa (telha de ponta) e ranma (rendilhado). As casas urbanas adaptaram-se à planta padrão, volumetria e materiais usados, porém, o espaço interno e os ornamentos eram bem característicos, com um compartimento para banhos de imersão (ofurô) e símbolos no conjunto sala de estar/guenkan. Os imigrantes alemães se instalaram na região que é hoje o município de Rolândia, construindo escolas, clubes, hotéis e casas de comércio na zona urbana, além de sedes de fazendas cafeeiras na zona rural. A produção desses imigrantes marca o auge da arquitetura em madeira na região, destacando-se pelo tamanho e qualidades plásticas e construtivas já adaptadas ao modo de vida local. As residências se caracterizavam pelo uso do telhado em quatro águas, das tesouras atirantadas, do sótão, das janelas de canto, do peitoril com aparador, do revestimento interno formando parede dupla e pelo uso do mobiliário artesanal. As fazendas alemãs foram as mais representativas do período cafeeiro. A casa era implantada no espigão, permitindo o domínio da paisagem, e a colônia no fundo do vale, próxima a córregos. As tulhas e terreirões de café ficavam entre a sede e a colônia. O programa das sedes possui setor social, com salas e varandas, setor privado, com alas para os quartos, e setor de serviços. A técnica e o sistema construtivo são os mesmos das casas urbanas, com a diferença do emprego de tesouras atirantadas para viabilizar o sótão. A casa, monumental, divide as atividades em blocos distintos, com coberturas em águas inclinadas, conectados por varandas ou circulações e fachadas em tábuas de mata-junta. O programa das tulhas de café, segundo o tamanho e produção da propriedade rural, possuía espaços para estocagem, secagem, sistema de aeração natural e artificial. “O sistema estrutural é reforçado por uma trama de peças prismáticas, travadas externamente, através de sambladuras” (p. 357), podendo ser atirantadas por agulhas metálicas e vedação de tábuas e mata-junta na vertical, ou de tábuas macho e fêmea na horizontal. Desde o fim do século XIX até os anos 1970 houve grande ocorrência de construções em madeira em todo território paranaense, revelando uma cultura arquitetônica que aos poucos desaparece devido às demolições. Esse tipo de arquitetura sempre sofreu preconceitos, pois se acreditava que construções em madeira representavam atraso por ser um material barato e acessível. Leis restringiram esse tipo de construção desde 1905, como, por exemplo, em Curitiba, onde a construção de casas de madeira foi proibida nas ruas principais e, em seguida, em toda a região central da cidade.

Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 23 Agosto, 2016 - 12:45
Pesquisador Responsável: 

Estudantes: Gabriela Souza Cardoso Pinheiro, Larissa Maia e Zara Souza.

Data da revisão: 
quarta-feira, 28 Dezembro, 2016 - 12:45
Responsável pela Revisão: 

Denis Matos, Lais Souto Novaes, Daniel J. Mellado Paz

Autor(es): 

Jussara Valentini

Onde encontrar: 
Acervo dos Professores Luiz Antônio Fernandes Cardoso e Marcia Sant’Anna. 
Referência bibliográfica: 

VALENTINI, Jussara. A arquitetura do imigrante polonês na região de Curitiba. Curitiba: Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense, 1982.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Jussara Valentini é arquiteta formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1977, e Especialista em Conservação e Restauro pela Universidade Federal da Bahia (IV CECRE), 1982. Foi chefe da Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico da Coordenadoria do Patrimônio Cultural , na Secretaria da Cultura e do Esporte do Paraná e professora de Arquitetura Brasileira na faculdade de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Paraná. Atualmente encontra-se aposentada dessas atividades, mas desenvolvendo trabalhos relacionados à preservação do patrimônio cultural na AquiBrasil Arquitetura e Restauração.

Sumário obra: 
Apresentação 
Prefácio 
Contexto do trabalho 
Introdução 
I – Imigração no Paraná 
II – Imigração Polonesa na região de Curitiba 
III – A Arquitetura 
PROGRAMA E PARTIDO – SITEMA CONSTRUTIVO 
Estrutura de vedação 
Cobertura 
Escada, piso e forro 
Portas e janelas 
Pintura 
Práticas propiciatórias 
Referências 
Resumo : 
O trabalho de Jussara Valentini se insere em um projeto da Casa Romário Martins, do final dos anos de 1970, que visava consolidar um vasto referencial de pesquisas sobre a história de Curitiba, onde se reconhecia como prioritária a contribuição cultural dos imigrantes. O livro, assim como os outros dois então planejados (dedicados à arquitetura dos imigrantes Italianos e alemães), trata apenas da arquitetura residencial, visto ser esta a que melhor registra as características da vida dos “acolhidos pelo Novo Mundo”. Buscando assegurar uma visão mais global do seu objeto de estudo – as habitações do imigrante polonês –, o trabalho adotou como universo de pesquisa as antigas colônias nas quais os poloneses se instalaram no Paraná, constatando-se aí a existência de inúmeros exemplares arquitetônicos do final do século XIX que ainda guardavam suas características originais. Os exemplares selecionados para o estudo datam do período compreendido entre 1870 e 1880, época em que se iniciou a imigração de poloneses para a região de Curitiba. Não são feitas considerações teórico-conceituais acerca da eventual significação popular ou vernacular desta arquitetura. Contudo, deixa-se claro que, mesmo considerando que alguns exemplares se encontrem incorporados ao perímetro urbano da cidade de Curitiba, são habitações originalmente de caráter rural, relacionadas ao campo de atividades que viria a ser explorado pelo imigrante polonês: a agricultura. A análise dos diversos aspectos relacionados a essa arquitetura (programa, técnicas, elementos construtivos, etc.) tem os seus textos enriquecidos pela farta utilização de ilustrações, que compreendem peças gráficas (plantas baixas, cortes e detalhes construtivos) e fotográficas. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 4 Junho, 2014 - 12:30
Pesquisador Responsável: 

Luiz Antonio Fernandes Cardoso

Data da revisão: 
sábado, 12 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Humberto Tetsuya Yamaki

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

YAMAKI. Humberto “Japanese (Parana)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1694-1695.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Humberto Tetsuya Yamaki possui graduação em Arquitetura pela Universidade de São Paulo (1976), é Mestre (1981) e Doutor (1984) em Planejamento Ambiental pela Universidade de Osaka, Pós-Doutorado (1989) em Desenho Urbano pelo Joint Centre for Urban Design JCUD - Oxford Polytechnic. Professor Associado e Coordenador do Laboratório de Paisagem da Universidade Estadual de Londrina. Leciona na Pós Graduação em Geografia (Mestrado e Doutorado) e no Curso de Arquitetura e Urbanismo. Membro Titular do Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo e Geografia e atua nos seguintes temas: morfologia urbana, paisagem cultural e etnográfica e reabilitação da arquitetura imigrante. Bolsista PQ – CNPq. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/4677741821909670
Resumo : 
O verbete trata da arquitetura produzida por imigrantes japoneses no Paraná, a partir do processo de imigração iniciado em 1908. Desde então, surgiram assentamentos espontâneos e planejados de acordo com os princípios de organização de cada comunidade, mas, com a necessidade de ampliação das áreas de plantação, grandes assentamentos planejados por companhias de imigração japonesa foram implantados no Paraná nos anos de 1930. A arquitetura vernacular de Assaí, antigo assentamento de Três Barras, realizado pela BRATAC – Sociedade Colonizadora do Brasil, que foi construído entre 1930 e 1950, é o foco deste texto. Além de uma área central urbana, a área rural foi dividida em lotes de 25 ha ligados por uma rede de estradas. A arquitetura desse assentamento resulta da adaptação de modelos tradicionais japoneses adaptados às circunstâncias locais. Em substituição à cabana temporária inicial, as casas eram construídas por carpinteiros japoneses trazidos pela companhia para a construção de equipamentos públicos. Logo estes foram substituídos por locais que aprenderam o ofício. A casa reúne suas funções em torno de um pátio. As principais características do exterior são o enorme telhado de telhas cerâmicas e a grande varanda ornamentada. O telhado do tipo irimoya é a característica mais evidente da arquitetura japonesa e corresponde a uma cobertura de grande inclinação, que exige habilidades especiais em sua construção e, por vezes, pode resultar num intrincado volume de várias águas. Varandas dotadas de ornamentos e cobertas no mesmo estilo do telhado marcam a entrada principal. Diferentemente do Japão em que os ornamentos vazados têm função de cruzamento de ventilação, no Brasil sua função é apenas decorativa. Embora sejam sempre padrões geométricos, cada carpinteiro desenvolve sua linguagem ornamental. As telhas que cobrem a cumeeira e os espigões, chamadas onigawara, são cravejadas com argamassa onde são gravados padrões geométricos e simbólicos. Algumas casas exibem condutores de zinco cuidadosamente recortados com formas de flores e nós de pinheiros. A madeira é o material básico de construção, sendo a peroba a mais utilizada nas partes principais. Troncos eram usados nas fundações e o cedro para esquadrias. A planta da casa é, frequentemente, resultado da negociação entre o proprietário e o carpinteiro. Seja em forma de “L” ou “U”, é sempre semelhante e varia apenas quanto ao número e tamanho dos compartimentos. A planta em L tem um espaço central de estar com quatro quartos distribuídos simetricamente em torno. Além disso, completam a casa a cozinha e a varanda. Os compartimentos têm uso definido e inflexível. O teto é alto e mantem a temperatura em níveis razoáveis. Poço, banho (furô) e latrinas são construções independentes. Embora o piso de madeira seja elevado do solo, o costume de usar tatames e de retirar os sapatos não foi incorporado no Brasil. Os conceitos de cerimonial e de informal no uso do hall de entrada e do espaço de estar foi raramente utilizado. A vida social e diária se dava em torno da cozinha e outro aspecto significativo é a presença de altares budistas e xintó nas casas, às vezes no mesmo compartimento, mas em lugares estratégicos. O verbete é ilustrado com foto de uma casa do assentamento de Assaí. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 23 Abril, 2014 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Bibliografia recomendada:

MORSE, E. Japanese House and Their Surroundings. Tokyo: Charles E. Turde, 1977.

SAITO, H. “Habitação rural dos Japoneses nos Estados de São Paulo e Paraná”. Anais da II Reunião Brasileira de Antropologia. Salvador, 1957.

YAMAKI, Humberto. “O Ambiente Vivencial dos NIkkeys no Brasil”. Relatory of the Toyota Foundation Grant Program. Londrina-PR, 1996.

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Humberto Tetsuya Yamaki

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

YAMAKI. Humberto “Polish (Parana)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1696-1697.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Humberto Tetsuya Yamaki possui graduação em Arquitetura pela Universidade de São Paulo (1976), é Mestre (1981) e Doutor (1984) em Planejamento Ambiental pela Universidade de Osaka, Pós-Doutorado (1989) em Desenho Urbano pelo Joint Centre for Urban Design JCUD - Oxford Polytechnic. Professor Associado e Coordenador do Laboratório de Paisagem da Universidade Estadual de Londrina. Leciona na Pós Graduação em Geografia (Mestrado e Doutorado) e no Curso de Arquitetura e Urbanismo. Membro Titular do Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo e Geografia e atua nos seguintes temas: morfologia urbana, paisagem cultural e etnográfica e reabilitação da arquitetura imigrante. Bolsista PQ – CNPq. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/4677741821909670
Resumo : 
O verbete informa que a imigração de poloneses para o Paraná teve início em 1870 como resultado de um processo interno de migração a partir do estado vizinho de Santa Catarina. O assentamento no Paraná começou oficialmente em 1875 em torno dos núcleos urbanos emergentes, aliado à produção e ao suprimento de legumes. Por isso, muitos distam entre 3 e 20 Km da capital, Curitiba. Inicialmente, a arquitetura dos imigrantes poloneses correspondeu a cabanas de troncos, evoluindo depois para casas de madeira. Ambas retiveram, contudo, as características de distribuição espacial e aspecto geral e influenciaram as edificações da região de Curitiba que são chamadas de “Casas Polonesas”. As cabanas de tronco, usadas mais tarde principalmente como depósitos, são consideradas as geradoras dessa arquitetura de imigração. Possuem um exterior bastante rústico e são feitas com mão de obra local, sendo o principal material troncos pesados de pinho araucária. Essas cabanas possuem empenas e telhado em duas águas coberto com telhas planas, conhecidas como “telhas alemãs”. São térreas, mas possuem sótãos, e a entrada principal fica usualmente no lado maior. Este tipo de construção demanda trabalho coletivo de retirada, corte e acabamento das madeiras, além de competências específicas para que uma estrutura sólida seja obtida. Os troncos são colocados horizontalmente, mas no triângulo das empenas, as peças são colocadas na vertical. As frestas entre os troncos são preenchidas com barro. A planta retangular é comumente dividida em dois cômodos, um vestíbulo e um quarto, ficando o sótão destinado ao dormitório das crianças. As cozinhas ficam geralmente em um anexo ou são acrescentadas depois ao bloco principal. Algumas casas foram ampliadas com a adição de varandas ao longo do lado maior. O verbete é ilustrado com fotografia de uma casa polonesa de madeira. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 23 Abril, 2014 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Bibliografia recomendada:

VALENTINI, Jussara. A Arquitetura do Imigrante Polonês na Região de Curitiba. Curitiba: Instituto Histórico Geográfico e Etnográfico do Paraná, 1982.

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