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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

São Paulo

ISBN ou ISSN: 

978-85-88585-17-1

Autor(es): 

Lia Mayumi

Onde encontrar: 
Acervo da Profa. Mariely Santana 
Referência bibliográfica: 
MAYUMI, Lia. Taipa, canela-preta e concreto. São Paulo: Romano Guerra Editora, 2008. 
Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Lia Mayumi possui graduação em Arquitetura e Urbanismo (1982), mestrado em Arquitetura e Urbanismo (1999) e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2006), onde defendeu tese sobre a restauração de casas bandeiristas de São Paulo. Realizou aperfeiçoamento em Living Sciences pelo KYOTO PREFECTURAL UNIVERSITY SCHOOL OF LIVING SCIENCES (1992). Atualmente é arquiteta da Prefeitura Municipal de São Paulo. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em História e Teoria da Arquitetura, atuando, principalmente, nos seguintes temas: casas bandeiristas, arquitetura rural paulista, restauração arquitetônica e autenticidade, técnicas de restauração. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/2547696862082416
Sumário obra: 

Parte 1 

Introdução 

Capítulo 1 – A casa Bandeirista:abordagens históricas e arquitetônicas 

Capítulo 2 – A casa do Butantã 

Capítulo 3 – A casa do Caxingui 

Parte 2 

Capítulo 4 – Tempos de novidades e de experimentação 

Capítulo 5 – O sítio da Ressaca 

Capítulo 6 – A casa do Tatuapé 

Capítulo 7 – O Sítio Morrinhos 

Conclusão

Resumo : 
A publicação trata de um paradigma registrado nos processos de restauração de algumas casas bandeiristas, tombadas pelo Departamento do Patrimônio Histórico (PDH) da Secretaria Municipal de Cultura em São Paulo, e que está associado diretamente à técnica empregada na construção destas edificações, no caso, a taipa de pilão. De um lado, a proposta de estabilização dessas velhas construções com o uso de tecnologia contemporânea, especificamente o concreto armado, que se preocupa em manter visível e identificada a intervenção reparadora e, de outro, o interesse em aplicar novo revestimento às paredes após o emprego das inclusões de concreto armado, tendo em vista a recuperação da “singeleza chã das construções antigas”. As reflexões em torno dessa divergência de pensamentos e posturas relacionadas à restauração de monumentos arquitetônicos estão distribuídas em duas partes, subdivididas em sete capítulos, iniciados com uma visão geral das abordagens históricas e arquitetônicas da Casa Bandeirista, a qual é seguida por discussões de casos que complementam as considerações introdutórias. No primeiro capítulo da parte I, a autora analisa o processo de elaboração, desde 1937, da ideia de existência de um tipo residencial rural bandeirante, bem como apresenta a tese principal da pesquisa, segundo a qual o IPHAN instituiu, com suas obras da chamada “fase heróica” [dos anos 1930 e 60], um modelo de restauração das casas bandeiristas que se tornou um paradigma. Também neste capítulo, a autora se ocupa da análise da vitalidade desse paradigma até a década de 1990, quando se deu seu abandono em decorrência da adoção, por parte dos arquitetos e profissionais do campo da restauração arquitetônica, de teorias e conceitos diversos daqueles vigentes nas décadas anteriores. Ainda na parte I da publicação, a autora investe na particularização do tema, por meio da análise de duas casas bandeiristas, uma proposta que se estende e dá o tom das discussões da parte II, em que mais três edificações são analisadas. As casas selecionadas são minuciosamente examinadas, com foco na história de sua gênese, de sua transmissão patrimonial para a cidade de São Paulo e das intervenções físicas a que foram submetidas nos trabalhos de restauração. Neste último caso, foram analisados os aspectos técnicos e conceituais de cada intervenção. A intenção principal é a de compreendê-las individualmente e em conjunto, nos seus contextos histórico e ambiental, presentes e retrospectivos. A publicação, ao voltar-se para os procedimentos adotados nas restaurações de monumentos históricos e para os pensamentos que os movem, oferece uma contribuição inestimável à compreensão dos interesses, dificuldades e limites que caracterizam a atuação dos órgãos públicos que se ocupam da preservação do patrimônio histórico nacional. Embora centrada na questão da taipa de pilão, a discussão, dada à riqueza de perspectivas que inaugura, é útil para a análise da influência de outros elementos capazes de interferir diretamente nas propostas de restauração.
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 30 Maio, 2014 - 16:15
Pesquisador Responsável: 

Eugênio de Ávila Lins

Data da revisão: 
domingo, 31 Agosto, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Luiz Antônio Fernandes Cardoso

ISBN ou ISSN: 

85-99542-02-8

Autor(es): 

Antonio Luiz Dias de Andrade

Onde encontrar: 

Bibliotecas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Referência bibliográfica: 

ANDRADE,Antonio Luiz Dias de. "Aldeia de Carapicuiba". In: MORI,V.H.,SOUZA, M.C.S., BASTOS, R.L e GALLO, H. (orgs) Patrimônio: Atualizando o Debate. São Paulo: 9ª SR/IPHAN, 2006, p. 24-32.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Antonio Luiz Dias de Andrade (1948-1997) formou-se em Arquitetura na FAU-USP onde também realizou os cursos de mestrado e doutorado e atuou como professor a partir de 1976. Dirigiu a Superintendência do IPHAN em São Paulo de 1978 a 1994, atuando também no período como Conselheiro do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico Arquitetônico e Turístico de São Paulo – Condephaat. Pesquisador da arquitetura e das técnicas construtivas, especializou-se em restauração e conservação do patrimônio edificado, tendo realizado vários projetos e obras neste campo, além de publicado trabalhos relativos à preservação do patrimônio cultural e à arquitetura vernacular do Vale do Paraíba. Este artigo é uma reedição. 
Sumário obra: 

Não se aplica

Resumo : 
O estudo dialoga com antiga pesquisa realizada por Luis Saia, em 1938, sobre a Aldeia de Carapicuíba, localidade tombada pelo IPHAN que pertencente ao município de mesmo nome localizado na região metropolitana de São Paulo. Trata-se de estudo arquitetônico de caráter tipológico que contém também uma abordagem histórica e de cunho etnográfico, neste último aspecto, influenciada pelo estudo de Pierre Bourdieu sobre a casa Cabila e pelos de Carlos Lemos relativos ao uso social dos espaços na arquitetura tradicional brasileira. Contém ainda interessante documentação gráfica e fotográfica sobre a arquitetura popular produzida no local. O estudo objetiva mostrar como transformações econômicas, sociais e culturais impactam o espaço arquitetônico e urbano, podendo ser “lidas” através dos traços e estratos que deixam nesses espaços. A Aldeia de Carapicuíba foi escolhida como objeto de estudo por ser o único exemplo de aldeamento jesuítico que manteve por mais tempo padrões pré-estabelecidos de organização social e por existirem dados acessíveis relativos à natureza das atividades aí desenvolvidas. O autor inicia o texto descrevendo a implantação espacial e a situação atual do assentamento, ressaltando a permanência do partido jesuítico baseado na grande praça central circundada por habitações – o terreiro –, tendo em um dos lados, em posição de destaque, a capela. Descreve também as novas ocupações em torno deste núcleo, tanto no que toca às atividades produtivas como habitacionais. Assinala que embora as habitações sejam externamente semelhantes, dois tipos distintos de organização interna prevalecem a despeito da adoção comum da estrutura independente de madeira com vedações de taipa ou pau-a-pique: um que denomina de “erudito” e que identifica como decorrente de uma interpretação popular da casa típica do século XIX, organizada ao longo de um corredor central com distribuição clara de funções; e outro que caracteriza como simples justaposição de cômodos, sem evidência de “plano racional” de organização. Outros traços comuns das casas do terreiro seriam o partido que se acomoda à declividade do terreno e as coberturas em duas águas com cumeeira paralela à testada do lote. O autor comenta ainda o uso dos quintais como locais de serviço domésticos, preparação de alimentos, pequenos cultivos e criação de animais. Sobre as casas de construção mais recente, localizadas em loteamentos próximos do núcleo inicial, ressalta o padrão de implantação distinto do tradicional e caracterizado por cortes no terreno; a organização interna que tem como traço distintivo a sobreposição de funções; e o emprego de sistemas construtivos e materiais de construção variados como alvenaria de tijolos, blocos de concreto, folhas de zinco, placas de fibrocimento e lajes pré-moldadas. Por fim, são descritos os dois tipos de casas isoladas existentes em torno do núcleo central: as casas menores e mais antigas que não diferem das existentes no terreiro da aldeia e as casas maiores construídas mais recentemente em lotes maiores para lazer e recreio. O estudo conclui que a partir de um agenciamento padrão mais antigo, os espaços internos das habitações foram sendo reorganizados conforme as novas ordens sociais que surgem, as diferenças culturais e as disponibilidades econômicas. 
Data do Preeenchimento: 
quinta-feira, 6 Março, 2014 - 13:00
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
sábado, 30 Agosto, 2014 - 13:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Bibliografia indicada:

BOURDIEU, Pierre. La Maison Kabile ou Le Monde Renversé. In: Echanges et communications – Mélanges offerts à C. Lévi-Strauss l’occasion de son 60e nniversaire.

Paris/La Haye: Mouton, 1970, p. 739-758. 
 
LEMOS, Carlos. Pesquisas sobre habitação popular – 1964-1965. São Paulo: FAU/USP, 1976.

SAIA, Luis. Aldeia de Carapicuíba – original datilografado, 1938.

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