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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Da Perenidade do Transitório

ISBN ou ISSN: 

0101-1766

Autor(es): 

Günter Weimer

Onde encontrar: 

Acervo Prof. Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 

WEIMER, Günter. Da Perenidade do Transitório. In: Projeto - revista brasileira de arquitetura, planejamento, desenho industrial e construção, n.75, maio 1985. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda, p.63-66. 

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Günter Weimer é arquiteto, graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1963), mestre em História da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1981) e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1990). Atualmente é professor convidado do Programa de Pós-graduação em Urbanismo (PROPUR) da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura popular, história da arquitetura, imigração alemã, açorianos no Brasil e Rio Grande do Sul. 
Resumo : 
O artigo corresponde a reflexões do autor a partir de estadia de férias em vila de pescadores da Ilha de Itaparica, na Bahia. No texto, realiza um contraponto constante entre Itaparica e Salvador, que fica do outro lado da Baía de Todos os Santos, associando essas localidades, alternadamente, a diferentes tipos de permanência e transitoriedade. Se as construções modernas são feitas em aço e concreto, materiais que lhes confeririam perenidade, muitas são demolidas. Em contrapartida, muitos barracos de palha e barro revelam longevidade tipológica e construtiva. Weimer afirma que as moradias e o seu arranjo na vila visitada seriam similares às construções do litoral da Costa do Marfim, a partir da comparação de fotos de Itaparica com ilustrações da obra de Bardou e Arzoumanian, Arquiteturas de Adobe(Gustavo Gili, 1979). A vila se compõe de casas alinhadas em uma linha paralela ao mar, com uma rua principal, sem pavimentação, definida pelas casas dispostas irregularmente. A ligação da rua interna com o areal se dá por travessas estreitas ao longo da fileira de casas. Os espaços públicos são como “salas de estar” da vila, à maneira do espaço comunal das aldeias ancestrais. Tipologicamente, as casas são estreitas e longas, perpendiculares à praia, aproveitando, ao máximo, o vento marinho. Um corredor longitudinal se mantém sempre aberto, enquanto os demais cômodos, dispostos ao longo deste, são ventilados por cima já que as paredes não chegam até a cobertura, com exceção da central, e os cômodos não possuem forro. Este espaço superior serve de canal de ventilação. Construtivamente, as casas baianas são marcadas por cunhais roliços, fincados no chão, com esteios intermediários marcando portas e janelas, e paredes constituídas de uma trama ortogonal de galhos mais finos, suportando vedação em taipa de mão. O telhado de duas águas, cuja cumeeira é sustentada por uma parede central, tinha cobertura de folhas de palmeira, a qual foi substituída por telha canal e, mais recentemente, por telhas de fibrocimento. As casas são construídas coletivamente, em regime de adjutório (mutirão). Para Weimer, as construções estão perfeitamente adaptadas às condições climáticas e, por meio de adaptações paulatinas e localizadas às novas técnicas e condições, logram manter o fundamental, que é a vida comunitária aldeã. 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 7 Junho, 2013 - 12:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
segunda-feira, 23 Junho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna