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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Forma urbana

Autor(es): 

Jaqueline Tyrwhitt

Onde encontrar: 

Acervo da Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA 

Referência bibliográfica: 

TYRWHITT, Jaqueline. Chios. In LEWIS, Davis (org.). La Ciudad: problemas de diseño y estructura. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1968.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Mary Jaqueline Tyrwhitt (1905-1983) foi uma arquiteta, paisagista e planejadora urbana anglo-grega, além de jornalista e educadora. Foi Professora da Graduate School of Design no Department of City Planning and Landscape Architecture, da Universidade Harvard, por muitos anos até sua aposentadoria. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu, por sete anos, como Diretora de Pesquisa e de Estudos da School of Planning and Research for Regional Development. A partir de 1941 trabalhou junto à Association for Planning and Regional Reconstruction no mapeamento de estatísticas sociais e no planejamento da reconstrução pós-guerra. A partir de 1951, mudou-se para o Canadá onde lecionou na School of Graduate Studies, de Toronto, para as Nações Unidas na Índia, entre 1953-54, até assumir sua posição na Universidde Harvard. Mudou-se para a Grécia quando de sua aposentadoria, em 1969, onde foi nomeada editora do jornal Ekistics, publicado pelo arquiteto Constantine Doxiades. Tyrwhitt é reconhecida como uma participante direta do grupo de pessoas que formatou o Movimento Moderno no pós-guerra. Forjou uma síntese altamente influente entre o bio-regionalismo regionalismo de Patrick Geddes e o modernismo europeu, participando do Mars Group, a facção britânica dos CIAM. A autora teria ainda desempenhado um papel importante na revitalização de uma rede de estudiosos preocupados com uma abordagem humanística e ecológica para o planejamento urbano e regional no pós-guerra, conectando Ocidente e Oriente. 
Resumo : 
O texto é a apresentação de um estudo sobre quatro aldeias na ilha egéia de Chios, as mais conservadas dentre as que são fortificadas: Mesta, Olympoi, Pirghi e Kalamoti. Interessariam para a opinião moderna por três aspectos: seu caráter “megaestrutural” e flexível, sua diferenciação de usos nos vários níveis e a singularidade de seus centros comunais. A forma urbana e a estrutura de cada unidade seriam indissolúveis. A unidade global é dada pela grossa muralha de pedra, que é, por sua vez, parte do sistema estrutural unitário das aldeias, totalmente baseado em abóbadas de berço contíguas. O sistema estrutural determina a largura máxima de cada construção, de no máximo 5 metros, mas não sua profundidade, que varia entre 12 e 30 metros. As alturas e larguras são invariáveis, asseguradas pela tradição e situadas na escala humana. As abóbadas de berço geram unidades de planta retangular, alinhadas ortogonalmente ou paralelas, em alguns casos, às ruas retilíneas das aldeias. Esse resultado seria mais nítido em Kalamoti. A aldeia, uma grande construção compacta, é dividida funcionalmente em seus pavimentos. O nível térreo é usado como depósito oucomércio, enquanto as moradias ficam ao nível superior, irradiadas a partir de um pátio aberto, avançando e cobrindo as ruas, ainda dentro do mesmo sistema de abóbadas. Devido ao sistema construtivo, as paredes de cada nível não necessitam coincidir com as dos demais, o que raras vezes ocorre. Os terraços planos são interligados, servindo desde aos varais e jogos das crianças, até o refrescar-se à noite e, algo característico, para a fuga dos habitantes e refúgio na torre alta, a fortaleza em épocas de crise. Tal fortaleza, hoje centro comunal, distingue-se do restante da aldeia e destaca-se da continuidade construída por uma área livre ao seu redor, plenamente iluminada e contrastando com a penumbra reinante. A forma atual das aldeias é resultado do mandato genovês sobre a ilha, quando as construções de madeira foram eliminadas em favor do uso da pedra, a muralha foi adotada e a torre alta empregada contra as incursões de piratas sarracenos. O sistema construtivo parece ser de grande antiguidade e a distribuição funcional dos pisos é comum em outras áreas do Egeu, o que a autora atribui a razões climáticas: brisas mais constantes na parte superior. Aponta ainda a similaridade tipológica com núcleos pré-históricos em estudos arqueológicos da área do mediterrâneo, como Chatal-Huyuk (atual Turquia) e Beersheba (atual Israel). Considera, portanto, as aldeias de Chios como síntese entre formas remotas de vida, tradições construtivas e idéias renascentistas.
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 21 Maio, 2012 - 17:00
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
terça-feira, 24 Junho, 2014 - 11:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Raymond Gindroz

Onde encontrar: 
Acervo da Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA
 
Referência bibliográfica: 

GINDROZ, Raymond. Analisis del ordenamiento visual en los ambientes urbanos: lo monumental frente a lo popular. In LEWIS, Davis (org.). La Ciudad: problemas de diseño y estructura. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1968.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Raymond Leroy Gindroz (1940), americano de Nova Iorque, graduou-se em Arquitetura pelo Carnegie Institute of Technologye, em 1963, onde também obteve o mestrado em Arquitetura e Desenho Urbano em 1965. Foi um dos fundadores do Urban Design Associates, em 1966, e professor assistente do Departamento de Arquitetura da Universidade Yale (1968-1988) e continua a dar cursos especializados para universidades e fundações, como Prince's Foundation for the Built Environment, em Londres, Hampton University, na Virginia, e McGill University, em Montreal. É autor de dois livros sobre desenho urbano "The Urban Design Handbook (Norton Books, 2003) e The Architectural Pattern Book (Norton Books, 2005), além de diversos artigos como o comentado nesta ficha. 
Informações obtidas em: 
 
Resumo : 
O trabalho baseia-se na premissa do ordenamento das estruturas visuais da urbe para fins de inteligibilidade, perguntando-se o quanto a mobilidade, social e física, do indivíduo depende da capacidade de interpretar o ambiente construído. Para tanto, o autor estabelece o binômio “popular/monumental”. O “popular” refere-se às estruturas criadas por indivíduos em sociedades não-especializadas, com métodos e formas tradicionais e para resolver problemas imediatos do abrigo. O “monumental”, por sua vez, seria típico de sociedades mais sofisticadas, onde um construtor-escultor especializado é o responsável por ambientes visuais representativos do poder da sociedade. Seriam, assim, opostos extremos na escala do ordenamento visual. A pesquisa, realizada com patrocínio da Fullbright Comission e com a colaboração do psicólogo e cinegrafista Jay Greenfield, produziu uma abundância de fotos, croquis e notações gráficas específicas e se deu em duas etapas. A primeira constou de um estudo do modo de percepção do trajeto e a segunda, da comprovação das análises por meio de entrevistas. No estudo do monumental, em torno da Piazza di San Pietro, contudo, apesar de observações acuradas, não há indicação do espectador em movimento. No das estruturas populares, por sua vez, não se examina a organização em larga escala, mas sim a agregação de refúgios individuais como produtos da necessidade imediata e do material disponível. Há um mínimo de ruas examinadas e o conjunto é labiríntico e impossível de se perceber de uma só vez. Os exemplos de povoados gregos e da Itália meridional mostram a rua como lugar de vida comunitária e mesmo de funções privativas das famílias, com transições complexas e ambíguas entre o público e o privado. Gindroz observa, contudo, que os dois extremos se relacionam. No medievo, registra-se a transformação do monumental em popular, a partir de castelos e templos, e se conhece a monumentalização de espaços populares, tanto com ampliações como pelo aproveitamento de alargamentos de ruas, onde o espaço é percebido. O estudo mais exaustivo dessa pesquisa se deu na comuna de Zagarolo, na Itália. Concluiu-se, a partir da análise do seu Corso (via principal), que o monumental pode não ser de imediata apreensão, mas configura-se no transcurso do tempo, pela sucessão de praças e edifícios. As entrevistas revelaram consenso nos elementos da estrutura visual do Corso, concluindo-se que, no espaço monumental, são estes que ordenam a percepção do indivíduo. No estudo das ruas transversais a este Corso – onde se vive mais do que se transita -, revelou-se que não houve problemas na identificação do espaço, mas essa preensão se deu por elementos distintos. O que definiria a estrutura popular, portanto, não seria sua pequena escala ou ainda a produção ou uso individualizados. Esta seria definida por sua percepção individualizada, onde, dentro de certos limites, o próprio indivíduo ordena a percepção do espaço. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 23 Maio, 2012 - 12:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
segunda-feira, 23 Junho, 2014 - 12:45
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

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