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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Pré-história

ISBN ou ISSN: 

978-85-78-0112-3

Autor(es): 

Eliade Mircea

Onde encontrar: 

Disponível em livrarias.

Referência bibliográfica: 

ELIADE, Mircea. História das Crenças e das Ideias Religiosas, Volume I: da Idade da Pedra aos mistérios de Elêusis. Tradução Roberto Cortes de Lacerda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Mircea Eliade (1907-1889), nascido na Romênia foi um dos mais importantes historiadores contemporâneos da religião e também um filósofo, escritor de ficção e professor da Universidade de Chicago, sendo conhecido mundialmente por sua vasta erudição. O título original da obra é Histoire des croyances et des idées religieuses, primeira edição francesa de 1976 publicada pela editora Payot, de Paris.

Sumário obra: 

Prefácio

  1. No começo... Comportamentos mágico-religiosos dos paleantropídeos.

  2. A mais longa revolução: a descoberta da agricultura – mesolítico e neolítico

  3. As religiões mesopotâmicas

  4. Ideais religiosas e crises políticas no antigo Egito

  5. Megálitos, templos, centros cerimoniais: Ocidente, Mediterrâneo, vale do Indo

  6. As religiões dos hititas e dos cananeus

  7. “Quando Israel era menino...”

  8. A religião dos indo-europeus e os deuses védicos

  9. A Índia antes de Gautama Buda: do sacrifício cósmico à suprema identidade atman-Brahman.

  10. Zeus e a religião grega

  11. Os olímpicos e os heróis

  12. Os mistérios de Elêusis

  13. Zaratustra e a religião iraniana

  14.  A religião de Israel na época dos reis e dos profetas

  15.  Dioniso ou o reencontro das beatitudes.

Resumo : 
As informações sobre a arquitetura primitiva e seu significado religioso se encontram principalmente nos capítulos II e V desta obra. Discorrendo sobre o pensamento mágico e religioso no neolítico, Eliade mostra que o papel preponderante desempenhado pela mulher na domesticação de plantas e a solidariedade mística que se estabeleceu entre o homem e a vegetação colocaram a mulher e a sacralidade feminina em primeiro plano, realçando sua posição social e o estabelecimento de instituições como a matrilocação, ou seja, a obrigatoriedade de que o marido habitasse a casa da esposa. Foram as culturas agrícolas que estabeleceram as religiões cósmicas, que implicam a renovação periódica do mundo, e as valorizações religiosas do espaço, especialmente o da aldeia e o da habitação, que se tornaram, assim, “centros do mundo” ou lugares consagrados que permitem a comunicação com os deuses. Eliade reconstitui o simbolismo associado à casa neolítica a partir da cultura Yang-chao da China. Este povo construiu casas circulares com aproximadamente 5 m de diâmetro, com telhado armado por vigas em torno de uma cavidade central que servia de lareira, possivelmente, dotado de uma abertura para saída da fumaça. Essa abertura e o pilar central de sustentação são associados à cavidade do céu ou ao pilar do mundo, o que faz com que a casa seja uma imago mundi (ou imagem do mundo) que atesta o desenvolvimento do simbolismo cosmológico da arquitetura. No capítulo II, Eliade observa ainda que a “civilização européia arcaica” se desenvolveu numa “direção original” que a distingue das culturas do Oriente Próximo e da própria Europa Central e Setentrional. Entre 6.500 e 5.300 a. C. ocorreu na península balcânica um importante “surto religioso” que correspondeu ao surgimento de aldeias defendidas por fossos e muros com até 1000 habitantes, dotadas de altares e santuários que atestam uma religião desenvolvida, com indícios do culto ao pilar sagrado como símbolo do eixo do mundo. Tratando do surgimento da história e da religião na Mesopotâmia no capítulo III, o autor ressalta a crença de que os templos, palácios e as cidades dessa região, inclusive Babilônia, teriam obedecido em sua construção a modelos divinos, os quais foram comunicados aos soberanos. Ao discorrer sobre o Egito, enfatiza a correspondência da arquitetura com a simbologia religiosa mostrando como os santuários dedicados a Aton, em Tell-el-Amarna, para se diferenciaram dos de Amon, não tinham teto, podendo a divindade ser adorada em toda sua glória. Mas o capítulo mais importante para a identificação do simbolismo religioso da arquitetura do neolítico é o V, que trata do complexo megalítico que se estende do litoral mediterrâneo da Espanha e de Portugal e vai até a costa meridional da Suécia, passando pela França, pela costa oeste da Inglaterra, pela Irlanda e Dinamarca. Mostra que esse complexo é composto de três tipos de construção: o menir enterrado verticalmente no chão; o conjunto de menires dispostos em círculo, semicírculo ou em filas paralelas – o cromlech – e o dólmen, constituído por imensa laje sustentada por pedras que compõem um recinto ou câmara. Estes últimos teriam sido sepulturas ou “aldeias mortuárias”, por vezes cobertas por montes de terra e dotadas de pilar central, que tinham a clara intenção de prover uma “moradia” sólida e de duração infinita para os mortos, em contraste com as moradias efêmeras dos vivos. Eliade considera possível interpretar essas construções megalíticas como expressões de um culto que via na morte a possibilidade de se alcançar força e perenidade, já que a vida humana era tão efêmera. Ou seja, seriam a expressão arquitetônica da crença na sobrevivência da alma, no poder dos antepassados e na sua capacidade de proteger os vivos. Mas observa que alguns menires foram erigidos independentemente de sepulturas e que teriam funcionado também como representações ou “substitutos” de corpos, incorporando almas de mortos. Por isso, alguns são ornados com figuras humanas. Já os cromlech teriam sido centros cerimoniais importantes, a exemplo de Stonehenge que se encontra no centro de um campo de túmulos funerários e teria servido para assegurar as relações com os antepassados. Os sítios dos megálitos teriam sido também centros de atividade social. Eliade reconhece, contudo, que os primeiros sinais de vida religiosa foram dados pelas grutas e cavernas e remontam ao paleolítico. Além de habitação e cemitério, a caverna foi também o templo primitivo, ao qual se tinha acesso, muitas vezes, por meio de túneis estreitos e difíceis que resguardavam o lugar sagrado e, ao mesmo tempo, davam lugar ao percurso que correspondia a uma espécie de ritual iniciático. 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 13 Julho, 2012 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
terça-feira, 1 Julho, 2014 - 12:15
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

ISBN ou ISSN: 

8528000176

Autor(es): 

Paulo Iroquez Bertussi

Onde encontrar: 
Biblioteca da Faculdade de Arquitetura - UFBA        
Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia - IPAC
Referência bibliográfica: 

BERTUSSI, Paulo Iroquez; WEIMER, Gunter(org.). A arquitetura no Rio Grande do Sul. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Günter Weimer é arquiteto, graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1963), mestre em História da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1981) e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1990). Atualmente é professor convidado do Programa de Pós-graduação em Urbanismo (PROPUR) da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura popular, história da arquitetura, imigração alemã, açorianos no Brasil e Rio Grande do Sul. A obra é uma coletânea de artigos de vários estudiosos gaúchos sobre a arquitetura produzida no Rio Grande do Sul, com foco em seus aspectos étnicos e vernaculares. A primeira edição é de 1983. 
Informações sobre o autor obtidas em: http://lattes.cnpq.br/9294112826574839
 
Não foram encontradas informações sobre Paulo Iroquez Bertussi. 
Sumário obra: 

Apresentação

A habitação subterrânea: Uma adaptação ecológica (Fernando La Salvia)

O espaço urbano a arquitetura e produzidos pelos Sete Povos das Missões (Júlio Nicolau Barros de Curtis)

Arquitetura luso brasileira (Francisco Riopardense de Macedo)

A arquitetura rural da imigração alemã (Gunter Wimer)

Elementos de arquitetura da imigração italiana (Paulo Iroquez Bertussi)

Estruturas sociais gaúchas e arquitetura (Gunter Weimer)

Arquitetura moderna (Nelson Souza)

Arquitetura espontânea no Rio Grande do Sul (Geraldo Mário Rohde)

 

Resumo : 
O primeiro texto dessa coletânea, “A habitação subterrânea: Uma adaptação ecológica”, de Fernando La Salvia, discorre sobre as habitações subterrâneas e semi-subterrâneas produzidas na pré-história no Nordeste do planalto gaúcho, na região de colonização italiana. Analisa parâmetros como meio ambiente, histórico da ocupação humana, além de descrever os materiais utilizados, as técnicas construtivas e as tipologias, ilustrando com plantas e cortes. Júlio Nicolau Barros de Curtis analisa no segundo artigo desta obra, “O espaço urbano e arquitetura produzidos pelos Sete Povos das Missões”, o assentamento missioneiro e a produção arquitetônica no fim do século XVII e no decorrer do século XVIII, caracterizada pela utilização de materiais locais e pela escolha de regiões estratégicas para sobrevivência, com foco na análise das igrejas. O terceiro capítulo “Arquitetura luso brasileira”, de Francisco Riopardense de Macedo, aborda a produção arquitetônica desde o século XVIII e analisa as fortificações, quarteis, residências, igrejas, estâncias e charqueadas, apresentando plantas e ilustrações e descrevendo as tipologias, materiais e técnicas construtivas. O artigo “A arquitetura rural da imigração alemã”, de Günter Weimer, é um resumo da sua dissertação de mestrado. O autor faz, inicialmente, um breve histórico da vinda dos imigrantes alemães para o Brasil e tece considerações acerca da organização das cidades e condições climáticas. Analisa também as tipologias das aldeias gaúchas e dos seus edifícios e discorre sobre a evolução da arquitetura rural na Alemanha e seu partido arquitetônico; sobre a organização social da picada teuto-gaúcha e das propriedades rurais – fortemente influenciadas pelo contexto sócio econômico e geográfico. O autor ainda aborda os detalhes da arquitetura da casa do imigrante e das colônias isoladas, ilustrando essa abordagem com fotografias. Paulo Iroquez Bertussi é o autor do artigo “Elementos de arquitetura da imigração italiana” no qual resume um estudo mais amplo que abrange outros elementos culturais além da arquitetura. Aborda a arquitetura desenvolvida de 1875 a 1950, analisando o traçado estabelecido para as colônias, o modo de ocupação do lote rural, os materiais e técnicas construtivas como também a organização social dos assentamentos. Apresenta fotos e mapas ilustrativos. O sexto texto, “Estruturas sociais gaúchas e arquitetura”, de Günter Weimer, questiona a relação entre a luta de classes e materialização da obra arquitetônica, analisando o período imperial e o republicano até antes da II Guerra Mundial. Nelson Souza, em “Arquitetura moderna”, objetiva apontar alguns elementos teóricos para fundamentar a análise crítica da arquitetura moderna no Rio Grande do Sul. Por fim, o oitavo artigo, “Arquitetura espontânea no Rio Grande do Sul”, de Geraldo Mário Rohde, se dedica, inicialmente, a apresentar e comparar os conceitos de arquitetura erudita, espontânea e kitsch, analisando, em seguida, a distribuição histórica e geográfica da arquitetura “espontânea” – termo que utiliza para designar a arquitetura popular – no Rio Grande do Sul, ressaltando suas tipologias e defendendo a importância dessa arquitetura como patrimônio e base para a solução do problema de moradia no mundo. Apresenta fotos ilustrativas. 
Data do Preeenchimento: 
sábado, 23 Fevereiro, 2013 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Estudante voluntária: Sarah Diana Frota

Data da revisão: 
sábado, 12 Julho, 2014 - 12:15
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

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