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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Açorianos

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Francisco Riopardense de Macedo

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

MACEDO, Francisco Riopardense de. “Azorean: Immigrant (Brasil, S)” In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1.683-1.684.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Francisco Riopardense de Macedo (1921-2007) foi um historiador, paisagista, poeta, urbanista, artista plástico, arquiteto e engenheiro gaúcho. Formado em Engenharia e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, lecionou História da Arte, História das Ciências e História dos Espaços Abertos nesta universidade. Trabalhou na Secretaria Estadual de Obras, foi diretor do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, membro da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul, membro do Instituto de Arquitetos do Brasil, membro do Instituto Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Suas principais pesquisas ocorreram no campo da arquitetura e artes plásticas. 
Informações obtidas em: http://pt.wikipedia.org
Resumo : 
Neste verbete o autor informa que os açorianos chegaram ao Brasil em 1792, como parte da política de consolidação do território português no sul do Brasil, para construir vilas nas proximidades do canal do Rio Grande, da boca do rio Jacuí até a atual cidade de Rio Pardo. Trouxeram métodos construtivos e planos para casas e moinhos de trigo. A casa do camponês açoriano é funcional e organizada em três áreas: à esquerda a cozinha, com a prancha do pão, o forno e o fogão; no centro, um cômodo denominado “casa do meio”, com um tablado onde as mulheres jovens sentam e costuram, e à direita o quarto de dormir. Um nicho é construído nas paredes grossas do cômodo do meio para guardar o material de costura das mulheres e, no lado oposto, é posta a cristaleira com os tesouros da família, retratos e lembranças. Transferido para a cidade, esse plano foi modificado. O cômodo do meio foi deslocado para trás e os da frente foram separados por um corredor lhe dá acesso. O cômodo da esquerda, ou cozinha, passou a abrigar o “nicho das agulhas” e o da direita deu lugar à sala de estar que era desnecessária no campo. Por fim, o quarto de dormir foi para cima, no sótão. Esse esquema geral se desenvolveu em habitações maiores como a que existe na Travessa Joaquim Lisboa, em Rio Pardo. São edifícios de grossas paredes de pedra, umbrais maciços e beirais curtos. Os cunhais e umbrais são de pedra lavrada e o resto da alvenaria é feita com pedras irregulares. As paredes internas são de taipa de mão, ou pau a pique, armadas com bambus, galhos e cipós. Nas casas urbanas de dois andares, a planta da casa camponesa original é reproduzida no piso superior, ficando o térreo para comércio ou alojamento de escravos. Os camponeses açorianos logo passaram a se dedicar à criação de gado, estabelecendo um negócio doméstico composto por: moinho, para a produção de farinha de mandioca; celeiro para estocagem de vegetais e grãos; “casa da carne seca”; alojamentos dos escravos; pomar; jardim e área da carruagem. O centro desse espaço produtivo é a casa de dois pisos onde, no térreo, fica também o depósito geral. No Rio Grande do Sul, a herança açoriana é reconhecida no forno oval, na trempe, na grelha, na arca, no banco de madeira com encosto, cujo assento é uma tampa, na cristaleira, nas danças e músicas. Nas áreas urbanas pode-se encontrar também a tipologia do “correr de casas”, que são construídas sob uma única cobertura e têm plantas simétricas que, segundo o autor, decorreriam da simplificação da casa camponesa açoriana. Conhecidas como casas de porta e janela, teriam agora planta de três cômodos organizada ao longo de um corredor lateral. Os moinhos de água e de vento açorianos foram muito usados e documentados no século XIX, sendo lembrados na toponímia de cidades do Rio Grande do Sul. O verbete é ilustrado com plantas e fotografia. 
Data do Preeenchimento: 
sábado, 2 Novembro, 2013 - 11:45
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 11:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Referência bibliográfica citada e recomendada:

REIS, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. São Paulo: Editora Perspectiva, 1978, 4ª Ed.

SAIA, Luís. “Notas sobre Arquitetura Rural do Segundo Século”. In: Revista do SPHAN, n. 08. Rio de Janeiro: MES, 1944.

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