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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Acre

ISBN ou ISSN: 

1809-6298

Autor(es): 

Ana Lúcia Costa e Luiz Manoel do Eirado Amorim

Referência bibliográfica: 

COSTA, Ana Lúcia R. M. F. e AMORIM, Luiz Manoel do Eirado. “Acre: história e arquitetura: tradição vernácula e moderna num ambiente de floresta”. Arquitextos, São Paulo, 083.06, Vitruvius, abr. 2007.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Ana Lúcia Reis Melo Fernandes da Costa é graduada em Arquitetura e Urbanismo (UGF), mestre em História (UFPE) e doutoranda em Desenvolvimento Urbano (MDU / UFPE). Foi arquiteta/pesquisadora da Fundação de Tecnologia do Acre de 1992 até 2011. Tem experiência na área de História, com ênfase em arquitetura e urbanismo, como também na pesquisa de técnicas alternativas construtivas para a região Amazônica - arquitetura popular, espontânea e vernácula.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/7696997650861146

Luiz Manoel do Eirado Amorim é arquiteto (UFPE), PhD UCL/University London e orientador do texto.

Sumário obra: 

Não se aplica.

Resumo : 

O artigo realiza um pequeno inventário da arquitetura no Estado do Acre, de modo a tratar das contradições existentes entre as formas tradicionais de construir e de ocupar o espaço e as formas modernas. Ele é composto de dois momentos: uma introdução que conta de forma breve a história das primeiras ocupações e cidades daquela região e o inventário arquitetônico. A gênesis das cidades acreanas é assunto que diverge entre os historiadores, pois uma parte acredita que elas se desenvolveram a partir dos seringais, e outra defende que nasceram paralelamente à essas atividades. Os autores consideram as duas possibilidades, e para isso alegam que as cidades estavam sempre próximas aos seringais e que, de uma forma ou de outra, elas estabeleceram relações de dependência e de desenvolvimento com essas áreas. Eles contam que os primeiros aglomerados surgiram de forma espontânea, seguindo o curso da navegação ribeirinha, e tiveram como marca para fixação a quantidade de seringais. Posteriormente, esses aglomerados foram recebendo planos de organização espacial projetados por engenheiros militares, passando à condição de vila, e, como os principais exemplos, cita-se Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Xapuri e Sena Madureira, sendo feitos breves comentários acerca dos diferentes tipos de colonização que essas cidades receberam. Em 1912/1913, esses núcleos passaram à condição de municípios, mas a urbanização no Estado se torna algo mais evidente somente a partir de 1970, período marcado pela ideologia desenvolvimentista e pela agropecuária, que resultou na exploração dos recursos regionais e na degradação das atividades econômicas e tradicionais. Ao tratar da arquitetura acreana, os autores pontuam a forte presença vernácula que nela existe, a qual utiliza materiais locais como a madeira, a palha e a terra, e cuja linguagem ‘cabocla’ vem da interação do primitivo saber dos nativos com as maneiras inovadoras trazidas pelos migrantes. Como retrato disso, o texto traz a sede, o núcleo administrativo e o núcleo principal do Seringal Bom Destino. Primeiramente, eles foram construídos de forma improvisada, utilizando o taperi para o abrigo e o paperi para a defumação do látex da borracha. Depois, em virtude da ampliação das atividades extrativistas, foram trazidos modelos pré-fabricados em madeira, cuja cobertura era de telha cerâmica, na linguagem moderna do ecletismo. Junto a esses modelos, também foi trazida para o seringal uma capela toda em ferro, e, segundo os autores, a composição vernácula e erudita é possível de ser vista no modelo urbano até os dias de hoje. A princípio, o padrão construtivo tradicional das edificações ligadas ao Patrimônio Histórico do Acre era em madeira, assim como o padrão das demais construções, entretanto, o processo de urbanização trouxe consigo outras técnicas, como a construção em alvenaria de tijolos cozidos, incentivada pela corrente sanitarista a partir de 1920. Para os autores, a construção do Palácio do Governo marcou esse período, pois o edifício substituiu um antigo prédio todo em madeira, sendo a primeira obra monumental do Estado construída em alvenaria. Apesar dos incentivos administrativos que foram empregados para disseminação das novas técnicas, a cultura regional resistiu por um longo tempo às mudanças, mas hoje, contudo, a situação é diferente, uma vez que a alvenaria alcançou a supremacia na maioria das cidades, estando a madeira presente apenas nas moradias dos seringueiros ou nas periferias urbanas. Por fim, são citadas algumas intervenções realizadas nos últimos tempos na região, em que se comenta acerca da opção técnica utilizada e do impacto gerado pelo empreendimento. O texto apresenta imagens.

Data do Preeenchimento: 
quinta-feira, 26 Janeiro, 2017 - 12:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Camila Contreras Novaes

Data da revisão: 
quinta-feira, 15 Junho, 2017 - 12:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant'Anna

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