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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Cal

ISBN ou ISSN: 

978-85-7334-077-8

Autor(es): 

Maria Isabel Kanan

Onde encontrar: 
Bibliotecas e Superintendências Estaduais do IPHAN 
Referência bibliográfica: 
KANAN, Maria Isabel. Manual de Conservação e Intervenção em Argamassas e Revestimentos à Base de Cal. Brasília, DF: IPHAN. Programa Monumenta, 2008. 
Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Maria Isabel Kanan é arquiteta formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1976), com especialização pelo ICCROM e mestrado em Conservação Arquitetônica pelo Institute of Architectural Advanced Studies/University of York/ Inglaterra (1992), doutorado em Ciência da Conservação pela Bournemouth University, Inglaterra (1995). É arquiteta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1984 e professora do Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumento e Núcleos Históricos da UFBA (MP-CECRE) desde 1996. Tem experiência na área de conservação e restauração arquitetônica, com ênfase na pesquisa das tecnologias de cal e terra e na capacitação de profissionais e equipes de obras. É membro do ICOMOS atuando no comitê de patrimônio arquitetônico de terra e moderadora do grupo de paisagem. 
Sumário obra: 
1. Introdução à cal 
2. Caracterização das argamassas 
3. Argamassas de reconstituição 
4. Acabamentos e pinturas – conservação de superfícies
5. Procedimentos para projetos e obras 
6. Anexos 
Glossário 
Bibliografia 
Resumo : 
O livro corresponde a uma análise prática e científica do uso da cal e das argamassas a base de cal, com vistas à sua reutilização na reconstituição de argamassas em obras de conservação e restauração. Bem ilustrado, o livro contém fotos de edifícios onde argamassas e pintura à base de cal foram utilizadas, além de descrever ensaios para a caracterização destas argamassas, seu preparo e aplicação. Inicialmente, a autora apresenta um breve histórico do uso da cal como aglomerante, assim como sua composição e usos em argamassas antigas. Explica as vantagens do uso das argamassas de cal na conservação e reconstituição de revestimentos em função das suas propriedades e de como estas influenciam a proteção das estruturas antigas. Segundo Kanan, o conhecimento da composição das argamassas dos edifícios históricos é necessário durante uma intervenção de recomposição ou reintegração, devendo-se evitar danos à argamassa existente. Para esta caracterização são utilizados diversos ensaios, desde os mais simples e que podem ser feitos na obra, aos mais sofisticados e que necessitam de suporte laboratorial. A autora completa as informações descrevendo a condição ideal para se fazer uma argamassa utilizando como agregado a pasta de cal, obtida através da extinção da cal virgem, com maturação de pelo menos três semanas. Assim, a pasta de cal tende a ter uma granulometria mais fina e a sua imersão em água garante que todo o óxido de cálcio se hidrate e permaneça na forma hidratada, ou seja, não iniciando o seu processo de cura. Kanan alerta que, na impossibilidade de utilização da cal extinta, a cal hidratada em pó poderá ser utilizada, mas recomenda que se prepare a pasta imergindo o pó em água por pelo menos uma semana antes do preparo da argamassa. Ressalta, no entanto, que, no caso da utilização da cal em pó, a qualidade da argamassa será inferior. A autora ainda informa que a argamassa de cal, se bem protegida, poderá ser preparada, armazenada e usada durante toda a obra. O manual traz ainda a descrição de vários ensaios para caracterização de argamassas, incluindo a descrição das técnicas de aplicação com os respectivos cuidados que se deve ter na execução e utilização de argamassas na reintegração e capeamento de alvenarias, nos rebocos de acabamento, nos estuques e nas juntas, assim como descreve os diferentes tipos de argamassas de reconstituição, inclusive das que utilizam fibras, aditivos naturais e orgânicos. Para o acabamento, apresenta desde o preparo da superfície até o preparo das tintas com os diferentes tipos de aditivos e a técnica de aplicação. Por fim, a autora apresenta os procedimentos a serem seguidos em projetos e obras de restauro que utilizam a cal na argamassa ou no acabamento, além de uma lista de ensaios e procedimentos para a caracterização das argamassas e de seus materiais constituintes. Exemplifica o trabalho com obras de restauro executadas. O manual é bastante prático, bem detalhado e ilustrado. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 23 Outubro, 2013 - 13:15
Pesquisador Responsável: 

Sílvia d´Affonsêca

Data da revisão: 
domingo, 31 Agosto, 2014 - 13:00
Responsável pela Revisão: 

Luiz Antonio Fernandes Cardoso

ISBN ou ISSN: 

978-85-8225-021-1

Autor(es): 

Maria Isabel Kanan

Onde encontrar: 

Biblioteca da Universidade Federal do Espírito Santo

Referência bibliográfica: 

KANAN, Isabel. “Argamassas e revestimentos tradicionais da arquitetura luso-brasileira em Santa Catarina – processos e características construtivas”. In: RIBEIRO, Nelson Pôrto (org). Subsídios para uma história da construção luso-brasileira. Rio de Janeiro: Pod Editora, 2013, p. 161-175.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Maria Isabel Kanan é arquiteta formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1976), com especialização pelo ICCROM e mestrado em conservação arquitetônica pelo Institute of Architectural Advanced Studies/University of York/ Inglaterra (1992), doutorado em ciência da conservação pela Bournemouth University, Inglaterra (1995). É arquiteta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1984 e professora do Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumento e Núcleos Históricos da UFBA (MP-CECRE) desde 1996. Tem experiência na área de conservação e restauração arquitetônica, com ênfase na pesquisa das tecnologias de cal e terra e na capacitação de profissionais e equipes de obras. É membro do ICOMOS atuando no comitê de patrimônio arquitetônico de terra e moderadora do grupo de paisagem.

Fonte: (http://www.abracor.com.br/congresso/site_congresso).

Resumo : 
O artigo é uma revisão dos estudos realizados pela autora relativos às argamassas e rebocos de cal e terra. Embora de cunho mais abrangente, o estudo interessa ao campo da arquitetura popular porque, conforme assinala Kanan, a cal, a partir de várias matérias primas, foi talvez o mais comum dos aglomerantes utilizados na construção, abrangendo todas as tipologias. Neste estudo, a autora descreve mais detidamente a produção da cal de conchas, o tipo mais antigo utilizado no Brasil. Informa que esta cal, obtida a partir da queima de conchas diversas retiradas de sambaquis, era produzida em caieiras por meio de dois processos: em “medas” ou em fornos simples de alvenaria. As medas utilizadas em Santa Catarina correspondem a camadas circulares e alternadas de conchas e turfa dos manguezais, com aproximadamente 4 metros de altura, cuja superfície pode ser coberta com argila para melhor desempenho. A queima desse conjunto produz então a cal. A autora registra que, além desse tipo, em Santa Catarina, a cal de pedras de calcário foi também produzida com métodos tradicionais no final do século XIX por imigrantes italianos. As fábricas de cal hidráulica e cimento somente surgiram no Brasil entre o final do século XIX e o começo do XX, o que modificou a prática tradicional. Nesta revisão de estudos, a autora descreve o uso da cal como material de revestimento e acabamento em Santa Catarina, inclusive com a adição de pigmentos, compondo a técnica conhecida como argamassa pigmentada. Informa também sobre as técnicas, como a microscopia ótica e eletrônica, que permitem a identificação dos aglomerantes, agregados, aditivos e pigmentos que compõem as argamassas e os revestimentos feitos com cal. Explica ainda o método para a realização de análises estratigráficas dos revestimentos feitos com cal e as informações que esse tipo de análise pode produzir sobre o tipo de cal e seu processo de calcinação; sobre o processo de hidratação e produção de argamassas; sobre a microestrutura das argamassas e sobre seus possíveis componentes orgânicos. A autora conclui informando que os vestígios da produção de cal de conchas estão praticamente desaparecidos, sendo os revestimentos antigos a grande fonte de informação sobre este material e suas formas de produção e emprego. Lamenta, por fim, que esta documentação física esteja também em processo de desaparecimento devido à falta de sensibilidade de arquitetos e construtores que substituem indiscriminadamente esses revestimentos. 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 7 Março, 2014 - 15:00
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 14:15
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Bibliografia indicada:

KANAN, Maria Isabel. An Analytical Study of Earth and Lime Based Building Materials in Blumenau region southern Brazil. PHD thesis, School of Conservaition Science, Bournemouth University, England, 1995.

MUELLER, U. “La Microtextura de Revoques de Cal Históricos Fabricados con Conchas Marinas, un caso práctico aplicado en el Edificio de Aduanas de Florianópolis, Brasil”. In: Cal: Técnicas Avanzadas para la Conservación y Casos de Estudio. Santiago: Consejo de Monumentos Nacionales, 2005, pp. 117-121.

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